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sexta-feira, 29 de junho de 2012

Serviço Florestal divulga projetos classificados para apoio na Amazônia

29/06/2012 15 propostas atenderam aos critérios de seleção das chamadas públicas do Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal para capacitação em manejo florestal e para fortalecimento de negócios florestais O Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal (FNDF), gerido pelo Serviço Florestal Brasileiro (SFB), selecionou 15 projetos de três chamadas públicas destinadas a fomentar atividades sustentáveis na Amazônia. Até R$ 2 milhões serão utilizados para apoio. Nessas chamadas públicas, os interessados apresentam suas demandas e, dessa forma, o SFB pode apoiar projetos voltados ao interesse da sociedade. Após essa fase, é feita uma licitação para escolher as entidades com capacidade técnica para prestar os serviços. O maior número de projetos elegíveis – oito – foi apresentado para a chamada que vai beneficiar estudantes de nível médio e pós-médio de cursos profissionalizantes com capacitações sobre manejo florestal e boas práticas em manejo de produtos não madeireiros. Os projetos são de instituições de ensino técnico no Amazonas, Pará, Mato Grosso e Roraima. Já a chamada pública voltada à capacitação de técnicos e extensionistas recebeu quatro projetos passíveis de apoio, enviados por entidades no Amazonas e Pará. Os temas abordados nos cursos serão os mesmos – manejo e boas práticas –, mas com características específicas para esse público. Os outros três projetos que poderão ser beneficiados foram apresentados para a chamada sobre fortalecimento de negócios florestais na Amazônia, que vai oferecer capacitação e assistência técnica em gestão. Os temas são operações, sistemas de controle e auditoria, finanças e administração estratégica. Os projetos são de duas associações e uma cooperativa no Pará situadas em áreas sob influência das concessões florestais. Os projetos serão atendidos segundo sua ordem de classificação, na medida dos recursos disponíveis. Estima-se que pelo menos 1.000 pessoas, entre estudantes, técnicos, extensionistas, cooperados e associados serão beneficiados. Veja os projetos classificados: Chamada Pública nº 05/2012 - Apoio à formação profissionalizante para o fortalecimento do manejo florestal* 1 - Escola Estadual de Educação Tecnológica do Estado do Pará – EETEPA, Itaituba (PA) 2 - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia – Campus Lábrea, Lábrea (AM) 3 - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará – Campus Castanhal, Castanhal (PA) 4 - Centro de Educação Tecnológica do Amazonas - CETAM, Manaus (AM) 5 - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Mato Grosso – Campus Cáceres, Cáceres (MT) 6 - Instituto Federal de Educação, Ciência e Teconologia do Amazonas - Campus Manaus Zona Leste, Manaus (AM) 7 - Escola Estadual de Educação Tecnológica do Estado do Pará – Monte Alegre, Monte Alegre (PA) 8 - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Roraima – Campus Novo Paraíso, Caracaraí (RR) * a instituição demandante também é a instituição beneficiária Chamada Pública nº 06/2012 - Capacitação de técnicos e extensionistas em Manejo Florestal* 1 - Instituto de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia – INDESAM, Medicilândia (PA) 2 - Fundação Orsa - Unidade Jarí, Almeirim (PA) 3 - Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas - IDAM, Manaus (AM) 4 - Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas - IDESAM, Manaus (AM) * a instituição demandante também é a instituição beneficiária Chamada Pública nº 07/2012 - Capacitação e assistência técnica para o fortalecimento da gestão de negócios florestais 1 - Institutição demandante: Associação Virola Jatobá do Projeto de Desenvolvimento Sustentável do Anapu/PA, Anapu (PA) Instituição beneficiária: Associação Virola Jatobá do Projeto de Desenvolvimento Sustentável do Anapu/PA, Anapu (PA) 2 - Instituição demandante: Cooperativa Mista da Flona Tapajós -COOMFLONA, Placas, Rurópolis, Belterra e Aveiro (PA) Instituição beneficiária: Cooperativa Mista da Flona Tapajós -COOMFLONA, Placas, Rurópolis, Belterra e Aveiro (PA) 3 - Instituição demandante: Instituto de Estudos Integrados Cidadão da Amazônia - INEA Instituição beneficiária: Associação Comunitária de Penedo e Região do Alto Tapajós – ASCOPERATA, Itaituba (PA)

