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quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Estão abertas as inscrições para o mestrado profissional, mestrado e doutorado da Escola Nacional de Botânica Tropical

Inscrições ficam abertas de 7/10 a 8/11 Mestrado profissional em ecologia aplicada O curso Ecologia Aplicada: Biodiversidade em Unidades de Conservação busca atender profissionais com nível superior que lidam com Unidades de Conservação públicas ou privadas e que necessitam de melhor qualificação técnica para avaliação, monitoramento, manejo e gestão da biodiversidade, além de outros profissionais em busca de maior qualificação para ingresso ou recolocação no mercado de trabalho. Para se inscrever clique aqui. Mais informações: 3875-6202 ou mp_enbt@jbrj.gov.br Programa de Pós-graduação em Botânica da ENBT - seleção de Mestrado e Doutorado A Coordenação do Programa de Pós-graduação em Botânica da Escola Nacional de Botânica Tropical torna pública a abertura de inscrições para o exame de seleção para os cursos de mestrado e doutorado no período de 07/10 a 08/11 de 2013. Esse ano o processo seletivo poderá ser realizado nas cidades de Medellín, Colômbia, e Belém do Pará. O Edital, os modelos de curriculum e carta de aceitação para candidatos ao mestrado ou doutorado podem ser obtidos em Downloads Edital ou Formulários: Currículo Mestrado ou Doutorado, Carta de Aceitação Mestrado ou Doutorado no site. As inscrições podem efetuadas pelos links Mestrado e Doutorado Mais informações: 3875-6201 ou e-mail:ppgenbt@jbrj.gov.br A Escola Nacional de Botânica Tropical fica na Rua Pacheco Leão, 2040 - Solar da Imperatriz – Horto.

SERRA DA BOCAINA SELECIONA VOLUNTÁRIOS

Thais Alves
Estimular os voluntários a exercer a cidadania, a participação da sociedade na gestão e sensibilizar sobre a importância da unidade de conservação são os objetivos do Programa de Voluntariado do Parque Nacional da Serra da Bocaina, que abre inscrições para a sétima fase de implementação. Os interessados devem preencher a ficha de inscrição até o dia 23 de outubro. A previsão de divulgação dos selecionados está marcada para 31 de outubro e o período de atividades será de 14 a 17 de novembro. Nesta nova fase, são dez vagas para uso público, sendo duas vagas destinadas para moradores de Paraty (RJ). Os voluntários participarão de operações de ordenamento do Parque Nacional da Serra da Bocaina nas cidades cariocas de Trindade e Paraty. Mais informações pelo e-mail voluntariado.pnsb@icmbio.gov.br ou pelo telefone (24) 3371-3056. Comunicação ICMBio

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

A AGRICULTURA AMEAÇADA!

A Agricultura Ameçada por João Sereno Lammel * O perigo ronda o campo. Um dos setores mais dinâmicos da economia brasileira está exposto ao feroz ataque de novas pragas e doenças que, sem formas adequadas de controle, infestam lavouras nas mais importantes regiões agrícolas do País. A lagarta Helicoverpa armígera, até poucos meses desconhecida da maioria dos pesquisadores, já devorou, apenas na safra deste ano, cerca de 1 bilhão de dólares das lavouras de soja e algodão do Mato Grosso e Bahia. Especialistas acompanham o rastro da praga e constatam que ela já se instalou em áreas do Paraná e franjas das regiões Sudeste e Nordeste. A Helicoverpa praga se soma a outras, como a mosca branca, a broca do café e a ferrugem asiática – esta já tendo causado, nos últimos dez anos, de acordo com a Aprosoja, prejuízo superior a 25 bilhões de dólares. As perdas se alastram a lavouras de café, algodão, feijão e hortaliças. De acordo com a Sociedade Brasileira de Defesa Agropecuária, pelo menos quinze outras pragas do mesmo potencial destrutivo rondam as lavouras. Os efeitos podem ser devastadores – às plantações e à economia do País. O agronegócio foi responsável, nos últimos dez anos, por 27% do PIB nacional. Tal resultado se deve, em grande medida, à geração de novas tecnologias, a partir de investimentos vultosos de empresas públicas e privadas. É o caso, por exemplo, dos novos defensivos agrícolas, mais eficazes e seguros: as plantações não protegidas por modernas tecnologias perdem, em media, 40% de sua produção. Traduzindo-se: para a safra brasileira deste ano, aguardada em 186 milhões de toneladas, sem a adoção desta tecnologia não chegariam às mesas dos brasileiros e do mundo cerca de 75 milhões de toneladas de alimentos, além de fontes de energias renováveis. Ou então: caso fossem retirados 40% das exportações apenas do complexo soja, seriam menos R$ 10,5 bilhões na balança comercial brasileira. Ainda mais drástico: se o impacto de tais perdas fosse debitado do Valor Bruto da Produção, VBP, apenas das culturas de soja, cana-de-açúcar e milho – que somarão R$ 166 bilhões, segundo o Ministério da Agricultura –, significa que o país deixaria de arrecadar R$ 66,5 bilhões. A lentidão do sistema de defesa fitossanitária tem se mostrado tão assustadora quanto a voracidade dos insetos, doenças e ervas daninhas, de acordo com a revista Exame (“A praga difícil de vencer”, 13/09/13). De fato, é inconcebível a parcimônia com que é tratada, em certos setores do governo federal, uma das principais tecnologias demandadas pelos agricultores e para a sustentabilidade da agropecuária. É urgente e inadiável, portanto, ampliar a infraestrutura funcional de modo a conferir celeridade e eficiência os três encarregados regulamentação da defesa fitossanitária: Ministério da Agricultura; Ibama; e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Anvisa. A lentidão do sistema é assustadora, como acusam os números. Em 2008, foram aprovados 11 novos princípios ativos; em 2009, reduziu para 8 novos ingredientes ativos. Em 2010, as aprovações caíram drasticamente para 3 ativos novos; em 2011, foram registrados apenas 2 novos produtos. Finalmente, no ano passado, a de morosidade atingiu o fundo do poço: apenas e tão somente 1 produto novo foi registrado. A correção nos rumos do atual marco regulatório oferecerá um horizonte de maior previsibilidade às empresas definirem seus planos de investimentos. Mas, sobretudo, trará confiança para trabalho dos agricultores – afinal, os maiores responsáveis pelos alimentos em nossas mesas. *João Sereno Lammel é engenheiro agrônomo; presidente do Conselho Diretor da Associação Nacional de Defesa Vegetal, Andef. Fonte: Artigo originalmente publicado na Revista Agroanalysis VOL 32 Nº 08 Agosto 2013

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

DIA DO RIO TIETÊ, PARA SE LEMBRAR QUE ELE AINDA EXISTE!

Em comemoração ao Dia do Rio Tietê (22 de setembro), o Departamento Hidroviário do Estado de São Paulo, abriu na última terça-feira (17) a exposição ‘Hidrovia Tietê-Paraná’, na Assembléia Legislativa de São Paulo. A mostra acontece do dia 17 ao dia 27, das 8h às 18h e é aberta ao público. A exposição ‘Hidrovia Tietê-Paraná’ tem objetivo educativo e visa divulgar o funcionamento da hidrovia, seu potencial comercial e turístico e sua importância para o meio ambiente. É composta por 30 painéis fotográficos que retratam a nascente e foz do rio Tietê, os terminais hidroviários de embarque e desembarque de cargas, o aproveitamento múltiplo do rio para lazer, turismo, piscicultura, geração de energia elétrica e negócios. Além dos painéis, a exposição traz modelos reduzidos de embarcações e cargas transportadas, maquete de terminais hidroviários intermodais, usinas e eclusas, amostras de águas colhidas em vários pontos do rio. Atividades em Barra Bonita e Salesópolis O Departamento Hidroviário também organiza, na Semana do Tietê, de 23 a 28 de setembro, atividades com estudantes da rede pública de 113 municípios das bacias Tietê-Jacaré e Tietê-Batalha, que englobam municípios como Araçatuba, Bauru, Jaú e José Bonifácio. Os alunos participaram do concurso de frases e redações sobre a preservação e importância do rio Tietê. No dia 23 (segunda-feira) está programado um passeio de barco a Barra Bonita com 350 alunos que redigiram as melhores frases sobre o Tietê. Na sexta-feira 28, outros 86 alunos que participaram do concurso de redações farão uma visita à nascente do rio, em Salesópolis e ao Museu de Energia, na mesma cidade.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Impactos do transporte nas mudanças climáticas

Por Marina Dall’Anese O setor de transportes é apontado como um dos maiores emissores de gases causadores do aquecimento global, não somente no Brasil, mas em todo o mundo. Estima-se que este setor esteja entre os cinco maiores emissores de gases de efeito estufa. A principal causa para estes elevados índices é a utilização massiva de combustíveis fósseis para o transporte de matérias-primas, produtos e pessoas. Segundo o último relatório do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, na sigla em inglês), as emissões do setor de transporte foram estimadas em mais de 06 GtCO2e, representando cerca de 13% das emissões globais. Além disso, as previsões apontam para um rápido crescimento do transporte nos próximos anos, o que levaria a um aumento significativo nas emissões de gases de efeito estufa. Para exemplificar a significância da contribuição deste setor para o aquecimento global, o levantamento final da pegada de carbono da Copa do Mundo da FIFA de 2010, na África do Sul, apontou que cerca de 67% das emissões foram referentes ao transporte internacional, basicamente ao transporte aéreo - ainda que nos cálculos tenham sido considerados a construção dos estádios e o uso de eletricidade em estádios e acomodações. O cenário não deve ser muito diferente na Copa do Mundo que será realizada no Brasil no ano que vem. Estimativas preliminares da FIFA apontam que 83,7% das emissões de gases de efeito estufa do evento serão referentes ao transporte. Devido a este cenário crítico, diversas pesquisas tem sido realizadas com o intuito de reduzir as emissões referentes ao transporte, principalmente do transporte aéreo. O IPCC aponta três diferentes caminhos para conquistar esta redução: evitar viagens com veículos motorizados, alterar os meios de transporte para aqueles com menores impactos e melhorar a eficiência energética dos meios de locomoção. Ao redor do mundo tem se percebido o aumento do transporte urbano em bicicletas e veículos coletivos e, consequentemente, o aumento da infraestrutura para estes modais de transporte nas grandes cidades - ainda que isso ocasione transtornos ao trânsito de veículos individuais, como ocorrido em São Paulo nas últimas semanas. Mas apesar da alteração de comportamento individual ser muito importante para a melhora do cenário atual do transporte mundial, sem o incentivo à pesquisa e tecnologia para o aumento da eficiência energética e desenvolvimento de novas alternativas de transporte, a redução de emissões pode não ser suficiente para evitar as graves consequências das mudanças climáticas. No setor aéreo, alternativas relacionadas ao aumento da racionalização do tráfego aéreo, redução do peso das aeronaves e aumento da capacidade de carga estão sendo desenvolvidas, mas seus impactos na redução das emissões deste modal somente devem ser percebidos em longo prazo. Por isso, a possibilidade apontada é a utilização de combustíveis renováveis, pois poderá trazer resultados de curto a médio prazo. Em março de 2012 foi realizado o primeiro vôo comercial na América Latina em uma aeronave cujo combustível apresentava uma porcentagem de biocombustível, reduzindo assim as emissões de carbono. Outras iniciativas semelhantes estão sendo desenvolvidas ao redor do mundo, levando-se em consideração que para as mesmas serem adotadas em larga escala a adaptação para a utilização dos biocombustíveis não pode ser drástica ou muito onerosa, pois isso inviabilizaria sua adoção. Com estas alternativas, a projeção é de redução das emissões de gases causadores do efeito estufa do transporte no mundo até 2050 - um cenário mais promissor do que o apontado inicialmente pelo IPCC. A boa notícia é que as previsões para as emissões de outros setores podem também se apresentar no mesmo sentido da redução, uma vez que a pressão da sociedade, a pressão exercida por acordos internacionais e o desenvolvimento de tecnologias mais limpas deverá estimular a adoção de comportamentos mais sustentáveis. Talvez não seja possível interromper o aquecimento global em 2°C, mas talvez não soframos com um aquecimento maior do que 6°C. Só o tempo dirá.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

