Encantar-se com golfinhos nadando e fazendo rodopios na frente do barco, ou com a observação deles por meio de binóculos do alto do mirante, é fácil. Difícil é estudar e preservar este verdadeiro fenômeno que é a alta concentração de golfinhos-rotadores (Stenella longirostris) no arquipélago de Fernando de Noronha, em Pernambuco. E é exatamente isso o que fazem há 21 anos os pesquisadores e educadores ambientais do Projeto Golfinho-Rotador.
Nesta semana, o projeto, coordenado pelo Centro de Conservação e Pesquisa de Mamíferos Aquáticos (CMA), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), e executado pelo Centro Golfinho-Rotador, completa mais um aniversário. E, ao atingir a maioridade, apresenta números impressionantes, que mostram a grandiosidade do trabalho e conferem o reconhecimento e o respeito de autoridades e especialistas em conservação do Brasil e do exterior.
Nesses 21 anos, os pesquisadores e educadores do projeto somaram 5.323 dias e 35.589 horas de observação e 1.278 mergulhos com os cerca de 10 mil golfinhos existentes em Fernando de Noronha, atenderam a 232 mil turistas, promoveram mais de 610 oficinas teóricas e práticas de educação ambiental para estudantes e capacitaram cerca de 7,5 mil alunos. Realizaram ainda 45 cursos profissionalizantes em ecoturismo para a comunidade noronhense, atingindo 1.975 ilhéus.
Por conta das ações de preservação desenvolvidas pelo projeto, a quantidade de golfinhos no arquipélago permanece praticamente a mesma desde 1990, quando foi iniciado o projeto. Na Baía dos Golfinhos, o local de preferência desses cetáceos (eles entram em 95% dos dias do ano na baía), os animais descansam, comunicam-se, reproduzem e amamentam seus filhotes.
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