Território Cantuquiriguaçu busca desenvolvimento coletivo

Realização de evento para discutir cooperativismo fortalece parcerias na região; documento oficial do encontro está sendo redigido para melhorar cenário local Formado por 20 municípios da região oeste e centro-oeste do Paraná, com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), o Território Cantuquiriguaçu passa por nova fase na busca pelo desenvolvimento. No início do mês, com a realização do I Simpósio sobre Desenvolvimento Territorial Cantuquiriguaçu, representantes de instituições regionais e municipais mantiveram diálogo sobre os problemas e potenciais do Território. O encontro, destaca o consultor do Sebrae/PR, Edson Braga, permitiu fortalecer parcerias, repensar ações, diagnosticar as dificuldades e potenciais dos municípios da Cantuquiriguaçu e conhecer exemplos de desenvolvimento coletivo de outras regiões ou grupos no Brasil. “A troca de informações e discussões pela melhoria regional são positivas, tanto que no próximo dia 4, por conta do reconhecimento de um dos potenciais da região, haverá uma reunião específica com parceiros e produtores de leite do território”, conta. O Sebrae/PR atua na região com o Projeto Território da Cidadania – Cantuquiriguaçu, desde julho de 2008. As ações são focadas na melhoria do ambiente para as micro e pequenas empresas locais e, ainda, no campo, considerando cada produtor rural como uma empresa. “Nesses trabalhos, a articulação com as prefeituras, associações, conselhos e sindicatos das cidades que integram o território é essencial e, no simpósio, conseguimos perceber ainda mais essa interação”, indica Edson Braga. Segundo o assessor técnico do Conselho de Desenvolvimento Território Cantuquiriguaçu (Condetec), James Guido Xavier, o evento foi altamente produtivo e dele surgirá um documento oficial contendo todas as discussões levantadas. “A fase é de sintetizar o conteúdo exposto. Fizemos gravações de todo o evento e, junto com um grupo da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), estamos produzindo um documento final que deve estar pronto na primeira quinzena de julho”, anuncia. Tal documento, esclarece Xavier, será encaminhado às entidades de apoio ao desenvolvimento do território para que, juntas, deem início as ações de melhoria da qualidade de vida nas cidades. “Acredito muito no desenvolvimento de políticas públicas que partam dos territórios. Quando as ações vêm de cima para baixo os resultados podem não ser tão eficazes. Aqui, conhecemos de perto os gargalos, as necessidades e a realidade do Território da Cantuquiriguaçu e temos condições de melhorar o cenário.” Industrialização Conforme argumenta o presidente da Associação dos Municípios Cantuquiriguaçu, Eugênio Milton Bittencourt, o Território é extenso e cada microrregião e cidades têm suas particularidades. “Mesmo com as diferenças, a ideia, em geral, é cuidar dos agricultores de pequeno porte e das empresas de pequeno porte, que são a grande maioria, para que cresçam de acordo com a aptidão do município e, com isso, aconteça o desenvolvimento como um todo”, enfatiza. Ainda de acordo com Bittencourt, um dos pontos destacados durante o simpósio diz respeito a um dos gargalos do Cantuquiriguaçu. “Somos produtores no setor agrícola e pecuário, seja de gado de corte ou de leite. Aliás, uma das principais bacias leiteiras do Brasil. Entretanto, 98% do que é produzido aqui são industrializados fora, ou seja, ficamos com o passivo ambiental e não agregamos valor àquilo que é produzido no campo. A ideia, assim, é chamar a atenção para a industrialização, não atraindo grandes empresas, e sim, despertando para pequenas agroindústrias”, reforça. Na avaliação de James Guido Xavier, do Condetec, o importante é acreditar no processo de desenvolvimento e continuar caminhando. “Eventos como o simpósio ajudam a fortalecer o grupo, despertar para novas ações, cada vez mais profissionais e organizadas. Nos exemplos de outras localidades ou regiões, percebemos que não há necessidade de reinventar a roda. Se falamos em cooperação para a comunidade, temos que praticá-la enquanto entidades e é isso que vai fazer o pequeno avançar”, sugere o assessor técnico. Cooperativismo A realização do simpósio já fazia parte do plano de ações para o desenvolvimento do Território, explica Edson Braga, do Sebrae/PR. “Em encontros como esse é possível identificar mazelas e dificuldades de crescimento além dos potenciais da região. É somente a partir desse diagnóstico que se pode programar ações com os ‘pés no chão’, de forma clara, precisa e, tão importante quando, envolvendo os ‘atores’ públicos e privados nessa discussão, de forma cooperativista”, salienta. “Foi, ainda, com o tema cooperação que encerramos a programação do evento”, lembra James Guido Xavier. “Instituímos o Núcleo de Estudos de Desenvolvimento Cooperativo, uma parceria entre universidades como a UFFS, movimentos sociais, União Nacional das Cooperativas de Agricultura Familiar e Economia Solidária e a Universidade de Mondragon, da Espanha. O grupo tem como objetivo produzir documentos, estudos, reunir informações, discutir soluções e, a partir disso, criar ações de desenvolvimento para o Território”, explana. “O interessante é que, a ‘foto’ que tiramos do Território da Cantuquiriguaçu há dez anos é muito diferente da imagem que temos hoje e é fruto de discussões como as que aconteceram no Simpósio e os resultados positivos também vieram da união de forças, dos diagnósticos da percepção das necessidades e oportunidades de melhoria”, relata Eugênio Milton Bittencourt. “Um bom exemplo foi a conquista da UFFS, uma vez que a região precisava de uma universidade popular que trouxesse acesso ao conhecimento, capital de inteligência. Hoje, são cerca de 80 mestres e doutores em cursos de graduação, pós-graduação e mestrado”, declara. No evento, complementa James Guido Xavier, a presença de convidados também foi essencial para pensar na melhoria do Cantuquiriguaçu. “No simpósio, tivemos a oportunidade de receber o Dr. Bernardo Mançano Fernandes, da Cátedra UNESCO de Educação do Campo e Desenvolvimento Territorial e do Instituto de Políticas Públicas e Relações Internacionais - IPPRI/UNESP, para nos repassar um pouco de sua experiência não só teórica, mas principalmente, prática de suas pesquisas, ações e estudos”, ressalta. O I Simpósio sobre Desenvolvimento Territorial da Cantuquiriguaçu foi realizado no Assentamento 8 de Junho, na cidade de Laranjeiras do Sul, nos dias 5 e 6 de junho. O evento foi uma realização do Condetec e Associação dos Municípios Cantuquiriguaçu e contou com o apoio do Sebrae/PR, Governo Federal, Ministério do Desenvolvimento Agrário, Banco do Brasil, Tractebel Energia, UFFS, Unioeste, Unicentro e Unesco/Unesp. Sobre o Sebrae/PR O Sebrae/PR - Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Paraná é uma instituição sem fins lucrativos criada para dar apoio aos empresários de micro e pequenas empresas e aos empreendedores interessados em abrir o próprio negócio. No Brasil, são 27 unidades e 800 postos de atendimentos espalhados de norte a sul. No Paraná, cinco regionais e 11 escritórios. A entidade chega aos 399 municípios do Estado por meio de atendimento itinerante, pontos de atendimento e de parceiros como associações, sindicatos, cooperativas, órgãos públicos e privados. O Sebrae/PR oferece palestras, orientações, capacitações, treinamentos, projetos, programas e soluções empresariais, com foco em empreendedorismo, setores estratégicos, políticas públicas, tecnologia e inovação, orientação ao crédito, acesso ao mercado, internacionalização, redes de cooperação e programas de lideranças.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