RIO DE JANEIRO RECEBE CONFERÊNCIA GLOBAL SOBRE O FUTURO DAS CIDADES

A Conferência Urban Age: Transformações Urbanas reunirá em outubro, na cidade do Rio de Janeiro, líderes da cidade e de outras partes do mundo, especialistas, acadêmicos e representantes da sociedade civil para um debate sobre problemas enfrentados pela população urbana e sobre soluções possíveis. A conferência Urban Age 2013, organizada pela London School of Economics and Political Science e pela Alfred Herrhausen Society, do Deutsche Bank, será realizada no Rio de Janeiro de 23 a 25 de outubro de 2013. Como em todos os eventos anteriores, realizados em Londres, Istambul, Hong Kong, Mumbai, Cidade do México, Nova Iorque, Chicago, São Paulo, Berlim, Johannesburgo e Xangai, a conferência do Rio contará com líderes municipais, investidores, designers, acadêmicos e ativistas para discutir questões chave enfrentadas atualmente pela sociedade urbana. O foco principal em discussão na conferência Urban Age: Transformações Urbanas será a maneira como projetos de grande e pequena escalas estão afetando – de forma positiva e negativa – o bem estar social e econômico das populações urbanas. Poucas cidades no mundo estão mudando no mesmo ritmo e escala do Rio de Janeiro, que está enfrentando os problemas e oportunidades do crescimento econômico e das mudanças sociais. O Rio está investindo em grandes projetos desenvolvidos para melhorar a acessibilidade, a infraestrutura urbana, a segurança e a integração social para o futuro – tudo em meio aos holofotes internacionais da Copa de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016. A conferência Urban Age 2013 abordará estas questões diretamente com alguns dos principais agentes atualmente envolvidos em transformações urbanas em nível mundial. Junto com o prefeito do Rio, Eduardo Paes, estarão presentes o diretor executivo da UN Habitat, Joan Clos e lideranças municipais de Barcelona, Bogotá, Medelin e Nova Iorque atentos para discutir como transformações urbanas podem ser melhor administradas. Arquitetos conceituados mundialmente, que atendem clientes públicos e privados – incluindo Bjarke Ingels, a força dinâmica por trás do escritório BIG Architects, e Amanda Burden, diretora de planejamento de Nova Iorque – explicarão como suas visões transformaram bairros inteiros em Londres, Nova Iorque, Hamburgo, Barcelona, Buenos Aires e Rio de Janeiro. O antropologista Luis Soares e o fundador da Transparency International, Peter Eigen, explorarão as principais questões sociais e políticas que vêm emergindo com os recentes debates sobre o desenvolvimento futuro do Rio e suas diversas comunidades. Tessa Jowell, ministra britânica para os Jogos Olímpicos e responsável pela organização dos bem-sucedidos Jogos de Londres em 2012, trocará idéias com Maria Silvia Bastos Marques, presidente da Empresa Olímpica Municipal, e Henk Ovink, mentor dos planos do governo holandês para a candidatura olímpica pós 2028. Líderes de órgãos públicos do Rio, universidade, empresas e sociedade civil – como Celso Athayde, presidente da Favela Holding, e Washington Fajardo, assessor do prefeito Eduardo Paes para assuntos urbanos, estarão envolvidos em uma discussão com seus pares em Mumbai, Cidade do Cabo, Medelin, Londres e Nova Iorque. “Na medida em que as cidades ganham espaço na determinação do futuro da sociedade, precisamos entender melhor como torná-las mais equitativas e integradas. A conferência Urban Age: Transformações Urbanas fará exatamente isto, proporcionando o encontro de agentes globais em governança urbana, design e desenvolvimento em uma das cidades mais dinâmicas do mundo, que agora se prepara para megaeventos globais enquanto se debate com o processo de pacificação de favelas. A Urban Age proporcionará uma plataforma estimulante para debate e intercâmbio”, considera Ricky Burdett, diretor da LSE Cities e da Urban Age. O evento contará com a presença de 150 representantes de várias partes do mundo e as suas sessões situarão as transformações urbanas no contexto do crescimento econômico e investimentos internos, equidade social e desenho das cidades. Paralelamente à conferência, será realizada no Rio de Janeiro a entrega do sexto Deutsche Bank Urban Age Award. Coincidindo com a conferência Urban Age, este ano o prêmio será entregue a um projeto desenvolvido na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. O júri independente, formado por membros da comunidade internacional de líderes urbanos e designers, assim como empresários, mídia e agentes sociais, avaliará todas as inscrições para determinar o vencedor do prêmio de US$ 100.000. A organização da conferência Urban Age: Transformações Urbanas conta com a parceria da Prefeitura do Rio de Janeiro e com o apoio da Rede Band.

Cresce busca por crédito para projetos sustentáveis

Desenvolve SP financiou R$ 32 milhões em projetos de Economia Verde para PMEs no 1º semestre de 2013. Valor é 208% superior ao liberado no mesmo período do ano anterior. A busca por crédito para a realização de investimentos sustentáveis está crescendo entre as pequenas e médias empresas paulistas. No primeiro semestre deste ano, a Desenvolve SP – Agência de Desenvolvimento Paulista financiou R$ 32 milhões em projetos de Economia Verde, um aumento de 208% em relação ao mesmo período de 2012. A indústria ainda lidera os financiamentos tomados, com 69% do total, mas a participação do setor de serviços cresceu e hoje responde por 31% do montante financiado, no ano passado eram 23%. De acordo com o levantamento, no acumulado geral do semestre, os investimentos realizados por meio da Linha Economia Verde representam 21% dos R$ 149,6 milhões já liberados pela instituição em 2013. “Os empresários estão cada vez mais conscientes sobre a importância de se adequarem aos padrões de sustentabilidade, seja na construção civil de seus empreendimentos ou na adaptação dos processos produtivos já existentes. A responsabilidade ambiental já não é apenas um diferencial de mercado, mas sim condição obrigatória para o sucesso das empresas”, diz Milton Luiz de Melo Santos, presidente da Desenvolve SP. Criada em 2010, a Linha Economia Verde financia empresas que queiram investir na redução da emissão dos gases de efeito estufa e conta com a menor taxa de juros da instituição: 0,41% ao mês (+IPC/Fipe) e prazo de até 10 anos para pagar, incluindo o período de carência de 24 meses. Entre os itens financiáveis pela linha estão a substituição de fontes de energia não renováveis; geração de energia elétrica ou térmica com biogás de aterro; troca de combustível fóssil por combustível mais limpo para transportes públicos e privados; criação e recuperação de áreas verdes; recomposição de matas ciliares e nascentes com espécies nativas; reflorestamentos para compensação de emissões, entre outros. Atualmente, os projetos sustentáveis financiados pela Desenvolve SP totalizam R$ 69,3 milhões para pequenas e médias empresas das cidades de Araraquara; Campinas; Cotia; Lins; Olímpia; Orlândia; Osasco; Piracicaba; São José dos Campos; São Paulo e Viradouro. Renova SP O Programa de Incentivo à Renovação da Frota de Caminhões (Renova SP), iniciativa pioneira da Desenvolve SP, também está contribuindo para a melhoria das condições do meio ambiente. Com o objetivo de retirar de circulação caminhões acima de 30 anos que prejudicam a qualidade do ar, o trânsito e a vida do caminhoneiro, o projeto-piloto do programa está sendo realizado na Baixada Santista com caminhões que prestam serviço no Porto de Santos. Já foram entregues 25 caminhões, somando R$ 6 milhões. Por meio da Desenvolve SP, o caminhoneiro tem a oportunidade de financiar a JUROS ZERO, subsidiado pelo Governo do Estado de São Paulo, a compra de um caminhão novo que atenda todas as suas necessidades desde que, em troca, o caminhão velho seja entregue para reciclagem e suas peças inutilizadas, retirando o veículo de circulação definitivamente. O prazo é de 96 meses para pagar com carência máxima de 6 meses.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Projeto de economia de água de São Paulo já poupou água que abasteceria São Caetano do Sul por dois anos

Em quase duas décadas de existência, o Projeto C.U.R.A. (Consumo e Uso Racional da Água) já trouxe uma economia de água capaz de abastecer por dois anos, um grande centro urbano, como São Caetano do Sul,. Para se ter uma ideia, o município consome, em média, pouco mais de 5,3 milhões de metros cúbicos de água por ano. - O Projeto C.U.R.A.. é a solução racional para o consumo de água, trazendo economia para quem o implementa que varia de 15% a 60% na conta de água. O projeto vem investindo em tecnologias de ponta para desenvolver peças e sistemas hidráulicos próprios que visam preservar o Meio Ambiente e oferecer economia para locais de grande consumo, como grandes empresas, prédios comercias e públicos, hotéis, shoppings, escolas, hospitais, etc. - O Projeto C.U.R.A. consiste na substituição de torneiras, descargas de paredes e mictórios, vasos sanitários com caixas acopladas e duchas que, juntas, resultam na economia de água e dinheiro. - O Projeto C.U.R.A. não tem custos para quem o implementa. O custo final do Projeto acaba sendo pago pela concessionária de água da região. Isso acontece, pois o contratante não paga nada para o Projeto C.U.R.A.. ser instalado. O que é pago ao C.U.R.A.. nada mais é do que uma parte daquilo que for economizado na conta de água. - Em 19 anos de atividade, o Projeto C.U.R.A. já foi instalado em mais de 1000 locais diferentes em quase todo território nacional, por onde projeta ter reparado mais de 5 milhões de pontos hidráulicos. - O Projeto C.U.R.A. jamais obteve resultado de economia inferior a 15%, sendo que na maioria das vezes este resultado é maior do que 30%. - O Projeto C.U.R.A.. também disponibiliza vasos sanitários mais econômicos e modernos feitos em ABS, material cinco vezes mais leve e oito vezes mais resistente em relação ao de louça utilizado nos vasos convencionais. O vaso do C.U.R.A.. utiliza apenas 2 litros de água, enquanto os comuns gastam de 6 a 10 litros. - No Projeto C.U.R.A. as torneiras comuns são substituídas por torneiras temporizadoras com sistema Slow Flux, que atingem 90% de economia; já as caixas acopladas (quando não há a troca do vaso) têm substituídas vários componentes internos para torná-las inteligentes, fazendo-as funcionar com acionamento misto para líquidos e sólidos com um único botão; nas descargas de parede são aplicados dispositivos controladores de vazão, adequando-as ao design do vaso a ela acoplado para seis litros sem trocar o vaso; por fim, nos mictórios é feita a substituição dos registros de volantes por Push Button, um temporizador de fechamento automático. - Não há necessidade de quebra de pisos, azulejos e paredes para a instalação do Projeto C.U.R.A. Razões para implantar o Projeto C.U.R.A.: Redução de 20% a 50% no valor da sua conta de água; 100% custeado pela concessionária de água; Sem custo para o contratante; Sem quebra de piso, parede ou azulejo; Alarme de nível de caixa de água (escassez ou excesso); Vídeotelemetria do hidrômetro (relógio da SABESP); Empresa com 19 anos de experiência; Sempre em busca de aperfeiçoar os serviços; O contratante pode se orgulhar de, comprovadamente, contribuir para a preservação do Meio Ambiente.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

