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terça-feira, 30 de agosto de 2011

TOCANTINS APRESENTA DEMANDAS DE COOPERAÇÃO A INSTITUTO DE ZOOLOGIA DE LONDRES

por Luiz Melchiades

Foto: Luciano Ribeiro

Em workshop sobre conservação de espécies e habitats, o Governo do Estado apresentou demandas de cooperação técnica ao Instituto de Zoologia de Londres (ZIL, sigla em inglês), para ações de apoio à biodiversidade do Tocantins e formação acadêmica stricto sensu (mestrado e doutorado) de técnicos dos órgãos estaduais. O evento realizado nesta segunda-feira, 29, contou com a participação do diretor do ZIL, professor Tim Blackburn, que fez uma defesa sobre a política de conservação internacional da biodiversidade realizada pela Sociedade Zoológica de Londres (ZSL, em inglês), mantenedora do Instituto, com base em dados que mostram a crescente degradação ambiental em escala mundial e a sua relação com a extinção dos seres vivos.

De acordo com o professor, o consumo exacerbado e não sustentável dos recursos naturais das quase 7 bilhões de pessoas no planeta, causa uma série de desequilíbrios nos ecossistemas e ameaça de extinção um quinto das espécies animais e vegetais da terra. Os efeitos do desequilíbrio são diversos, passando pelas alterações climáticas, riscos de falta de água potável, alimento e maior propagação de doenças. “No meio ambiente o processo de extinção de espécies existe naturalmente, mas o homem está acelerando o ritmo e causando um desequilíbrio sem precedentes”, alegou Blackburn.

Segundo o professor, a ZSL é pioneira na área de conservação das espécies e desenvolve um trabalho em mais de 50 países, com o objetivo de mudar esse cenário.

Parceria com o Tocantins

Diante da apresentação feita pelo diretor do ZIL, membros do Governo do Estado fizeram algumas propostas de cooperação. A diretora de biodiversidade do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), Verônica Amaral, disse que há 10 anos o Tocantins realiza monitoramento de quelônios e ariranhas, mas nesse período só houve produção de dados técnicos. “Precisamos de uma cooperação que gere dados científicos para que possamos ter condições de tomar decisões mais precisas no trabalho de preservação dessas espécies”, argumentou.

Da Secretaria do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semades), a bióloga Maria Amélia, coordenadora de inventários ambientais, sondou o interesse do ZIL na criação de um acervo zoológico para apoiar pesquisas científicas com as espécies. E Ana Lidia, assessora de comunicação da Fundação de Amparo à Pesquisa do Tocantins (Fapt), apresentou demandas para intercâmbio com universidades conveniadas do ZIL, para que professores e técnicos de órgãos do Governo do Estado possam fazer mestrado e doutorado para formação de uma rede de conservacionistas no Tocantins.

O titular da Semades, Divaldo Rezende, informou que as demandas serão apresentadas formalmente ao ZIL e, nos próximos meses, uma agenda de conversas entre o Governo do Estado e o Instituto vai direcionar a elaboração de um documento para efetivação da parceria.

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