LIMPEZA ECOLÓGICA E BIODEGRADÁVEL

Limpeza Verde cria linha sustentável para a higienização de ambientes domésticos, corporativos, roupas e sapatos “O Brasil vai limpar o mundo”. A frase lida aleatoriamente em uma revista, foi o que impulsionou o empresário Jacques Mayo, a pensar na questão da poluição gerada por produtos de limpeza e, que em um futuro não muito distante, isto poderia vir a se tornar um grande problema para o meio ambiente. “Isso aconteceu em 2009, desde então, comecei a pensar como desenvolver produtos completos, que fossem eficazes na limpeza e, ao mesmo tempo, totalmente ecológicos, sem agredir a natureza. A partir daí, decidi criar a Limpeza Verde”, explica Jacques Mayo, que hoje está à frente da empresa como diretor geral. Com apenas quatro anos de mercado, a empresa possui duas linhas completas de limpeza, que buscam sair do lugar comum. Além de não prejudicarem o meio ambiente, os produtos apresentam soluções inovadoras com aplicações práticas e convenientes. Exemplo disso é o primeiro produto lançado em 2010, o Bastão Tira Manchas, biodegradável e totalmente livre de química em sua fórmula. O artigo foi desenvolvido para ser usado na pré-lavagem de roupas e remoção de manchas. A fórmula obteve tanto sucesso de vendas que a Limpeza Verde criou o Bastão Limpa Tênis, que segue o mesmo princípio, mas voltado exclusivamente para a higienização e remoção de odor em calçados, e o Bastão Tira Manchas Mini, que pode ser levado na bolsa para retirar pequenas manchas em casos emergenciais. Ao perceber uma boa receptividade e uma crescente demanda do público por produtos “verdes”, que não agridam o meio ambiente, a Limpeza Verde resolveu criar uma nova linha com artigos de diferentes finalidades, a Eco Solution. Composta por quatro soluções líquidas, para limpeza geral (Stopmofo), de vidros, de cozinhas e limpa limo. Os produtos são fabricados a partir do Citrus – acido natural encontrado nas frutas cítricas e vêm em ergonômicas embalagens, fáceis de usar, com bico spray. “As opções podem ser usadas por todos os tipos pessoas. “São indicadas para aquelas que têm alergias ou alguma resistência a componentes químicos, já que os produtos são totalmente ecológicos e elaborados a base de substâncias naturais”, diz Nilton Nakabayashi, diretor operacional da Limpeza Verde. Trajetória da empresa Após uma pesquisa de mercado, testes e desenvolvimento das primeiras amostras, o fundador e idealizador da Limpeza Verde, Jacques Mayo, decidiu colocar em prática seu projeto e desenvolver o primeiro produto da empresa. “Recebi alguns protótipos desenvolvidos pelo Jacques e gostei muito do resultado. Durante os dois primeiros anos, estivemos focados nos testes no Brasil, Israel e Austrália. Após esse período, iniciamos a produção em escala industrial”, destaca Nakabayashi. O diretor complementa dizendo que, ao contrário do que muitos ainda pensam, os componentes naturais podem ser grandes aliados na limpeza diária. “Fomos acostumados, desde pequenos, a faxinar a casa, lavar roupas e sapatos com produtos químicos, como detergentes, água sanitária, ceras e demais soluções ricas em cloro e fosfato, substâncias que agridem diretamente o meio ambiente e são prejudiciais à nossa saúde. Com as nossas soluções, queremos mostrar que os produtos naturais são tão eficientes quanto os comuns e não são nocivos”, explica Nakabayashi. Para este ano, a Limpeza Verde pretende inovar com o lançamento de produtos específicos para escritórios. “Estamos no mercado há quatro anos e já crescemos muito. Investimos R$ 700.000,00 e pretendemos crescer 60% até 2013”, conta Nakabayashi.

Hamburg Süd reduzirá em 26% as emissões de CO2

Até 2020, a empresa quer alcançar essa meta com investimentos em eficiência energética e tecnologia Hamburgo, 28 de junho de 2012 - A Hamburg Süd leva a sério o compromisso com a proteção ambiental. Recentemente, o grupo estabeleceu uma meta mundial de reduzir em 26%, até 2020, as emissões de CO2 dos porta-contêineres próprios e afretados. Além do dióxido de carbono, a medida também tem como objetivo a diminuição de outros gases como o metano, produzido no processo de combustão. A Hamburg Süd pretende alcançar essa meta com uma série de medidas como o investimento na eficiência energética dos navios, aumento do tamanho médio dos mesmos, afretamento de acordo com medidas de eficiência energética, além da implantação de um sistema de informações ambientais. "Nós sempre nos sentimos comprometidos com a proteção do meio ambiente, tanto que no passado lançamos várias iniciativas voluntárias e projetos para diminuir o impacto ambiental. Com o corte em emissões de CO2 damos um passo adiante e tornamos nosso compromisso claro para que todos possam acompanhá-lo. Ao mesmo tempo, estamos confiantes de que os resultados mensuráveis ​​nos permitirão identificar novas possibilidades de otimização no futuro", explica Ottmar Gast, presidente do Conselho Executivo da Hamburg Süd. Sobre a Hamburg Süd Fundada em 1871, a Hamburg Süd é um dos maiores grupos operando no transporte marítimo e está presente nas Américas, Europa, África, Ásia e Oceania, seja diretamente ou através de empresas coligadas. A Hamburg Süd, adquirida pelo Grupo Oetker no fim da década de 40, também é um dos maiores especialistas no transporte de cargas congeladas e refrigeradas com tecnologias inovadoras. Em 2011, a empresa movimentou 3,1 milhões de TEUs. O maior fluxo de mercadorias concentra-se nos trechos Brasil e Argentina para a Europa. Nesta rota, os produtos mais transportados são café, tabaco, autopeças, carne, frango e frutas. Na rota inversa aparecem os produtos químicos e autopeças.