FESTIVAL DE CINEMA FILMAMBIENTE 2013 NO MUSEU DO MEIO AMBIENTE

Estimular o debate e ampliar o conhecimento sobre as mudanças comportamentais necessárias para a preservação da vida no planeta são os objetivos da terceira edição do Festival Internacional do Audiovisual Ambiental, que acontece de 30 de agosto a 5 de setembro no Rio de Janeiro e traz produções cinematográficas engajadas com a temática ambiental. Entre os locais que abrigam as mostras, o Museu do Meio Ambiente foi escolhido para a exibição de 12 filmes. Os longas e curtas-metragens selecionados para o espaço representam as mais recentes produções nacionais e internacionais sobre questões ambientais e fazem parte de três mostras: Planeta Ultrajado, Do DDT e Hormônios à Segurança Alimentar e Será mesmo só Ficção. No Museu, o evento contará com presença de diretores para responder às perguntas do público. No dia 31 de agosto, às 15h30, a conversa será com um dos diretores do filme “Os invisíveis de Belo Monte”.No domingo, dia 1 de setembro, às 15h30, Marcos Nisti, diretor de “Muito além do peso”, fará o debate após o filme. Uma exposição de videoarte, que exibe curtas-metragens da mostra internacional: “Histórias Legais Para Quando o Planeta Ficar Quente I, II e III” também compõe a programação. Além do Museu do Meio Ambiente, o festival leva suas mostras para outras áreas da cidade, com programação no Espaço Itaú de Cinema, Instituto Moreira Salles, Instituto Italiano de Cultura, Parque de Madureira e Arena Chacrinha na Pedra de Guaratiba. Todas as sessões têm entrada gratuita. Mais informações em: www.filmambiente.com

sábado, 17 de agosto de 2013

Governo promove debate inédito para resolver o problema de lixo no mar

A Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos promove, às 9h de terça-feira (20), em Paranaguá, a primeira Conferência Livre do Meio Ambiente sobre Lixo Marinho. A ação é inédita na área, no Paraná. Serão debatidas ações efetivas para solucionar o problema do lixo jogado no mar e suas consequências para o turismo ecológico, para pesca, saúde humana. Também serão abordados o efeito do lixo nas espécies ameaçadas e a responsabilidade dos navios mercantes. As inscrições para a Conferência são limitadas e podem ser feitas pelo site da Secretaria do Meio Ambiente www.sema.pr.gov.br. Será entregue certificado digital pela participação na Conferência Livre sobre Lixo Marinho. “As propostas da Conferência Livre sobre Lixo Marinho serão encaminhadas à Conferência Nacional do Meio Ambiente, com o objetivo de incluir esta discussão na pauta nacional”, explica o secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Luiz Eduardo Cheida. A palestra de abertura será do oceanógrafo e mestre em saúde pública e epidemiologia, Paulo Fernando Garreta Harkot. Ele já trabalhou com gerenciamento costeiro nos três níveis do executivo e em diversos estados litorâneos. Ele é professor em cursos de pós-graduação na Unisantos e Senac, em Santos e coordenador executivo do Projeto Lixo Marinho. PREJUÍZOS – O coordenador de Educação Ambiental da Secretaria do Meio Ambiente, Paulo Roberto Castella, explica que esta será a primeira vez que o assunto será abordado no Paraná. Ele foi um dos técnicos responsável pela elaboração do Zoneamento Marinho do Litoral do Paraná. Castella explicou que, no Paraná, o lixo tem prejudicado três áreas específicas: animais marinhos, a pesca e o turismo. “Golfinhos, botos e tartarugas são animais impactados diretamente pelo lixo. Especialistas e técnicos encontram com frequência animais mortos devido à ingestão de lixo, principalmente o plástico”. Além disso, ele lembra que o lixo marinho causa prejuízos econômicos ao setor pesqueiro, já que todo o tipo de resíduo é capturado nas redes de pesca. “Sem contar os impactos causados na paisagem, devido à falta de conscientização de tripulantes de navios e barcos que atracam no Paraná”, cita Castella. CONFERÊNCIA - A realização de conferências livres está prevista no regulamento da 4.ª Conferência Nacional de Meio Ambiente, que nesta edição tem como tema os resíduos sólidos. As propostas aprovadas são cadastradas em um sistema do Ministério do Meio Ambiente e enviadas diretamente à etapa nacional. Não são eleitos delegados. O evento tem como objetivo principal o debate sobre produção e consumo sustentáveis; redução dos impactos ambientais; geração de trabalho, emprego e renda e educação ambiental. São parceiros do Governo do Paraná, também representado pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras de Paranaguá (Fafipar), o Centro de Estudos do Mar da UFPR, organização não governamental Mar Brasil e Marinha do Brasil. Serviço: Conferência Livre Estadual do Meio Ambiente - Lixo Marinho Data: 20/08/13 – terça-feira Horário: 9h Local: Teatro Municipal Rachel Costa, em Paranaguá. Mais informações pelos telefones (41) 3304-7745 / 3304-7763 ou pelo endereço eletrônico edambiental@sema.pr.gov.br. As inscrições são gratuitas e as vagas limitadas.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

JUSTIÇA CONDENA TV GLOBO POR MATÉRIA SEM AUTORIZAÇÃO EM UC

A Justiça Federal no Tocantins condenou a emissora Globo Comunicação e Participações S/A e a empresa Quatro Elementos Turismo Ltda a repararem o dano causado à Estação Ecológica (Esec) Serra Geral do Tocantins pelo uso indevido de imagem durante a veiculação de uma reportagem exibida no programa Esporte Espetacular do dia 25 de abril de 2010, que associa a imagem da cachoeira da Fumaça à prática de rafting esportivo, prática incompatível com os objetivos das estações ecológicas. A sentença proferida pela titular da 1ª vara, juíza federal Denise Dias Dutra Drumond, julgou procedente a ação civil pública proposta pelo Ministério Público Federal e condenou as empresas ao pagamento de indenização no valor de R$ 500 mil e a reparação do dano por meio da produção de uma reportagem, previamente autorizada, com o tema "Turismo sustentável na região do Jalapão", que deverá ser exibida em horário semelhante e com a mesma duração da anterior. A decisão cabe recurso. Gestão e proteção Ao ser informado sobre a decisão judicial, o chefe da Estação Ecológica (Esec) Serra Geral do Tocantins, Áquilas Ferreira Mascarenhas, disse que é fundamental que os objetivos da Esec sejam sempre respeitados de modo que se garanta a efetividade da gestão da unidade e a proteção de seus ecossistemas. Segundo ele, a sentença judicial corrobora com os procedimentos administrativos adotados pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) à época. O Instituto é responsável pela gestão de 313 unidades de conservação federais em todo o país, entre elas a Esec Serra Geral do Tocantins. "O que se espera é que os veículos de comunicação e as empresas de turismo dialoguem com o ICMBio a fim de construir acordos legais que compatibilizem o uso sustentável das unidades com a necessária e imprescindível conservação dos seus recursos naturais", afirmou o chefe da Esec. Ainda segundo Áquilas, "é importante que a sociedade se aproprie da Estação Ecológica Serra Geral do Tocantins e a reconheça como um dos principais remanescentes de Cerrado a ser protegido no Jalapão". Para ele, a mídia, em geral, pode contribuir muito para a valorização desse "sentimento de pertencimento". Pedido foi negado Segundo os autos, a reportagem exibida pela TV foi feita mesmo com o pedido de autorização negado pelo ICMBio. De acordo com o relatório do Instituto, a equipe foi avisada sobre o impedimento de realizar gravações com foco na prática de esportes radicais naquela área, tendo em vista que a Instrução Normativa do Ibama 05/2002 determina que matérias jornalísticas realizadas em estações ecológicas e reservas biológicas, que são unidades de conservação de proteção integral, não deverão fomentar atividades que não sejam de caráter científico, educativo e preservacionista. Em sua fundamentação a magistrada ponderou que estação ecológica não permite exploração turística e econômica desordenada. Para isso a legislação proíbe a visitação pública, exceto quando o objetivo for educacional ou científico. "Logo, a exposição em si mesma da Estação Ecológica Serra Geral do Tocantins como área propícia à prática esportiva, diversa portanto de sua finalidade legal específica, já configura o dano ambiental", constatou. Na defesa, as empresas alegaram inexistência de dano ambiental e a Globo Comunicações alegou ofensa à liberdade de imprensa. O argumento foi afastado pelo juízo federal durante a fundamentação. Para a magistrada, não se pode permitir abusos no desfrute da plenitude de liberdade de imprensa e este direito não está imune à obrigação de indenizar caso haja lesão à bem jurídico de terceiros. Serviço: Autos nº: 260-30.2011.4.01.4300 Data da sentença: 19/07/2013 Comunicação ICMBio -

sexta-feira, 26 de julho de 2013

ONU É ACIONADA SOBRE ESTRADA QUE CORTA O IGUAÇU

Quase mil entidades da sociedade civil brasileira enviaram um alerta à Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e à União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN) sobre a nova tentativa de abertura da Estrada do Colono, em tramitação no Congresso Nacional. A estrada de quase 18 quilômetros vai cortar ao meio o Parque Nacional do Iguaçu, no oeste do Paraná, reconhecido como Patrimônio Natural da Humanidade pela Unesco desde 1986 e como uma das Novas Sete Maravilhas Naturais do Mundo. A proposta de abertura da estrada, segundo as entidades, é capitaneada pelo deputado federal Assis do Couto (PT-PR). Ainda segundo elas, a aprovação da matéria, associada a outros projetos em tramitação no Congresso Nacional, abriria um perigoso precedente para enfraquecimento do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (Lei 9.985/2000) e da proteção da biodiversidade e dos serviços ambientais no país. Em perigo Entre 1999 e 2001, o Parque Nacional do Iguaçu esteve na lista dos Patrimônios Mundiais em Perigo, justamente por outra tentativa de abertura da Estrada do Colono. Segundo as entidades que subescrevem o documento, o Projeto de Lei 7.123/2010 tramita no Congresso "apoiado em manobras políticas, na tentativa de assegurar sua aprovação no menor prazo." O documento é assinado, entre outras organizações, pela SOS Mata Atlântica, Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS), Rede Verde, Associação de Desenvolvimento de Esportes Radicais e Ecologia (Adere), Rede de ONGs da Mata Atlântica, Mater Natura, Parque das Aves, Instituto Socioambiental (ISA), Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, Fundação Esquel Brasil, Greenpeace, Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (FBOMS) e WWF-Brasil. Fechada em 2001 A estrada do Colono foi fechada em 2001 por por ordem da Justiça Federal, por ameaçar a integridade do parque e a segurança nacional pela proximidade da tríplice fronteira, entre Brasil, Argentina e Paraguai. Desde então, foi praticamente tomada pela vegetação nativa. O projeto de lei do deputado federal Assis de Couto (PT/PR), que está na pauta da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara e deve ser votada no retorno do recesso em agosto, estabelece a reabertura do trajeto como uma "estrada-parque". Segundo ele, seria algo diferente do que era no passado. "Não poderá passar caminhão, não será asfaltada, os carros serão fiscalizados", diz. Riscos Para os pesquisadores que trabalham no local, a reabertura trará riscos ao ambiente. "A gente não vê mais indícios de que naquele local havia uma estrada. A área foi recuperada ambientalmente. Se reabrir, vai dividir a unidade em duas. Além de causar um efeito de borda (a vegetação que fica na borda de um corredor ou fragmento é mais afetada pelas perturbações externas), a estrada pode trazer todos os agravantes do fluxo de pessoas, além de mais caçadores", afirma Ronaldo Morato, do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que realiza pesquisas sobre onças-pintadas na região. Em evento no Fórum Mundial de Meio Ambiente, realizado no final de junho em Foz do Iguaçu, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse que a proposta de reabrir a estrada é inaceitável. "Não é abrindo uma estrada, que não tem apelo nenhum do ponto de vista do turismo, que vamos viabilizar uma renda adicional para os municípios, segundo o argumento que se coloca." Comunicação ICMBio –

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Projeto Litoral Sustentável promove consultas públicas no Litoral Norte, na próxima semana