LIVRO SOBRE ATOL DAS ROCAS É LANÇADO EM NATAL

O livro “Atol das Rocas 3º51´S e 33º40´W”, que traz informações e fotos inéditas do único atol do Atlântico Sul ocidental, protegido como reserva biológica (rebio) marinha pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), foi lançado nesta quarta-feira (27), na Livraria Saraiva, no shopping Midway, em Natal (RN). A chefe da Rebio do Atol das Rocas, Maurizelia de Brito Silva, a Zelinha, disse que o livro contribui para a preservação do atol e de sua biodiversidade. Segundo ela, a publicação, que tem acabamento de alta qualidade, foi produzido pelas fotógrafas Martha Granville e Zaira Matheus, com a coordenação de Alice Grosmann. A edição ficou por conta da editora BEI e tem o apoio do Santander e do Semeia. “Além de trazer imagens belíssimas do Atol, o livro contém informações importantes, tanto para os iniciados nas questões ambientais, como, e principalmente, para os leigos, que ainda não sabem da variedade de vida existente no atol. Portanto, é uma publicação que interessa a todos. A gente só preserva o que conhece”, diz Zelinha, ao convidar as pessoas a participar do lançamento, que começa às 18h30 e vai até 21h30, com direito a coquetel. Serviço: Mais informações sobre o lançamento do livro: (84) 4006-3424

CURSO DE PLANEJAMENTO DE TRILHAS MOSTRA RESULTADOS

Os cursos de Planejamento de Trilhas e Manejo de Impactos da Visitação, promovidos pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e dirigidos aos gestores das unidades de conservação, têm dado bons resultados. Um exemplo é o Parque Nacional da Serra do Cipó, em Minas, que, com base no projeto desenvolvido durante o treinamento, transformou uma antiga trilha de prevenção do fogo em opção de passeio para os visitantes no interior da unidade. A primeira edição do curso ocorreu no ano passado, em Itatiaia (RJ). Atualmente, está em andamento a segunda edição, que termina em 7 de julho, no Parque Nacional da Serra do Caparaó, em Minas. O treinamento integra o Plano Anual de Capacitação, coordenado pela Diretoria de Planejamento, Administração e Logística e conta com o apoio do Serviço Florestal Americano (USFS). Durante o curso, os participantes devem, entre outras tarefas, apresentar um projeto de implantação ou recuperação e manejo de trilhas em sua unidade de origem, sob a orientação da Coordenação Geral de Uso Público e Negócios do ICMBio (CGEUP/ICMBio). Educação e interpretação ambiental Com base no projeto desenvolvido na primeira edição do curso, os gestores do Parque da Serra do Cipó transformaram uma antiga trilha de prevenção do fogo em mais uma opção de percurso de curta duração para os visitantes, onde se pode realizar atividades de educação e de interpretação ambiental. Com extensão total de 1.800 metros, a trilha localiza-se em área de vegetação típica de cerrado com trechos de campo rupestre. O traçado conduz o visitante ao Mirante da Bem que, segundo o analista ambiental responsável pelo projeto Edward Elias, é uma das vistas mais bonitas do Cipó. Do mirante, é possível avistar a baixada do Rio Mascates, da Serra das Bandeirinhas e do Travessão, bem como localizar as cachoeiras da Farofa e Taioba e o cânion das Bandeirinhas. O mirante também serve como ponto de observação de possíveis focos de incêndios, sendo utilizado pelos brigadistas em atividades de monitoramento preventivo. Essa trilha, bem como outras que se encontram dentro da área do Parque e levam aos principais atrativos, foram abertas antes da criação da unidade de conservação, sem planejamento ou critérios em sua execução. Com o objetivo de minimizar os impactos e maximizar a experiência dos visitantes, o projeto construiu sua estratégia em intervenções de manejo da trilha com o apoio de voluntários e estagiários, que puderam participar de um dos quatro minicursos de Manejo de Trilhas realizados no Parque. Visitas técnicas foram realizadas para avaliação das intervenções a serem realizadas na trilha. Após análises, o grupo decidiu manter o traçado original e realizar ações de manejo em pontos específicos da trilha. A conclusão das intervenções está programada para o final deste mês. Envolvimento da comunidade Segundo o analista ambiental Edward Elias, com a implantação do projeto e a aplicação das técnicas e metodologias aprendidas durante o curso, as trilhas não apenas melhoraram e passaram a ser monitoradas continuamente, como houve o fortalecimento do envolvimento da comunidade e frequentadores do Parque por meio do Programa Voluntariado. “As lições aprendidas durante o curso foram repassadas, por meio da realização de minicursos, a voluntários e estagiários do Parque, o que trouxe novos voluntários que aderiram ao Programa Voluntariado”, frisa Elias. A execução do projeto aproximou a comunidade da Serra do Cipó à unidade de conservação, aumentou o conhecimento e o interesse dos estudantes. “Estamos assistindo a um processo de resgate do sentimento de pertencimento a uma comunidade que durante muitos anos andou distante do Parque Nacional da Serra do Cipó. Este está sendo o nosso maior e mais valioso ganho”, comemora Elias. Comunciação ICMBio

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Plano dos Municípios para implantar regras da Política Nacional de Resíduos Sólidos

por Vera Moreira O setor da construção permanece aquecido devido à grande demanda tanto na área da construção civil, como também da construção pesada, puxado pelas grandes obras de infraestrutura, colocando o setor no alvo de importantes regulamentações ambientais, especialmente aquelas relativas à gestão dos resíduos gerados. As regras gerais trazidas pela Política Nacional de Resíduos Sólidos já surtem efeito com regulamentações mais específicas e severas como a trazida pela Resolução 448 do CONAMA, com alterações significativas e relevantes nas regras aplicáveis a entidades públicas e privadas. O especialista Guilherme Doval, sócio do Almeida Advogados, explica alguns pontos polêmicos da implantação da Resolução. Quais as alterações apresentadas na Resolução nº 448 vão desde a alteração e inclusão de novas definições à mudança do prazo para os Municípios e Distrito Federal se ajustarem à nova regulamentação? A principal inovação é a definição da área de reservação em substituição ao termo aterro. O conceito é muito mais complexo e adequado, pois vai além da simples destinação final para determinar a armazenagem de forma que permita a futura reutilização do material e da própria área de reservação. Foi criada a “Área de transbordo e triagem de resíduos da construção civil e resíduos volumosos (ATT)”, que será destinada ao recebimento de resíduos da construção civil e resíduos volumosos, para triagem, armazenamento temporário dos materiais segregados, eventual transformação e posterior remoção para destinação adequada. Por fim, a definição de “Gerenciamento de Resíduos Sólidos” foi atrelada aos planos municipais de gestão integrada de resíduos sólidos ou com plano de gerenciamento de resíduos sólidos, exigidos na forma da Política Nacional de Resíduos Sólidos. Qual o foco principal dessa resolução? A Resolução 307 de 2002 tinha como objetivo minimizar o severo impacto ambiental que o setor da construção civil vinha causando em função do grande volume de resíduos gerados em suas atividades. A forma escolhida para a redução destes impactos foi o privilégio à reutilização e reciclagem dos rejeitos, sempre que tecnicamente e economicamente viável. A Resolução 448 de 2012, por sua vez, manteve estes princípios e objetivos, alterando a Resolução anterior para adequá-la à Política Nacional de Resíduos Sólidos instituída pela Lei 12.305 de 2010, que reconhece o resíduo sólido reutilizável e reciclável como um bem econômico e de valor social, gerador de trabalho e renda e promotor de cidadania. Assim, o propósito é que o resíduo deixe de ser um problema ambiental e torne-se um motor de oportunidades de negócio e de renda. O que deverá acontecer com os municípios que não apresentarem seu planos? Caso os municípios não atendam as determinações de elaboração e implementação dos “Planos de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil”, poderá ocorrer a responsabilização dos agentes públicos por tal omissão passível de gerar severos impactos ambientais. Em casos similares o Ministério Público tem agido de forma severa junto às prefeituras para assegurar o cumprimento da legislação. Como definir os tipos de resíduos? A definição das classes A, B, C e D é feita de forma racional dentro do espírito da Resolução de fomentar a reciclagem como um meio efetivo de gestão de resíduos. Assim, é o potencial de reciclabilidade que vai determinar o enquadramento, sendo: (i) Classe A - resíduos diretamente reutilizáveis (como solos provenientes de terraplanagem) ou recicláveis como agregados para utilização na própria indústria da construção (tijolo, cerâmica, pré-moldados); (ii) Classe B – resíduos recicláveis para outras indústrias (madeira, vidro, papel); (iii) Classe C - resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias viáveis que permitam sua reciclagem (gesso e outros); (iv) Classe D – resíduos perigosos (tintas, solventes, etc), ou contaminados (de clínicas radiológicas, instalações industriais e outros).

QUANTO CUSTA A NOSSA VAIDADE PARA O MEIO AMBIENTE?

O Ibama vai realizar a décima edição da campanha “Não tire as penas da vida”, em Parintins/AM. A campanha visa prevenir e combater ilícitos ambientais no período que antecede o Festival Folclórico dos Bois Bumbás de Parintins, e também durante o mesmo. Tem como alvo principal o comércio ilegal de produtos e subprodutos da fauna silvestre, principalmente artefatos (brincos, cocares, colares tiaras etc.) confeccionados com penas, plumas, dentes e ossos e também o combate ao comércio de carne de animais silvestres de origem ilegal. As ações irão coibir os ilícitos por meio de diligências a estabelecimentos comerciais e embarcações. Serão também realizadas ações educativa, por meio da disseminação de informação e sensibilização da sociedade, principalmente turistas, que inadvertidamente compram esses artesanatos, por vezes ignorando o que está por trás desse comércio: a caça ilegal, o tráfico e o abate de milhares de animais. Entre as principais espécies ameaçadas por esse comércio ilegal estão as aves, principalmente as do grupo dos psitacídeos (papagaios e araras), além de gaviões, garças, mutuns, entre outras. Um único cocar grande de araras por exemplo pode significar o abate de varios indivíduos dessas espécies. Atualmente, existem materiais artificiais e de criação de animais domésticos que podem substituir os produtos de fauna silvestre na confecção de artesanatos. As próprias agremiações dos Bois Bumbás confeccionam suas indumentárias com material sintético ou oriundo de criação, sendo assim coerentes com suas toadas e com as temáticas do festival, muitas delas voltadas para as questões ambientais. O Ibama, em conjunto com outras instituições componentes do Gabinete de Gestão Integrada – GGI, que irá atuar no Festival, pretende com essa campanha conquistar aliados institucionais e sociais nessa luta em defesa dos animais. O instituto acredita que a campanha pode levar a população a novas percepções que se traduzam em novas posturas em relação a essa questão. Ibama/AM Arte: Sinvaldo Moura - Ibama/PI