Nesta fase, o projeto Litoral Sustentável oferece mais uma oportunidade de participação à sociedade civil. Etapa faz parte do processo de construção das Agendas Municipais e Regional de Desenvolvimento Sustentável No próximo dia 23, as cidades de Ubatuba e Caraguatatuba terão consultas públicas do projeto Litoral Sustentável – Desenvolvimento com Inclusão Social, iniciativa do Instituto Pólis, com apoio da Petrobras. Em Ubatuba o encontro será na Unitau – Campus Ubatuba – Avenida Castro Alves, 392 – Itaguá. Já na cidade de Caraguatatuba o evento será no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo - IFSP, na Avenida Rio Grande do Norte, 450. Os dois eventos começam às 18h30. No dia seguinte, quarta-feira (24), as consultas serão realizadas em mais duas cidades. Em São Sebastião, no Centro Cultural Batuíra, na Rua Martins do Val, 99, Bairro São Francisco, e em Ilhabela, no Hotel Ilhabela, na Avenida Pedro Paula de Moraes, 151, Saco da Capela, ambos também às 18h30. Nesta fase, o projeto Litoral Sustentável oferece mais uma oportunidade de participação à sociedade civil, organizações sociais e poder público, de extrema importância para a consolidação das Agendas Municipais e da Agenda Regional de Desenvolvimento Sustentável. Além das consultas participativas, o projeto abriu uma chamada pública para levantamento das ações e projetos para a melhoria das condições sociais, econômicas e ambientais da Baixada Santista e do Litoral Norte do Estado de São Paulo. Ao promover a participação de pessoas e da sociedade civil, a iniciativa tem o objetivo de fazer um levantamento de projetos realizados ou em andamento, tanto por iniciativa da sociedade civil como do poder público, que também serão incluídos nas Agendas. As iniciativas devem ser inscritas no link: http://litoralsustentavel.org.br/chamadapublica/. Confira os locais das consultas públicas: Ubatuba Data: 23/07, às 18h30 Local: Unitau – Campus Ubatuba – Avenida Castro Alves, 392 – Itaguá. Já na cidade de Caraguatatuba Data: 23/07, às 18h30 Local: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo - IFSP, na Avenida Rio Grande do Norte, 450. São Sebastião Data: 24/07, às 18h30 Local: Centro Cultural Batuíra, na Rua Martins do Val, 99, Bairro São Francisco Ilhabela Data: 24/07, às 18h30 Local: Hotel Ilhabela, na Avenida Pedro Paula de Moraes, 151 - Saco da Capela

segunda-feira, 24 de junho de 2013

TEMPORADA REPRODUTIVA DE TARTARUGAS BATE RECORDE

A coordenação nacional do Projeto Tamar, do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação das Tartarugas Marinhas (Tamar), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), acaba de divulgar os resultados finais da 32ª temporada reprodutiva das tartarugas marinhas no continente (2012/2013), encerrada oficialmente em março, mas com registros de desovas até maio. Os dados apontam para novos recordes: cerca de 18.600 ninhos protegidos, gerando aproximadamente 923 mil filhotes, levados ao mar em segurança, o que representa um aumento de 3% em relação à temporada reprodutiva anterior. Os resultados se referem às áreas de reprodução no continente. As ilhas oceânicas estão fora, pois a temporada de desova nesses locais ainda não acabou. O balanço foi anunciado pela coordenadora de pesquisa e conservação do Tamar, Neca Marcovaldi, e é fruto do trabalho realizado por meio de 16 bases de pesquisa instaladas em áreas prioritárias de desova monitoradas no litoral de cinco estados brasileiros - Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Sergipe e Rio Grande do Norte. Durante a temporada, entre setembro e março, foram flagradas 1.794 fêmeas em processo reprodutivo, incluindo indivíduos marcados em temporadas anteriores (546 fêmeas) e encontrados pela primeira vez (1.248 fêmeas). O esforço de marcação resultou no registro de 2.782 fêmeas em processo reprodutivo. Além da marcação e coleta de dados biométricos, foram recolhidas amostras de pele para estudos genéticos. Aliados De acordo com a coordenadora do Tamar, a continuidade dos esforços de educação ambiental, envolvimento comunitário e aprimoramento do monitoramento das praias permitiu a manutenção de mais de 70% dos ninhos no local original de postura escolhido pela fêmea (ninhos in situ), estratégia de conservação considerada ideal para as desovas de tartarugas marinhas. Somente os ninhos sob risco de predação humana ou animal, ação da maré ou localizados em áreas urbanas foram transferidos para os cercados de incubação, expostos às condições climáticas naturais, ou para trechos seguros de praia, acrescentou Neca. Esses ninhos transferidos para os cercados têm um papel importante na educação e sensibilização da sociedade, pois possibilitam que milhares de pessoas vejam bem de perto o nascimento das tartaruguinhas e seu caminho até o mar, em solturas programadas nas praias, ressalta a coordenadora nacional do Tamar. "São ações interativas que acabam conquistando novos aliados na defesa das tartarugas marinhas", reforçou ela. Criado há 33 anos, o Projeto Tamar tem o patrocínio oficial da Petrobras, por meio do programa Petrobras Ambiental, e o apoio do Título de Capitalização Bradesco Pé Quente. Atua em nove estados brasileiros onde mantém diversas parcerias em âmbito local. Comunicação ICMBio

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Os resíduos sólidos e a sustentabilidade

Por Heliana Kátia Tavares Campos A recuperação dos resíduos sólidos alcançou o patamar de 13% no Brasil - cerca de um terço da meta do Plano Nacional de Resíduos Sólidos para 2031, que é de 45% - e tem provocado degradação humana e ambiental insustentáveis. Nas ruas, nos lixões e mesmo nas Instalações de Recuperação de Resíduos (IRR) registra-se a presença de homens, mulheres e crianças, de forma indigna, catando os resíduos para comercialização ou mesmo para alimentação própria. Esses catadores, que frequentemente são vítimas de acidentes severos, muitas vezes fatais, são duplamente explorados. Pelo poder público, que não os remuneram pelo manejo dos resíduos sob sua responsabilidade e pela indústria que adquire os materiais recuperados por valores aviltantes. A Política de Saneamento Básico, Lei 11.445/2007, autoriza ao poder público contratar organizações de catadores sem licitação com uso de equipamentos compatíveis com as normas técnicas, ambientais e de saúde pública - mas, como se sabe isso não ocorre. Por outro lado, a propalada redução da geração priorizada na hierarquização para o tratamento dos resíduos na Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS, Lei 12.305/2010) está longe de ser alcançada. A geração per capita de resíduos no Brasil tende a aumentar. Isto devido principalmente à almejada e alcançada mobilidade social das populações de menor para maior renda. A propensão marginal ao consumo se concretiza gerando mais resíduos. A redução do número de habitantes por domicílio, a entrada da mulher no mercado de trabalho, programas de transferência de renda também influenciam. Tanto a recuperação dos resíduos secos para sua reintrodução no processo industrial como a compostagem dos resíduos úmidos, são estratégicas no setor. Para que ocorram adequadamente serão necessárias mudanças na gestão nas dimensões técnica, econômica, ambiental e social. A definição sobre os tipos de IRRs necessárias à recuperação de 32% dos resíduos secos e ainda compostagem de orgânicos deve ser estudada caso a caso. Estudos realizados em IRRs de Guarulhos, Rio de Janeiro e do Distrito Federal demonstram os baixos indicadores de sustentabilidade. Para facilitar a escolha tecnológica e capacidades das IRRs a serem implantadas, apresentam-se os seguintes indicadores: Geração Representação Tecnologia Porte Capacidade t/dia Origem resíduos Produtividade kg.catador-1.dia-1 G0 TMA Tratamento Manual no solo Não aplica ZERO Coleta seletiva 95 G1 TMA Tratamento Manual em Mesa Estática PP 7 Coleta seletiva 70 G2 TME Tratamento Manual e Semi Mecanizado MP Até 30 Coleta seletiva 92 G3 TME Tratamento Manual e Mecanizado GP FCSR Acima de 30 Coleta seletiva 259 G4 TMB Tratamento Mecânico Biológico GP FCCR Acima de 30 Coleta convencional e seletiva 235(*) G5 TMB Tratamento Mecânico Biológico GP Acima de 30 Coleta convencional e seletiva NA Legenda: PP – Pequeno Porte, MP – Médio Porte (*), GP – Grande Porte. NA – Não aplica. FC – Fluxo Contínuo. SR – Sem Retorno. CR – Com Retorno. (*) O valor de produtividade insatisfatório pela ausência de compostagem em uma unidade. As baixas produtividades encontradas devem ser em muito aumentadas com melhorias na gestão. Para tanto, há necessidade formalização da relação entre o poder púbico e as organizações de catadores a serem incubadas e a contratação de empresas especializadas para o cumprimento das metas. O setor industrial deverá, por meio da logística reversa, ressarcir o município das despesas na recuperação das embalagens. Essas atividades aliadas à realização de um acordo entre as três esferas de governo no cumprimento das metas da reciclagem poderão ser as mais importantes conquistas da 4ª Conferência Nacional de Meio Ambiente - CNMA. Aberta a discussão para o todo o país, este evento, que culminará em setembro de 2013 em Brasília, poderá vir a ser o marco divisor de águas para o setor. Eis que um novo horizonte se abre para a gestão dos resíduos sólidos no Brasil. É preciso avançar em direção a um modelo de recuperação dos resíduos que alinhe a inclusão social com dignidade e respeito à legislação nacional. Que alcance a sustentabilidade técnica, econômica, financeira, ambiental e social e que nos faça orgulhar dos atuais indicadores de reciclagem alcançados e avançar ainda mais. Trabalhamos por isso. Heliana Kátia Tavares Campos é Engenheira Civil com especialização em Engenharia Sanitária pela UFMG e mestre em Desenvolvimento Sustentável pela UNB. Será palestrante no III GRAL - Conferência Internacional de Gestão de Resíduos na América Latina

terça-feira, 18 de junho de 2013

Evento em SP discute viabilidade do Biogás no país e apresenta casos práticos em vários setores

A quarta edição do Biogas Brazil Congress trará a SP experiências com produção do biometano a partir de resíduos de lixo urbano e dejetos da indústria agro alimentar Discutir o potencial e viabilidade das plantas de Biogás no Brasil, com a apresentação de casos práticos, é a proposta da quarta edição do Biogas Brazil Congress, que a IBC vai promover em São Paulo nos dias 24 e 25 de julho. Participam do encontro representantes da Secretaria de Energia de SP, Abrelpe, Petrobras, Eletrobras, Itaipu Binacional, Sulgás, Ecocitrus, Naturovos, CTC e Caixa Econômica Federal, entre outros. Estão programados debates sobre o papel do Biogás como fonte de energia estratégica, sua representatividade na matriz energética, os arranjos técnicos, acadêmicos, industriais e as parcerias necessárias para o desenvolvimento do mercado de biogás no país, e a viabilidade dos projetos de biogás de menor escala. Também será apresentada a visão dos investidores sobre a atratividade dos projetos de biogás. A parte da tarde do primeiro dia reunirá experiências bem-sucedidas do Brasil e do exterior, para mostrar aos participantes as tecnologias disponíveis e as oportunidades que o biogás pode trazer para empresas agro-alimentares, pecuaristas e até para Municípios. O Biogas Brazil Congress abrirá espaço para que sejam discutidas as perspectivas de curto e médio prazo para que a Nova Política de Resíduos Sólidos impulsione o aproveitamento energético do lixo urbano. O segundo dia concentrará os casos práticos, discutindo fatores de sucesso, aprendizados e desafios na produção de biogás em aterros sanitários (Panorama Energético); na biodigestão de dejetos de aves poedeiras para geração e recuperação de Biogás, Biometano, Gás Carbônico, Energia Elétrica e Térmica, Biofertilizante e Composto Orgânico (Projeto Ecocitrus/Naturovos/Sulgás); no aproveitamento de dejetos suínos para geração de energia (Projeto Alto Uruguai); na geração de biometano a partir de águas residuais e vinhaça (CTC). Entre os palestrantes, destacam-se o subsecretário de energias renováveis do Estado de SP, Milton Flávio Lautenschlager, o superintendente de energias renováveis da Itaipu Binacional, Cícero Bley, que representa o país no grupo de biogás da Agência Internacional de Energia, o superintendente nacional de saneamento e infraestrutura da Caixa, Adailton Ferreira Trindade, o diretor do Panorama Energético e membro do comitê de energias renováveis da Petrobras, Fábio Viana de Abreu, o coordenador de novos negócios da Sulgás, Guilherme Cabral, o gerente de projetos da Ecocitrus, Albari Pedroso, o consultor técnico da Naturovos, Fábio Koch, e o secretário executivo do Projeto Alto Uruguai, Sadi Baron. Encerra a programação do quarto Biogas Brazil Congress um workshop conduzido pelo engenheiro eletricista Heleno Quevedo, mestre e doutorando em energia, que mostrará como avaliar aspectos técnicos para a produção de biometano a partir de cada tipo de substrato. A discussão envolverá também os gargalos que devem ser sanados em cada processo para tornar mais competitiva a produção de biogás no Brasil. A quarta edição do Biogas Brazil Congress é uma iniciativa da IBC, com o patrocínio da Acqua Engenharia, BTS Biogas, Sysadvance e Dresser-Hand Guascor. As informações estão no site http://www.informagroup.com.br/biogas e na Central de Atendimento da IBC, pelo telefone 11-3017-6808 ou pelo email imprensa@ibcbrasil.com.br AGENDA: 4º. Biogas Brazil Congress Dias 24 e 25 de julho de 2013. Local: Hotel Paulista Plaza, Alameda Santos, 85, São Paulo, SP Horário: das 8h30 às 18h00 Organização: IBC, empresa do Informa Group Informações: 11-3017-6808 ou imprensa@ibcbrasil.com.br Site: http://www.informagroup.com.br/biogas