terça-feira, 26 de junho de 2012

PROJETO ASAS DEVOLVE ARARAS - CANINDÉ EM MATAS DE COCALZINHO - GO

O Ibama acaba de devolver à liberdade 30 araras-canindé (Ara ararauna) na região de Cocalzinho-GO. A soltura faz parte do Projeto ASAS – Áreas de Soltura de Animais Silvestres, que desde 2008, trabalha com o manejo de fauna silvestre, a reabilitação e soltura de passeriformes no Estado de Goiás. A preparação para a soltura durou mais de um ano. Inicialmente, os 30 indivíduos, todos criados ilegalmente em cativeiro e que foram apreendidos ou entregues espontaneamente, foram examinados, em parceria com o Senai/Anápolis-GO e com a UFG, e a Faculdade Anhanguera, em Anápolis-GO. Em seguida, passaram por treinamento de vôo para fortalecimento muscular e foi-lhes oferecido alimento que encontrariam na natureza, visando uma melhor reintegração. As araras foram colocadas em recinto de 10 metros de comprimento, do tipo “voadeira”, construído com o objetivo do fortalecimento de suas musculaturas. Antes da soltura, todas foram sexadas e identificadas com anilhas individuais. Além disso, foram tatuadas com uma mancha de tinta preta na face branca, sendo que os machos do lado direito e as fêmeas, do esquerdo, para auxiliar na visualização dos sexos com o uso de binóculos pelos monitores. Depois da soltura, o Ibama iniciou o monitoramento do comportamento dos animais e, a cada momento registrado, demonstrava um grande passo para o projeto. Foi verificada a vocalização estridente característica da espécie, a formação de casais e vôos mais distantes. Das 30 araras soltas, apenas duas vieram a óbito: uma por provável picada de cobra e outra de causa ainda indefinida, e um animal foi recolhido por apresentar comportamento muito dócil. Ainda, está sendo investigada a recaptura de três indivíduos. Até março/2012, 24 araras foram vistas na área durante os monitoramentos. Durante boa parte do dia elas “desapareciam” atrás de comida (um comportamento natural, pois muitas podem voar mais de 10 km em busca de alimentos). Os técnicos do Ibama/GO e os voluntários do Projeto ASAS iniciaram visitas às propriedades vizinhas, onde apresentam o projeto e pedem informações sobre as araras soltas. Muitos repassam informações preciosas e contribuem com o projeto. Com a ajuda dos vizinhos, já foi possível identificar três prováveis locais de alimentação, com mais de 7 km do ponto de soltura. Segundo os biólogos, após 10 meses de soltura, apenas 14 araras ainda utilizam o local de soltura como dormitório, as demais provavelmente localizaram um local mais “interessante” como moradia durante esta nova fase de suas vidas. Diante disso, solicitamos a quem veja os animais marcados com a pintura na face, nos municípios de Cocalzinho e Corumbá de Goiás, que entre em contato com o Ibama/GO, através dos telefones (62) 3946-8140 , (62) 9679-5137 ou dos e-mails leo.silva@ibama.gov.br, luiz.baptista@ibama.gov.br. Mirza Nóbrega Ascom/Ibama/GO

segunda-feira, 25 de junho de 2012

ICMBIO INICIA MONITORAMENTO DE MAMÍFEROS TERRESTRES DA CAATINGA

Brasília (25/06/2012) - O Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (Cenap/ICMBio) realizou, entre os dias 02 de maio a 03 de junho a primeira expedição de campo, na Floresta Nacional Contendas do Sincorá, localizada na Bahia. O objetivo dessa expedição foi o monitoramento de mamíferos terrestres de médio e grande porte em unidades de conservação federais da Caatinga. Nesta etapa inicial do programa, o ICMBio realizou atividades de capacitação e nivelamento de métodos e técnicas de aplicação dos protocolos de campo, para os atores envolvidos, que contou com a participação de bolsistas do ICMBio e da comunidade local e de uma bióloga da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). As atividades de campo incluíram duas metodologias diferenciadas: censo por armadilhas fotográficas e por transecção linear, em 5 trilhas de aproximadamente quatro quilômetros cada. Como complemento, foram instaladas armadilhas de pegadas a cada 500 metros. A análise dos dados desta pesquisa vai gerar uma lista atualizada das espécies que ocorrem em cada área, além de obter parâmetros populacionais de abundância e densidade para subsidiar ações de conservação e uso sustentável de espécies. Os resultados preliminares incluem o registro de 13 espécies, sendo que duas delas não constam no Plano de Manejo da unidade de conservação. Comunicação ICMBio

domingo, 24 de junho de 2012

Abertas Inscrições para 11ª Curso de Medição em Grandes Rios

A 11ª edição do Curso Internacional de Medição de Descarga Líquida em Grandes Rios: Técnicas de Medição está com inscrições abertas até o próximo dia 27. Os interessados em concorrer a uma das 35 vagas devem se inscrever pelo Portal da Capacitação da Agência Nacional de Águas (ANA) no link http://capacitacao.ana.gov.br/Paginas/curso-detalhe.aspx?id=63. O curso é gratuito e voltado aos profissionais da área de monitoramento de recursos hídricos do Brasil e de outros países, como Argentina, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela e tem o objetivo de padronizar e difundir as técnicas de medição e de cálculo de descarga líquida em grandes rios. A capacitação ocorre entre 23 de agosto e 1º de setembro nas cidades amazonenses de Manaus e Manacapuru, com aulas teóricas e práticas de campo. Acesse o Portal da Capacitação para mais informações e inscrições: http://capacitacao.ana.gov.br/Paginas/curso-detalhe.aspx?id=63 Esta é uma ação da Agência Nacional de Águas em parceria com a Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e a Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica), com apoio do Serviço Geológico do Brasil (CPRM). Texto:Ascom ANA

sábado, 23 de junho de 2012

O chique sustentável do Brasil

O movimento ecossustentável cada vez mais ganha adeptos no Brasil. Principalmente entre pessoas de bom gosto e que primam pela exclusividade. A pergunta que muitas fazem é: por que comprar um produto fabricado em larga escala e sem preocupações ambientais, em países como a China, se há tanta coisa boa e diferenciada sendo produzida aqui no Brasil? Buscando atender a esse público específico, a Ekochik (www.ekochik.com) nasceu com o propósito de reunir acessórios femininos e de decoração confeccionados ou produzidos dentro de processos sustentáveis, ou que utilizam materiais ecologicamente corretos. Há produtos para todos os bolsos, de R$ 19,90 a até quase R$ 2.000,00. A linha de acessórios femininos, atual carro-chefe da empresa, é composta por colares dos mais variados modelos, bolsas, carteiras, ecobags e demais acessórios. Para a casa, a Ekochik reúne peças de decoração e artigos para mesa (jogos americanos, sousplat, porta-guardanapo, guardanapos de linho confeccionados à mão) e iluminação, bem como peças vintage. Elas são únicas, garimpadas, algumas originais e outras customizadas. São mais de 40 grifes de norte a sul do Brasil. A lista inclui, entre outros, bijoux de Pernambuco e Rio Grande do Sul, bolsas da Bahia, São Paulo, Espírito Santo e Goiás, colares e bolsas do Ceará, peças de algodão orgânico colorido do Espírito Santo, objetos decorativos do Amazonas, peças de tear de Minas Gerais, Goiás e São Paulo, e peças de fibra de bananeira de Pernambuco e Minas Gerais. O diferencial dos artistas está na escolha da matéria-prima, na utilização de processos que geram o mínimo de resíduos, ou então no aproveitamento de sobras de produção. Os fornecedores são designers, artistas, artesãos e pequenos grupos organizados que produzem suas peças dentro de critérios de sustentabilidade. A produção é limitada, o que garante exclusividade. Muitos dos fornecedores também exportam seus produtos, principalmente para a Europa, que já tem uma aceitação muito grande por produtos deste tipon de produto. A união do manual, com design, exclusivo e sustentável é o grande diferencial. Estilo Eko A loja virtual ainda traz ao público novidades e notícias sobre o que acontece no universo eco, por meio do blog Estilo Eko (www.ekochik.com/site). Segundo a empresária Denise Moura, sabe-se que hoje é praticamente impossível viver de uma maneira 100% sustentável. “Não podemos nem queremos isso. Mas, nas várias escolhas que temos, podemos fazer a diferença. Com exclusividade, sem perder o estilo e sem deixar de ser ‘chik’”, completa Denise.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Minha rua é um túnel verde

por Selvino Heck Junho de 2012, em plena Rio+20 e Cúpula dos Povos, minha rua, Tomaz Flores, Porto Alegre, é considerada oficialmente um túnel verde: “Conhecida por sua arborização, Porto Alegre deu um passo em direção a uma proteção mais rígida de seus túneis verdes, expressão tipicamente local que identifica a cobertura de um lado a outro de vias por copas de árvores perpassadas. A medida contempla 72 logradouros que se tornarão áreas de uso especial e não poderão sofrer intervenções capazes de alterar sua paisagem” (Zero Hora, 31.05.12, p. 54). Diz o autor do projeto de lei, vereador Beto Moesch: “Há proteção vegetal em outras cidades do mundo, mas não com essa figura do túnel verde. Isso é uma coisa muito porto-alegrense. Porto Alegre pode chamar a atenção dos seus turistas daqui para a frente dizendo que é a cidade das praças, dos parques e dos túneis verdes. É uma expressão que agora está também no mundo jurídico, não somente no imaginário coletivo”. A rua Tomaz Flores termina numa lomba. Quando entro por ela, descendo em direção à minha casa, um mar de galhos de grandes árvores cobre todo seu leito dos dois lados. Em tempos de sol, um misto de claridade e sombra atravessa os troncos e ‘ilumina’ a rua. São árvores de décadas e dão um ar de tranquilidade e paz a seus moradores e transeuntes. É como se eu entrasse num bosque, olhasse para o céu ou ao redor e visse folhas balançando, silêncio de primavera, um ronronar de vento e brisa. A decretação legal dos túneis verdes significa que a partir de agora o poder público ou a prefeitura poderão continuar podando as árvores, desde que não se desfigure a formação arbórea. Também poderão ser cortadas, se estiverem mortas ou causando algum dano, com um laudo técnico da Secretaria do Meio Ambiente. Cabos ecológicos ou subterrâneos deverão ser usados para evitar conflitos entre galhos e fios de luz. Fui criado cercado por árvores e natureza desde sempre. Ao lado de casa, Vila Santa Emília, Venâncio Aires, interior do interior do Rio Grande do Sul, até hoje um bosque enfeita o ambiente. Lá íamos fazer piqueniques, quando tios e tias e suas enormes famílias visitavam a avó Gertrudes. Fazíamos uma limpeza geral, abrindo corredores até o centro do bosque onde um taquaral imponente dava sombra. Mais adiante um pinheiro, que infelizmente morreu de velho, servia seus pinhões no inverno que cozíamos ou assávamos na chapa quente do fogão a lenha. Mais adiante ainda, uma fonte fornecia a água para os animais. A cisterna, que recolhia a água da chuva, provia os humanos. O Seminário dos franciscanos em Taquari, RS, onde passei a adolescência e início da juventude, era cercado de árvores, especialmente seu campo de futebol, e ladeado pelo rio, que víamos correr do alto do prédio imponente. Daltro Filho, município de Imigrante, onde fiz o noviciado franciscano, era cercado por morros cheios de verde, árvores, bosques e natureza. A Lomba do Pinheiro, final dos anos setenta, divisa entre Porto Alegre e Viamão, fica ao lado do Parque Saint Hillaire, onde íamos jogar futebol e fazer um churrasco, nos poucos tempos de folga das reuniões e intensas atividades dos grupos de reflexão da Bíblia, das lutas por melhorias no bairro e de organização sindical, popular e comunitária. Posso orgulhar-me, portanto, por ter escolhido morar numa rua oficialmente considerada túnel verde, em ano de Rio+20 e Cúpula dos Povos. Mas não é apenas de verde e de árvores que se trata. Trata-se de pensar as cidades como grandes aglomerações humanas que precisam respirar. Assim como precisa respirar quem nelas mora. É preciso questionar se milhões de pessoas podem continuar amontoadas, muitas vezes sem condições de habitabilidade, saneamento básico, etc. Questionar se pode continuar aumentando dia pós dia a quantidade já enorme de carros em circulação, poluindo e atravancando ruas, praças e passeios públicos. E se se pode produzir tanto lixo que não se decompõe por décadas. Ou seja, é preciso pensar qual o projeto de desenvolvimento, pensar e agir sobre o que se consome diariamente, o que e como se produz, o que se come, como as pessoas são transportadas de um lugar a outro, se há qualidade de vida, do porquê há um ‘centro’ e ‘bairros nobres’ e uma ‘periferia’ pobre onde moram as multidões, se as decisões são do Estado e da sociedade ou do mercado. Não há túneis verdes nas vilas populares, por exemplo. Estou feliz por morar numa rua que é um túnel verde. Mas estou triste porque a cidade inteira de Porto Alegre, e tantas outras, não são um imenso túnel verde.