sexta-feira, 14 de junho de 2013

EXPOSIÇÕES DE FOTOS SÃO ATRAÇÃO NO PARQUE DE BRASÍLIA

Uma enfoca quaresmeiras e outra a biodiversidade do Cerrado Frequentadores e visitantes do Parque Nacional de Brasília podem apreciar durante este mês a exposição de fotos As Quaresmeiras, em cartaz no Centro de Educação Ambiental. Os trabalhos são de autoria de Paulo Henrique G. Cruz Jr, convidado no ano passado a fotografar as quaresmeiras (Tibouchina Granulosa) existentes na unidade de conservação (UC), gerida pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Bidoviersidade (ICMBio). “Quando cheguei ao parque e comecei a trabalhar, percebi que a floração das quaresmeiras era muito mais que apenas árvores em flor, mas, sim, uma explosão da cor violeta, que se expandia por todo o ambiente”, diz Paulo Henrique na apresentação da exposição. Todas as imagens foram doadas ao acervo da UC. A cor roxa e sua época de floração, que ocorre no período religioso da quaresma, são as razões para o nome da espécie. As quaresmeiras são árvores de ocorrência no Cerrado, podendo atingir de 8 a 12 metros de altura, com tronco de 30 a 40 centímetros de diâmetro. Ela floresce entre os meses de janeiro e abril e também entre junho e agosto. Devido às suas características, a espécie é muito usada no paisagismo de cidades. Ela é considerada uma planta rústica de crescimento rápido, suporta clima seco e quente, solos pobres, sendo utilizada na revegetação de áreas degradadas. Biodiversidade do Cerrado Segue em exibição no mesmo local, até o final deste mês, exposição fotográfica de Paulo de Araújo e Martim Garcia, da Assessoria de Comunicação do Ministério do Meio Ambiente, que enfoca a biodiversidade do Cerrado. A maior parte das fotografias tem como cenário o Parque Nacional de Brasília, mas a exposição retrata, também, a vegetação presente na área central de Brasília e a biodiversidade da Chapada dos Veadeiros. Desde sua reabertura, em fevereiro, o Centro de Educação Ambiental do parque busca atrair a comunidade para dentro da unidade de conservação e fazer com que as pessoas compartilhem suas impressões, por meio de fotos ou vídeos, acerca das belezas preservadas na unidade. Os interessados em apresentar seu trabalho no espaço podem agendar um horário com os técnicos da área de educação ambiental ou visitação do parque. Serviço: Exposições fotográficas As Quaresmeiras e Cerrado Local: Centro de Educação Ambiental do Parque Nacional de Brasília Diariamente Horário: 9h às 16h Comunicação ICMBio

PARQUE DA ILHA GRANDE PROMOVE RIO+LIMPO

80 toneladas de lixo foram retiradas da UC no Paraná O Parque Nacional de Ilha Grande, na divisa entre o Paraná e Mato Grosso do Sul, deu a largada das atividades da edição 2013 do Rio + Limpo, iniciativa que promove a limpeza das mais de 180 ilhas existentes na unidade de conservação (UC). Mais de 80 pessoas participaram do evento, que resultou no recolhimento de duas toneladas de resíduos. Logo pela manhã do domingo (9), os voluntários saíram de Porto Camargo, no distrito de Icaraíma, rumo ao Porto Caiuá, no município de Naviraí, Mato Grosso do Sul, onde aconteceu a etapa de abertura da segunda edição do Rio + Limpo. De acordo com o chefe do parque, Romano Pulzatto Neto, o resultado da primeira etapa não poderia ter sido melhor. Segundo ele, foram recolhidas duas toneladas de material reciclável leve, o equivalente a dois caminhões caçamba. O chefe da unidade informou ainda que foram percorridas as ilhas não contempladas pelo projeto em 2012, que se deu em cinco etapas nos municípios de Guaíra, Alto Paraíso, Icaraíma, Naviraí, Eldorado e São Jorge do Patrocínio. Além de servidores do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que administra o parque, essa primeira etapa de 2013 contou com a participação de voluntários e representantes de instituições como Conselho Intermunicipal para a Conservação do Rio Paraná e Áreas de Influência (Coripa), Itaipu, prefeitura de Naviraí, Polícia Ambiental, Bombeiros e Rotary Club. Na abertura dos trabalhos, um padre abençoou o evento diante de uma imagem de São Francisco da Ilha Grande, estátua peregrina esculpida em madeira, que acompanha todas as etapas dos eventos ambientais da região. O Projeto Rio+Limpo é uma iniciativa do ICMBio e do Coripa, realizado juntamente com as prefeituras municipais da região do parque. A iniciativa tem o objetivo de sensibilizar as pessoas que frequentam a unidade quanto à importância de manter o ambiente nas ilhas, rios, lagoas e várzeas livre dos resíduos abandonados por antigos moradores e frequentadores habituais. O parque O Parque Nacional de Ilha Grande abrange territórios dos municípios de Alto Paraíso, Altônia, Guaíra, Icaraíma e São Jorge do Patrocínio, no Paraná, e de Eldorado, Itaquiraí, Mundo Novo e Naviraí, no Mato Grosso do Sul. Com 78. 875 ha de área, a unidade encampa todas as ilhas e ilhotas desde o Reservatório de Itaipu e a foz do rio Piquiri até a foz dos rios Amambai e Ivaí, no rio Paraná, dentre as quais as maiores são as ilhas Grande, Peruzzi, do Pavão e Bandeirantes. A área do parque também inclui as várzeas e planícies de inundação, situadas às margens do rio Paraná, as águas lacustres e lagunares e seu entorno e o Paredão das Araras. A unidade protege sítios arqueológicos de alta relevância. Comunicação ICMBio

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Projeto inédito de Cooperação Internacional e Sustentabilidade será apresentado no Rio de Janeiro

Através dele, Brasil será beneficiado com R$ 80 milhões doados pelo Reino Unido. O Projeto “Agricultura Sustentável para o Desenvolvimento Rural: o trabalho de cooperação entre o Governo Brasileiro e Governo Britânico” será apresentado por seu idealizador, o Coordenador-Geral de Sustentabilidade Ambiental do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Renato Brito, durante a Exposustentat, feira e conferência em sustentabilidade que será realizada dias 13 e 14 de junho, no Rio de Janeiro (RJ). O projeto foi o único brasileiro considerado no processo de aprovação do Governo do Reino Unido para a alocação de recurso equivalente a £ 25 milhões voltados para a redução das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) decorrentes das atividades agrícolas. Segundo Brito, a ideia do projeto surgiu no sentido de aproveitar oportunidades de fundos internacionais não reembolsáveis para levantar recursos para implementação de projetos estratégicos na área de sustentabilidade. “Ser sustentável envolve estarmos abertos à novas formas de trabalho. Quando idealizei este projeto, cujo objetivo é restaurar áreas desmatadas e degradadas em pequenas e médias propriedades rurais nas regiões da Amazônia e Mata Atlântica, quis ser sustentável desde a sua elaboração até à sua execução”, afirma Brito. A apresentação do projeto acontecerá na sexta-feira, dia 14, às 9h15, no Centro de Convenções Sulamérica, no Rio de Janeiro; e o seu lançamento nacional está programado para dia 27 de junho, às 10h, em Brasília (DF), com participação de autoridades brasileiras e britânicas. Confira programação completa da Exposustentat pelo site: http://exposustentat.com.br/index.php

segunda-feira, 10 de junho de 2013

PARCERIA GERA ARARINHA-AZUL POR INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL

Uma boa notícia para todos os que torcem pela volta da ararinha-azul (Cyanopsitta spixii) à natureza: experimentos com inseminação artificial, realizados em ararinhas mantidas em cativeiro, resultaram no nascimento de filhotes. A espécie, nativa do Brasil, é considerada extinta na natureza desde 2000. Clique aqui para assistir ao vídeo sobre a inseminação. Os trabalhos foram desenvolvidos pela Al Wabra Wildlife Preservation (AWWP), no Qatar. A instituição é parceira do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) na implementação do Plano de Ação Nacional para Conservação da Ararinha-azul, que visa a reintroduzir a espécie no seu habitat histórico, a região de Caatinga no interior da Bahia. Como foi A cada ano, a temporada reprodutiva é um dos momentos mais decisivos para as ações de conservação. Isso porque os problemas genéticos da espécie dificultam o desenvolvimento do programa reprodutivo em todo o mundo (atualmente, existem cerca de 80 aves, mantidas em cativeiro no Brasil, Qatar, Alemanha e Espanha). Esses problemas acabam reduzindo o sucesso do aumento da população da ararinha-azul. Por isso, pesquisadores da AWWP, em parceria com a Parrot Reproduction Consulting, da Alemanha, decidiram, nesta temporada, dar uma ajuda à ararinha-azul no processo de reprodução por meio de inseminação artificial. Logo que uma fêmea fazia a postura do seu primeiro ovo, os pesquisadores coletavam espermatozoides de machos selecionados e imediatamente os depositavam no oviduto das fêmeas de ararinhas-azuis, esperando que o próximo ovo fosse fertilizado antes que a casca se formasse. O processo foi repetido após a segunda e terceira postura, já que as ararinhas-azuis costumam pôr até quatro ovos. Feito isso, os ovos foram colocados numa incubadora. Após sete dias, eles foram examinados para verificação da fertilidade. Dois de sete ovos inseminados artificialmente estavam férteis e se desenvolviam bem. Os ovos foram monitorados diariamente, até que, no vigésimo-sexto dia de incubação, os filhotes, enfim, nasceram. Grande passo Para o coordenador de Espécies Ameaçadas do ICMBio, Ugo Vercillo, a inseminação artificial da ararinha-azul é um grande passo no processo de reintrodução da espécie na natureza. “Há cinco anos, a inseminação artificial para a ararinha-azul era algo impossível. Graças aos esforços da Al Wabra Wildlife Preservation e da Parrot Reproduction Consulting esse feito se tornou realidade e nos deixa mais perto de reintroduzir a ararinha-azul na natureza”, destacou. O primeiro filhote recebeu o nome de Neumann, uma homenagem ao executor da primeira inseminação artificial de sucesso em ararinhas-azuis, o médico-veterinário Daniel Neumann, da Parrot Reproduction Consulting e especialista em reprodução do Plano de Ação Nacional para a Conservação da Ararinha-azul, coordenado pelo ICMBio. “Já realizei muitas inseminações artificiais em psitacídeos nos últimos anos, mas nenhuma foi tão especial quanto essa com as ararinhas-azuis. Ainda garoto, acompanhei o desaparecimento da última ararinha-azul na natureza e era meu sonho estar envolvido com a conservação desta espécie. Agora fui a pessoa que realizou a primeira inseminação artificial com sucesso. Ainda é difícil entender, mas isto me faz bem”, afirmou o pesquisador. Tim Bouts, da AWWP, já considera a possibilidade de repetir a experiência da reprodução da ararinha-azul no Brasil. “Em parceria com a NEST, a AWWP maneja dez das onze ararinhas-azuis que estão no Brasil, juntamente com o governo brasileiro. Precisamos começar a reproduzir essas aves no Brasil e iniciar a prática de inseminação artificial o quanto antes”, destacou. Sobre a AWWP A Al Wabra Wildlife Preservation (AWWP), fundada pelo sheikh Saoud Bin Mohamed Bin Ali Al-Thani, na pequena península do Qatar, está ativamente envolvida na conservação da espécie em seu ambiente natural no Brasil. No centro reprodutivo no Qatar, a AWWP possui 64 ararinhas-azuis (77% da população mundial da espécie), das 83 ararinhas registradas no studbook da espécie. Juntamente com a NEST, a Al Wabra possui uma parceria para manejar dez ou onze ararinhas-azuis no Brasil. A AWWP também possui uma área de 2.380 hectares em um dos principais hábitats das ararinhas-azuis, próximo a cidade de Curaçá, na Caatinga baiana, visando a restauração desse habitat para a reintrodução das ararinhas-azuis. O Consultor de Manejo do Programa de Cativeiro da Ararinha-azul é membro da equipe da AWWP. Plano de Ação O Plano de Ação Nacional para Conservação da Ararinha-Azul congrega os atores relevantes para a conservação da espécie e organiza todas as ações que precisam ser conduzidas para promover a reintrodução da espécie na natureza. Entre essas ações, está o aumento pupulacional da espécie em cativeiro e a preparação do seu habitat natural para receber as primeiras aves nos próximos anos. São parceiros do PAN da Ararinha-azul, as seguintes instituições: AWWP, ACTP, Fundação Lymington, Nest, Parrots International, Parque das Aves, Universidade de São Paulo, SAVE Brasil, Funbio e Vale. Comunicação ICMBio Nordeste

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Inhotim abre processo seletivo para bolsista de História Ambiental

O Instituto Inhotim, por meio da Diretoria de Jardim Botânico e Meio Ambiente, publica edital de seleção para uma vaga de bolsista em História Ambiental. O estudante selecionado atuará na área de qualidade ambiental, especificamente na pesquisa “A História Ambiental da Mineração em Brumadinho: Uma paisagem de importantes mananciais no cenário de exploração mineraria do Quadrilátero Ferrífero mineiro”. Os interessados devem estar regularmente matriculados do 3º período em diante nos cursos de graduação em Geografia ou História e não possuir vínculo empregatício de qualquer natureza. A bolsa do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC/ FAPEMIG 2013) tem duração de um ano, valor mensal de R$ 400 reais e carga horária de 20 horas semanais. Os candidatos deverão enviar currículo, para o e-mail aline.oliveira@inhotim.org.br, especificando no campo assunto: Inscrição para bolsa Historia Ambiental até às 23h59min do dia 23/06//2013 (Domingo). O resultado final será divulgado no próximo dia 28 de junho. A seleção dos candidatos será realizada em três etapas: 1ª Etapa de seleção - eliminatória: análise do currículo realizada pela Comissão de Seleção, composta por membros do Instituto Inhotim das áreas contempladas. O resultado da etapa será divulgado no site do Inhotim em 25/06/2013 até 20h00. 2ª Etapa de seleção – classificatória: avaliação escrita com os aprovados na 1ª etapa, a ser realizada em 27/06/2012 às 10h30 horas, no Instituto Inhotim, em Brumadinho. É obrigatória a apresentação do histórico escolar do curso. 3ª Etapa de seleção – classificatória: entrevista com os candidatos após realização da avaliação escrita em 27/06/2013 às 13h00, no Instituto Inhotim, em Brumadinho. Os critérios de avaliação serão: interesse em participar do projeto, perfil do aluno em relação às atribuições da bolsa, capacidade dissertativa e disponibilidade de tempo compatível com a carga horária exigida. O Instituto Inhotim fornece para o bolsista selecionado: Transporte da empresa, almoço e vale transporte se necessário. Diretoria de Jardim Botânico e Meio Ambiente EDITAL 001/2013 PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA INHOTIM / FAPEMIG 2013 O Instituto Inhotim, por meio do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica PIBIC/ FAPEMIG 2013, TORNA PÚBLICO, para conhecimento dos interessados, a SELEÇÃO DE 1 BOLSISTA DE INICIAÇÃO CIENTIFICA a que se refere o presente edital, em conformidade com as condições a seguir estabelecidas: BOLSA Serão destinadas 1 bolsa de Iniciação Científica PIBIC no valor mensal de R$ 400,00 (quatrocentos reais), com duração de 12 (doze) meses, para o projeto na área de: ÁREA : Qualidade Ambiental PROJETO: A História Ambiental da Mineração em Brumadinho: Uma paisagem de importantes mananciais no cenário de exploração mineraria do Quadrilátero Ferrífero mineiro. VAGAS: 01 CARGA HORÁRIA: 20 horas semanais REQUISITOS DO BOLSISTA - Estar matriculado regularmente do 3º período em diante nos cursos de graduação em Geografia ou História. - Não acumular bolsa nem ter vínculo empregatício de qualquer natureza; INSCRIÇÃO Os currículos devem ser enviados para o email aline.oliveira@inhotim.org.br até às 23h59min do dia 23/06//2013 e devem constar no campo assunto: Inscrição para bolsa Historia Ambiental. SELEÇÃO A seleção dos candidatos será realizada em três etapas: 1ª Etapa de seleção - eliminatória: análise do currículo realizada pela Comissão de Seleção, composta por membros do Instituto Inhotim das áreas contempladas. O resultado da etapa será divulgado no site do Inhotim em 25/06/2013 até 20h00. 2ª Etapa de seleção – classificatória: avaliação escrita com os aprovados na 1ª etapa, a ser realizada em 27/06/2012 às 10h30 horas, no Instituto Inhotim, em Brumadinho. É obrigatória a apresentação do histórico escolar do curso. 3ª Etapa de seleção – classificatória: entrevista com os candidatos após realização da avaliação escrita em 27/06/2013 às 13h00, no Instituto Inhotim, em Brumadinho. Os critérios de avaliação serão: interesse em participar do projeto, perfil do aluno em relação às atribuições da bolsa, capacidade dissertativa e disponibilidade de tempo compatível com a carga horária exigida. O Instituto Inhotim fornece para o bolsista selecionado: Transporte da empresa, almoço e vale transporte se necessário. RESULTADO - O resultado da seleção será divulgado a todos os candidatos e disponibilizado no site do Inhotim em 28/06/2013 até 20h00. - Também serão selecionados dois suplentes, caso haja desistência ou abertura de novas vagas. - Inicio em Julho/2013. Como Chegar ao Instituto Inhotim em Brumadinho: Traslado operado pela empresa Saritur: (Saída Rodoviária de Belo Horizonte (plataforma F2)/De terça a sexta-feira: saída às 9h15 e retorno às 16h30) Coletivos: 3787 (Via Barreiro ou Via BR 381)/ 3783 (Via BR 381)/ 3788 (Brumadinho/BH)/3789 (Betim/Sarzedo/Brumadinho)

quinta-feira, 6 de junho de 2013

IGUAÇU CELEBRA SEMANA DO MEIO AMBIENTE

O Parque Nacional do Iguaçu, unidade de conservação sob gestão do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), no Paraná, realiza diversas ações ambientais até a próxima sexta (7) em comemoração ao Dia da Educação Ambiental, celebrado na segunda-feira (3), e Dia Mundial do Meio Ambiente, nesta quarta-feira (5). As atividades ocorrem nos municípios de Foz do Iguaçu e Capanema, no Paraná. A iniciativa tem o objetivo de informar e sensibilizar visitantes, funcionários do parque, universitários e comunidade em geral sobre a importância de cuidar do meio ambiente. A programação conta com exposições, palestras, visitas à unidade de conservação, gincana de coleta de lixo eletrônico e mesa redonda com debates sobre ecoturismo e sustentabilidade. A Semana do Meio Ambiente no Parque Nacional do Iguaçu é uma realização do ICMBio e das concessionárias Cataratas do Iguaçu S.A., Macuco Safari, Macuco EcoAventura, Cânion Iguaçu, da Ecocataratas e da Associação Parque Nacional do Iguaçu (Asparni). Para participar das palestras da Semana do Meio Ambiente é necessário se cadastrar, solicitando a ficha de inscrição pelo e-mail: escolaparquepni@gmail.com. As inscrições são gratuitas. Outras informações podem ser obtidas pelos telefones (45) 3521-8357/8356/8391. Serão emitidos certificados de participação. Confira a programação: 5/6 Palestra “Conhecendo o Parque Nacional do Iguaçu”, em Capanema, com Daniela Bartnicki Ecocoleta em Capanema – Gincana de Coleta de Lixo Eletrônico Visita à ETA (Capanema) Atividade no Parque Monjolo, em Foz do Iguaçu 6/6 Atendimento Macuco Safari e Macuco Ecoaventura – Apasfi Atendimento especial Escola Parque Ecocoleta em Capanema – Gincana de Coleta de Lixo Eletrônico Palestra Capanema Sustentabilidade com José Gois Atendimento Macuco Ecoaventura e Macuco Safári – Lar dos Velhinhos 7/6 9h30: Palestra: O papel dos Zoológicos na conservação das espécies com Zalmir Cubas do Refúgio Biológico, no auditório 01 da administração 9h30: Palestra: Ictofauna do Parque Nacional do Iguaçu, Maristela Cavicchioli Makrakis, pesquisadora da Unioeste, no auditório 2 da administração Ecocoleta em Capanema – Recolhimento e pesagem do lixo eletrônico 14h30: Palestra: Espécies Exóticas da Flora, com Roberto Leimig, professor da Uniamérica, no auditório 1 da Administração Comunicação ICMBio

quarta-feira, 5 de junho de 2013

POR QUE ALGUNS BICHOS SOMEM?

Por que alguns bichos somem? Esse é o tema de um colorido e bem ilustrado infográfico que será estampado, a partir deste sábado (1º), nos papéis de bandeja da rede de lanchonetes McDonald's. A ideia foi concebida com apoio do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) para marcar o Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado em 5 de junho. Ao todo, foram impressos 10,5 milhões de papéis de bandeja que serão entregues aos frequentadores da rede de lanchonetes em todo o País durante o mês de junho. O objetivo é alertar as pessoas, principalmente os mais jovens, para a situação de risco que atinge boa parte da fauna nativa, como o peixe-boi, a onça pintada, o mico-leão-dourado, o tamanduá-bandeira, o lobo-guará, o cervo-do-pantanal, a borboleta-da-praia e a arara-azul-grande. Ao pegar o lanche, as pessoas vão receber a bandeja forrada com o papel ilustrado. No infográfico, além de dados sobre algumas espécies em risco de extinção, os comensais terão informações sobre as causas do desaparecimento dos animais – degradação de habitat, tráfico, caça ilegal e pesca excessiva, poluição, atropelamentos, incêndios florestais e turismo mal organizado. Nesse aspecto, a peça publicitária funciona como um instrumento de educação ambiental. O papel de bandeja traz, ainda, informações sobre o trabalho desenvolvido pelo ICMBio na proteção dos animais silvestres. São citados, entre outras ações, programas de pesquisa, proteção e conservação da biodiversidade, avaliações do estado de conservação da fauna e planos de ação nacionais para a preservação das espécies ameaçadas, os chamados PANs. Criatividade “É uma ação muito criativa e sutil porque pega as pessoas, principalmente a garotada, numa hora de descontração, de bate-papo, durante o lanche. Ao ler o material, eles terão informações básicas sobre os riscos e as ameaças que rondam a nossa fauna”, afirmou Ivanna Brito, da Assessoria de Comunicação do ICMBio, que participou das articulações que resultaram na peça publicitária. O Brasil é o país com a maior biodiversidade do mundo. São mais de 100 mil espécies de invertebrados e aproximadamente 8.600 espécies de vertebrados. Dessas, 627 estão listadas no Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção. Segundo o coordenador-geral de Manejo para a Conservação do ICMBio, Ugo Vercillo, “é importante que as pessoas compreendam que há uma série de ameaças às espécies da fauna e que elas podem contribuir para a preservação, não comprando animais silvestres, não perturbando o animal quando o avistar ou não jogando lixo ou cigarro nos habitats, por exemplo”. Para garantir a perpetuidade das espécies, o Instituto Chico Mendes atua na avaliação do risco de extinção e também na definição e implementação de planos de ação nacionais para a conservação das espécies ameaçadas de extinção. Esses documentos são políticas públicas, negociadas com setores da sociedade, que identificam e orientam as ações prioritárias para combater as ameaças que põem em risco populações de espécies e os ambientes naturais. Hoje 46% das espécies da fauna ameaçadas de extinção têm planos de ação. Dia Mundial do Meio Ambiente A data foi criada em 1972 pela Assembleia Geral das Nações Unidas, marcando a abertura da Conferência de Estocolmo, que teve como tema central o Ambiente Humano. O encontro reuniu 113 países, além de 250 organizações não governamentais. A criação do programa da ONU para o meio ambiente e a aprovação da Declaração sobre o Meio Ambiente Humano estão entre os principais resultados dessa conferência. Fonte: ICMBio

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Aquecimento global: alarme, sim. Falso, não.

Por Felipe Bottini A falta de capacidade de acreditar que o Titanic poderia realmente afundar, fez com que as pessoas acreditassem que o navio era indestrutível. Os engenhos promovidos pelo homem até hoje, podem ensejar a perfeição e que estamos em um barco “inafundável”. Mas é nesse ponto que estamos errando. As emissões de gases do efeito estufa e as catástrofes climáticas estão acontecendo e enquanto afundamos, a banda toca como se nada estivesse acontecendo - igualzinho ao filme. Já que nem eu nem o leitor temos elementos que assegurem a “verdade científica” sobre o tema, façamos uma reflexão com pauta no bom-senso. Podemos extraí-las das informações cedidas por ambos os lados da disputa entre céticos e não céticos - que a propósito trata muito mais de vaidades que de ciência de fato. Fatos aceitos: Aceitamos os que indicam que na revolução industrial o acúmulo de CO2 na atmosfera era da ordem de 280 partes por milhão. Recentemente foi constatado que o acúmulo ultrapassa as 400 ppm. Isso é amplamente aceito por todos no mundo da ciência climática. Além disso, é amplamente aceito que há aproximadamente 480 mil anos, a concentração era de 180 ppm. Também aceitamos que as partículas de CO2 funcionam como um cobertor que acumula calor sob a atmosfera terrestre, ainda que hajam diferentes interpretações sobre esse fenômeno natural. Análise dos dados: Desde 480 mil anos até a revolução industrial, a população do mundo pouco evoluiu e não houve alteração tecnológica capaz de produzir emissões em larga escala. Podemos aceitar que o aumento de acúmulo de CO2 até a revolução industrial é o efeito estufa não antrópico, ou seja, não causado pelo homem. Entretanto, a partir da revolução industrial (menos de 150 anos atrás), o motor a vapor, queima dos combustíveis fósseis e não fósseis, tornou a atividade humana mais do que relevante nesse horizonte. A prova: enquanto em quase 500 mil anos o acréscimo de CO2 na atmosfera foi de 100 partes por milhão (indo de 180 para 280 ppm), nos últimos 140 anos (um piscar de olhos nessa linha de tempos) o acúmulo adicional foi de 120 ppm. Alarme: Isso quer dizer que em menos de 150 anos conseguimos agregar mais emissões que o que aconteceria naturalmente em 500 mil anos. A aritmética nos diz que aceleramos o processo natural em mais de 3.400 vezes. Bom-senso: Some em uma receita de bolo 3.400 vezes mais de um dos ingredientes. Acrescente a um processo químico um elemento 3.400 vezes mais do que o habitual. Some ao seu trabalho 3.400 vezes mais broncas do seu chefe. Enfim, o bom-senso diz que a proporção do desequilíbrio que estamos promovendo não pode chegar a um bom resultado. Simples assim! Trabalho em projetos de redução de emissões de carbono e equivalentes em escala corporativa e nacional há dez anos e estou convencido que as evidências científicas são bastante mais concretas na demonstração do aquecimento global promovido pelo homem que o contrário. Avanços significativos foram obtidos em termos de conhecimento e previsão, mas não precisamos disso para nos motivar a agir de forma sustentável. Somos inteligentes o suficiente para saber que tamanho desequilíbrio não pode promover resultados favoráveis, ainda que não tenhamos condição de avaliar exatamente a extensão do prejuízo. Sabemos que ele virá, aliás, já está vindo. O IPCC (Intergovernmental Panel on Climate Change), diz que a frequência e intensidade de eventos extremos irão acontecer. Alguns exemplos como o tornado de Oklahoma em maio desse ano ou o furacão em Nova York em outubro do ano passado são eventos que não se esperava que acontecesse em intervalo inferior a 100 anos - mas tem acontecido em intervalos subanuais. Isso sem contar as catástrofes que não são alvo da mídia, como por exemplo, a região do Cunene, no Sul de Angola, que há 12 meses sofreu uma das piores inundações da história recente e esse ano enfrenta uma das maiores secas já registradas.. Já fracassamos em mitigar as emissões como deveríamos. Entretanto, não assumir o erro e negar o óbvio não é honesto com os nossos semelhantes e menos favorecidos. Aceitemos que falhamos até o momento e reiniciemos com força a mitigação e paguemos o preço da adaptação, que certamente não é mais evitável. Já existem refugiados do clima, e não são poucos. Felipe Bottini é economista pela USP com especialização em Sustentabilidade por Harvard. Fundador da (www.greendomus.com.br) e da (www.neutralizecarbono.com.br) e Consultor especial do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - PNUD.

ATRAÇÕES DA SEMANA DO MEIO AMBIENTE EM ILHABELA SP

4º Passeio Ecociclístico e Regata integram Semana do Meio Ambiente em Ilhabela A Prefeitura de Ilhabela promoverá uma programação de atividades em comemoração à Semana do Meio Ambiente, de 1º a 9 de junho. Serão diversas atrações organizadas pela Secretaria do Meio Ambiente, que abre a programação neste sábado (1º/6) com a quarta edição da Regata do Meio Ambiente. As inscrições podem ser feitas até o dia do evento na Escola de Vela, na Secretaria de Esportes, no Pequeá. Durante a semana ainda haverá sessões de filmes e documentários além de palestras. Mas o destaque da programação é o Passeio Ecociclístico, às 10h do próximo dia 9 de junho (domingo). A concentração será na Praça Allan Kardec, na Barra Velha, a partir das 8h e a saída às 10h. As inscrições para o passeio ciclístico são gratuitas e dão direito à participação de um sorteio de 10 bicicletas. Confira a programação: Dias 1– Sábado 9h - 4ª Regata do Meio Ambiente Local: Escola Municipal de Vela - Secretaria de Esportes Dia 3 de Junho – Segunda-feira 19h - Cinema Ambiental - Filme “Rio” Local - Secretaria de Turismo - Rotatória da Balsa Dia 5 de Junho - Dia Mundial do Meio Ambiente – Quarta-feira 9h - Palestra sobre Educação Ambiental na E.M. Profª. Mércia do Nascimento Dias 10h - Plantio de Mudas Local - Praça de Eventos Roberto Fazzini-Antigo Campo de Aviação 19h - Cinema Ambiental - Filme “Wall-E” Local - Secretaria de Turismo - Rotatória da Balsa Dia 7 de Junho – Sexta-feira 19h - Cinema Ambiental – Filme-documentário sobre o lixo “Marcas da Humanidade” Local - Parque Estadual - Vila Dia 9 de Junho 4º Passeio Ecociclístico da Semana do Meio Ambiente 8h - Concentração 10h - Saída Local de saída: Praça Allan Kardec - Barra Velha

domingo, 2 de junho de 2013

Mangue do Rio Escuro em Ubatuba (SP) pede socorro

POR CHRIS GORGUEIRA ESPECIAL PARA O LINHA VERDE Terrenos são comercializados em área de proteção ambiental. Construções irregulares e destruição da mata avançam na área do mangue. A comunidade do rio Escuro, bairro do município de Ubatuba, do lado da Serra do Mar, entre as praias Dura e Domingas Dias e área de preservação ambiental, está sendo devastado por especulação imobiliária. As construções desordenadas estão colocando em risco a saúde do manguezal e do rio, que margeia a comunidade. Ao lado de uma das praias mais limpas da cidade, a praia Dura, a mata atlântica que envolve o Rio Escuro agoniza e pede socorro. Uma família que se apossou do local e há anos se beneficia da Justiça, comercializa os terrenos em área sob a proteção da marinha, localizada a poucos metros da margem do rio. “No último ano, dezenas casas foram erguidas, até a trilha que nos leva à praia e que corta o caminho para chegar aos condomínios próximos, onde trabalhamos, está sendo fechada”, diz uma moradora nascida e criada no Rio Escuro, mas por medo de represálias, não quis se identificar. O campo de futebol dará lugar a mais construções. Um lote demarcado e que termina no rio já foi instalado um portão. Naquele local, a devastação acontece indiscriminadamente. Dezenas de bromélias morrem, denunciando a derrubada das árvores ao redor. Na tentativa de diminuir o esgoto a céu aberto e o mau cheiro nas ruas do bairro, a Associação de Moradores decidiu, em 2012, fazer uma tubulação de esgoto, cujo trajeto desemboca no rio Escuro. “A maioria aqui não tem fossa séptica porque custa caro e joga seus dejetos no mangue. E essas casas construídas ao lado do manguezal jamais farão”, diz a moradora. Em uma área visivelmente devastada, o que era mata atlântica cedeu lugar a uma futura pousada, que deverá abrigar turistas já na próxima temporada. A construção está a todo vapor. E no lugar da flora, o concreto espanta as mais variadas espécies de aves que habitam a região, causando um dano irreparável ao ecossistema local. O mais curioso é que a população do Rio Escuro, quase 100% de moradores e trabalhadores dos condomínios de alto padrão da região elegeu um vereador. E ao ser perguntada sobre a atuação do parlamentar em benefício dos locais, a moradora, inconformada com o que tem testemunhado, desabafa: “nada faz e pior, fecha os olhos para a ocupação predatória do que resta de mata atlântica do bairro. Daqui a pouco não teremos mais trilha, nem bromélias, nem orquídeas, nem nada. Apenas casas e cocô e os nossos patrões da praia Dura, levarão seus filhos a uma praia contaminada com as fezes de seus empregados”, diz.

sexta-feira, 31 de maio de 2013

OFICINA DEFINE AÇÕES DE PROTEÇÃO AOS PEQUENOS FELINOS

O Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (Cenap), vinculado ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), em Atibaia, São Paulo, acaba de promover a Oficina para a Elaboração do Plano de Ação Nacional (PAN) dos Pequenos Felinos. No total, foram elaborados sete objetivos e 43 ações, para aumentar o conhecimento e traçar estratégias de conservação das espécies-alvo do PAN. O Plano de Ação dos Pequenos Felinos contempla as seis espécies que ocorrem no território brasileiro – a jaguatirica (Leopardus pardalis), o gato-do-mato-grande (Leopardus geoffroyi), gato-do-mato (Leopardus trigrinus), jaguarundi (Puma yagouaroundi), colocolo (Leopardus colocolo) e o gato-maracajá (Leopardus wiedii). Na lista nacional de espécies ameaçadas, publicada em 2003, a jaguatirica, o gato-do-mato-pequeno, o gato-maracajá e o colocolo constam como ameaçados. No final de 2011, foi realizada uma nova avaliação do estado de conservação dos carnívoros, em que todas as espécies, exceto jaguatirica, foram classificadas como ameaçadas de extinção. Para isso, foram aprovadas na oficina see objetivos específicos e 43 ações, voltadas, principalmente, para reduzir os problemas referentes à caça, aos conflitos com atividade antrópica e alteração dos ambientes utilizados pelas espécies contempladas no PAN. Ao final, foi constituído o grupo assessor que auxiliará na implementação e monitoria dessas ações. Diversas instituições marcaram presença na oficina, como o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio); a Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" (ESALQ), Universidade de São Paulo (USP); Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Universidade Federal de Lavras (UFLA), assim como a Universidade Federal do Maranhão (Uema), Universidade Federal do Acre (Ufac) e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRG). A oficina recebeu ainda a Fundação Parque Zoológico de São Paulo, Universidade Federal de São Carlos (Ufscar); a Universidad de La Republica del Uruguay; a Bioconsultoria; o Projeto Gatos do Mato; Instituto Pró-Carnívoros; Instituto Biotrópicos; Secretaria de Meio Ambiente (SMA/SP); Instituto Ambiental do Paraná (IAP/PR); Cooperativa Caipora; MPE/RS; Ibama, por meio do Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) de Manaus e da sede; a SPZ e a SZB. Além disso, a oficina contou com a participação de representantes dos parques nacionais Serra da Capivara (PI), Serra dos Órgãos (RJ), Viruá (RR), da Coordenação Regional 2 (CR2) do ICMBio, por meio da Estação Ecológica (Esec) Juami-Japurá; da CR10, pela Esec Taiamã (RS), e do Cenap, atual coordenador do plano. FONTE:Comunicação ICMBio

terça-feira, 28 de maio de 2013

Ubatuba realiza 4º Festival da Mata Atlântica

Está sendo realizado em Ubatuba o 4º Festival da Matas Atlântica, entre os dias 27 de maio e 09 de junho. Este grande evento ocorre em comemoração a três importantes datas que ocorrem nesse período: 27 de maio – Dia Nacional da Mata Atlântica, 05 de junho – Dia Mundial do Meio Ambiente e dia 08 de junho – Dia dos Oceanos. Ubatuba é um dos municípios brasileiros que possui maior área de mata atlântica preservada e o evento vem para celebrar e também conscientizar a população sobre a importância da preservação. O Festival é realizado para a população, turistas e interessados em conhecer e preservar o meio ambiente. Ao todo, são 24 parceiros oferecendo atividades gratuitas. Haverá atividades diariamente, para públicos variados em diferentes locais, entre eles, plantio de árvore, tour para observação de árvores, várias exposições com palestras no auditório do Casarão da Fundart, limpeza de praia, festa do jundu, mesa redonda na Câmara Municipal, passeios, e uma programação especial para escolas . O calendário conta também com apresentações musicais e dois shows. A comissão organizadora espera que o público aproveite, participe e que surjam novos parceiros para que a próxima edição do festival em 2014, seja ainda maior.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Cana-de-açúcar na Amazônia: NÃO!

Temos 24 horas para salvar e defender a Amazônia! Assine essa petição urgente e exija que os Senadores e Senadoras revisem essa proposta absurda e rejeitem qualquer autorização que permita a plantação de cana-de-açúcar na Amazônia. A Amazônia Legal é uma região importante, que comporta diferentes biomas, como Amazônia, Campos Gerais e Cerrado. Ela é vital para a fauna e flora e para uma parcela significativa da população brasileira e indígena (56% vivem na Amazônia Legal). Entretanto, há em andamento no Senado Federal uma proposta que autoriza o plantio de cana-de-açúcar nesta região, o que pode gerar consequências devastadoras para o meio ambiente, como perda da biodiversidade, e ameaçar a sobrevivência de populações indígenas e tradicionais. É hora de preservar e defender a Amazônia! Assine a petição e exija que Senadores e Senadoras revisem este projeto de lei e rejeitem qualquer menção sobre a autorização de plantio de cana-de-açúcar na Amazônia Legal. Clique aqui para assinar a petição e envie para todos: http://www.avaaz.org/po/petition/Canadeacucar_na_Amazonia_NAO/?bFZlRdb&v=25160 Senadores a favor da floresta estão fazendo todo o possível para garantir que esse projeto de lei não seja levado à Câmara dos Deputados, onde os donos de terra têm a maioria e podem fazer vistas grossas para a lei, aprovando-a sem discussão. Treze senadores já se comprometeram. Porém, eles precisam do maior apoio possível para continuar fortes em sua posição. Se milhares de nós nos unirmos agora em uma só voz assinando a petição criada pela Action Aid Brasil , podemos dar a estes senadores o apoio de que eles precisam, e conseguiremos mais adesão no Senado contra o lobby, impedindo a pressão econômica para a devastação da Amazônia. Temos apenas 24 horas! http://www.avaaz.org/po/petition/Canadeacucar_na_Amazonia_NAO/?bFZlRdb&v=25160 Com esperança e determinação, Pedro, Carol, Oliver, Diego e toda a equipe da Avaaz PS: Esta petição foi criada no site Petições da Comunidade da Avaaz pela ActionAid Brasil. É rápido e fácil começar uma petição sobre um assunto que você se preocupa, clique aqui: http://avaaz.org/po/petition/start_a_petition/?23752 Mais informações: Action Aid Brasil http://www.actionaid.org.br/ Projeto autoriza plantio de cana-de-açúcar na Amazônia (Carta Capital) http://www.cartacapital.com.br/politica/projeto-autoriza-plantio-de-cana-de-acucar-na-amazonia/ Rumo ao passado (Folha de S. Paulo) http://www1.folha.uol.com.br/colunas/marinasilva/2013/05/1280032-rumo-ao-passado.shtml

Chegamos aos 400 ppm de CO2 na atmosfera: e agora?

Por Marina Dall’Anese 397, 398, 399, 400! Nas últimas semanas observamos uma verdadeira contagem “progressiva” da concentração de gás carbônico (CO2) na atmosfera, pois finalmente atingimos os fatídicos 400ppm. Para esclarecer: partes por milhão (ppm) é uma unidade de medida de concentração que, neste contexto, significa que a cada 1 milhão de moléculas na atmosfera, 400 são de dióxido de carbono (CO2). Informação esclarecida, agora a pergunta: qual a importância desse fato? Em 2007, o IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, na sigla em inglês) publicou seu quarto relatório sobre as mudanças climáticas globais. Neste documento havia a descrição de cenários futuros possíveis em consequência da elevação da concentração de gases de efeito estufa na atmosfera. Foi determinado que um aumento de 2°C na temperatura média da Terra já ocasionaria mudanças no clima global, como degelo de áreas congeladas e aumento do nível dos oceanos, mas que estas alterações ainda seriam “seguras” e que a humanidade seria capaz de se adaptar a elas. A concentração de CO2 apontada como limite para que a elevação da temperatura global fique próxima aos 2°C era de 400ppm! Devido à composição deste cenário é que a aferição de 400,08ppm em uma estação de monitoramento no alto de uma montanha no Havaí é tão simbólica. A concentração de gases na atmosfera se altera de acordo com condições climáticas, portanto, é provável que em próximas medições o valor encontrado para CO2 seja abaixo de 400ppm novamente, no entanto, isso não muda o fato de não termos reduzido nossas emissões de gases de efeito estufa a um nível mais seguro, como era esperado. A elevação da temperatura média global é preocupante devido às conseqüências que poderá trazer, estas incluem diversos tipos de alterações no meio ambiente que afetarão diretamente a sobrevivência da humanidade, como mudanças nas épocas de colheitas de diversos alimentos básicos, migração de regiões costeiras que serão reduzidas pela elevação do nível dos oceanos, entre outras. É necessário refletir como se adaptar a essas mudanças, mas é mais premente agir para que essas transformações não sejam cada vez mais drásticas devido a um maior aumento da temperatura. Estima-se que em algum momento do Piloceno - há cerca de 4 milhões de anos - a concentração de CO2 na atmosfera tenha sido maior que 400ppm. Nesta época a temperatura era entre 2° e 3°C maior do que hoje, o nível dos oceanos estava cerca de 20m mais elevado e a vida na Terra era diferente de agora. Antes da era industrial, quando se passou a utilizar os combustíveis fósseis como principal fonte de energia e, em consequência, quando as emissões de gases de efeito estufa aumentaram significativamente, a concentração de CO2 na atmosfera girava em torno de 215 ppm. De lá para cá, já é estimado um aumento de cerca de 0,8°C na temperatura média global. Além disso, o tempo de permanência de alguns gases de efeito estufa na atmosfera é elevado, o que significa que os níveis de concentração atingidos hoje continuarão impactando o clima por décadas. Muitas discussões sobre o tema têm sido encabeçadas por órgãos internacionais, principalmente no âmbito da Organização das Nações Unidas (ONU). Constituídos por diversos países, esses órgãos tem a responsabilidade de delinear ações que possam reduzir as emissões de gases de efeito estufa e frear o aquecimento global. Esta não é uma missão simples e sua efetividade está atrelada ao envolvimento não só de governos, mas também de líderes industriais e de negócios, além da conscientização da sociedade civil - que tem o poder de pressionar esses tomadores de decisões a direcionar suas ações em prol do meio ambiente. Muitos impactos poderão ser reduzidos, atrasados ou evitados através da mitigação das emissões. Esforços para a mitigação e investimentos nas próximas duas ou três décadas terão um grande impacto nas oportunidades de atingir níveis de estabilização da temperatura mais baixos. No entanto, adiar a redução das emissões irá dificultar a estabilização dos níveis e aumentar os riscos de impactos mais severos nas mudanças climáticas. Uma das principais formas de mitigação das emissões é a utilização de tecnologias mais limpas, que emitam menos gases de efeito estufa do que tecnologias convencionais, como a substituição da matriz energética baseada em combustíveis fósseis pelo uso de biomassa. Quando esses projetos de substituição passam por processos de validação e certificação, são aptos a originar Certificados de Reduções de Emissões, conhecidos por créditos de carbono. A utilização de créditos de carbono para a compensação ou neutralização das emissões de atividades cotidianas, como o funcionamento do escritório ou de sua casa, eventos e mesmo atividades industriais, incentiva a implementação de novos projetos que utilizam tecnologias mais limpas, representando uma colaboração efetiva no combate ao aquecimento global. Este é um exemplo de ação que pode ser realizada individualmente ou ser incentivada pelo mercado e por governos, podendo trazer grande impacto nas questões climáticas. Marina Dall’Anese, gestora ambiental pela USP, analista de negócios da www.neutralilzecarbono.com.br e consultora da www.greendomus.com.br

Jornada fotográfica por um planeta intocado

Genesis, exposição de fotografias de Sebastião Salgado, abre ao público na quarta-feira, 29 de maio, no Museu do Meio Ambiente e no Arboreto do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. As 245 fotos que serão expostas no segundo andar do Museu e na aleia Candido Baptista são resultado de quase oito anos de trabalho do fotógrafo nesse projeto. Entre 2004 e 2011, foram mais de 30 viagens a regiões remotas do globo para registrar montanhas, desertos, mares, animais e povos que, de alguma forma, escaparam das marcas da sociedade moderna. As fotos estão organizadas por ecossistemas, abrangendo o Sul e o Norte do planeta, santuários naturais como as Ilhas Galápagos no Equador, e as Ilhas Siberut na Indonésia, além de África, Amazônia e Pantanal. A curadoria é de Lélia Wanick Salgado, mulher de Sebastião Salgado e presidente do Instituto Terra. Sobre a exposição, o casal afirma: "Nosso objetivo é abrir os olhos do público para as maravilhas que podem ser encontradas na Terra, não somente aquelas que tivemos a oportunidade de encontrar e captar para o Genesis, mas também aqueles lagos, montes, parques e jardins que estão ao nosso alcance perto de nossas casas e representam nosso contato mais frequente com a Natureza. Afinal, é no dia-a-dia que começa a batalha da conservação." O Museu do Meio Ambiente funciona de terça-feira a domingo, das 9h às 17h. A entrada no Museu é gratuita. A entrada no Arboreto custa R$ 6,00, com gratuidade para crianças até 7 anos e adultos a partir de 60 anos. Endereço: Rua Jardim Botânico, 1008.