Plenária do Consea discute seca no Nordeste

Nesta quarta-feira (27), o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) realiza reunião plenária no Auditório do Anexo I do Palácio do Planalto, com a presença da Ministra Tereza Campello, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), e da presidenta do Consea, Maria Emília Lisboa Pacheco. Dentre os pontos de pauta destaca-se o debate sobre impactos da seca no Nordeste. As discussões e encaminhamentos sobre a convivência com o semiárido e os impactos da seca na segurança alimentar e nutricional acontecem no período da manhã, a partir das 9h30. O sociólogo Antônio Gomes Barbosa, coordenador de programa pela Articulação no Semi-Árido Brasileiro (ASA), falará a respeito de construção social no semiárido. No período da tarde, a partir das 14h, os conselheiros do Consea apresentam propostas referentes a programas e ações de segurança alimentar e nutricional à Lei Orçamentária Anual (LOA) 2013. Clique aqui para ter acesso à pauta completa da plenária. Serviço Data: 26 e 27 de junho de 2012 (terça e quarta-feira) Horário: das 9h às 17h Local: Auditório do Anexo I do Palácio do Planalto, Brasília/DF Fonte: Ascom/Consea

Francês Hugues de Varine lança obra sobre patrimônio e sustentabilidade no Rio Grande do Sul

Eventos com a presença de Hugues de Varine estão programados para a próxima semana em várias cidades do estado, como Porto Alegre, Picada Café, Santa Maria e São Miguel das Missões Com ideias inovadoras sobre os domínios da cultura, o francês Hugues de Varine é um dos mais importantes teóricos e consultores internacionais na área da museologia. Em As raízes do futuro: patrimônio a serviço do desenvolvimento, lançamento da Editora Medianiz, ele propõe um amplo debate sobre as questões da propriedade cultural pelo viés do desenvolvimento local, a partir de sua ampla experiência com ecomuseus e museus comunitários. Traduzido direto da versão original em língua francesa, a obra conta com o prefácio e tradução da museóloga Maria de Lourdes Parreiras Horta. Uma das particularidades do livro é fato único para um clássico: o de ter quatro introduções - a metodológica, a ideológica, a pragmática e a política. Em cada uma delas, o autor revela toda sua experiência e proposições originais. Destacam-se, sobretudo, dois pressupostos básicos. O primeiro é que o desenvolvimento local é um processo voluntário de domínio da mudança cultural, social e econômica, enraizado em um patrimônio vivenciado, nutrindo-se deste e gerando patrimônio. O segundo é que o patrimônio - seja ele natural ou cultural, vivo ou consagrado - é um recurso local que não tem outra razão de ser senão a sua integração nas dinâmicas de desenvolvimento. Herdado, transformado, produzido e transmitido de geração a geração, o patrimônio pertence também ao futuro. Duas consequências daí advêm. O desenvolvimento só é sustentável, e, portanto, real, se for feito em consonância com o patrimônio, e se contribuir para a vida e para o seu enriquecimento. Além disso, só se pode conceber o desenvolvimento com a participação efetiva, ativa e consciente da comunidade que detém esse patrimônio. A obra está organizada em nove capítulos que tratam dos meios de organização, prática e desenvolvimento das relações patrimoniais. Como diferencial didático, também possui uma série defichas práticas, com questionamentos e pontos relevantes dos respectivos assuntos discutidos, além defichas de casos exemplares, que relatam suscintamente algumas experiências nas diversas situações em que a relação comunidade, patrimônio e desenvolvimento estão em jogo. Inspirado nas ideias de Paulo Freire, Hugues de Varine se propõe não somente a teorizar sobre os saberes por onde se aventurou, mas também estimular o pensamento individual dos leitores sobre as relações entre patrimônio e desenvolvimento local, aproveitando a sabedoria das comunidades. No Rio Grande do Sul, ele autografa em várias cidades: Porto Alegre 25/06, às 17h Museu da Universidade Federal do Rio Grande do Sul Avenida Osvaldo Aranha, 277 - Porto Alegre (RS) Picada Café 26/06, às 20h Museu Comunitário de Percurso de Picada Café na EMEF 25 de Julho Rua das Azaléias, 638 - Centro - Picada Café (RS) Santa Maria 27/06, às 18h30 Universidade Federal de Santa Maria - Auditório do Prédio da Antiga Reitoria Rua Marechal Floriano Peixoto, 1184 - Centro - Santa Maria (RS) São Miguel das Missões 28/06, às 18h30 Câmara dos Veradores Rua 29 de Abril, 111 - São Miguel das Missões (RS) Sobre o autor Formado pela Universidade de Paris, com pós-graduação em História e Arqueologia, Hugues de Varine ocupou os cargos de vice-diretor e diretor do Conselho Internacional de Museus (Icom), fundou o Ecomuseu de Le Creusot-Montceau e atuou no Ministério da Cultura da França, na área de desenvolvimento cultural e de avaliação de políticas culturais. Fundador da Asdic Consultores, entidade especializada em desenvolvimento de comunidades, participa de missões de desenvolvimento cultural, social e econômico de comunidades urbanas e rurais da França e da União Europeia, incentivando práticas culturais e de consolidação do desenvolvimento local. Internacionalmente participou de projetos na Alemanha, Suécia, México, Brasil, Canadá, Portugal, Grécia, Hungria, Irlanda, Reino Unido, entre outros. É autor de A cultura dos outros (Paris, Seuil, 1976); A iniciativa comunitária (Macon, MNES & W, 1992); Cidade, cultura e desenvolvimento (Paris, Syros, 1995, com Jean Michel Montfort); e As raízes do futuro (Asdic, 2002), além de artigos em periódicos franceses e publicações internacionais sobre museus, patrimônio, ação comunitária e desenvolvimento local. Sobre a tradutora e prefaciadora Maria de Lourdes Parreiras Horta é graduada em Museologia pela Universidade do Brasil, atual Escola de Museologia da UNIRIO, com doutorado em Museologia pela Universidade de Leicester e pós-doutorado em Cultura Contemporânea pela UFRJ. Atuou no Museu da Imagem e do Som, no Museu de Artes e Tradições Populares do Rio de Janeiro, Museu Nacional de Belas Artes e Museu Imperial de Petrópolis, tendo sido coordenadora geral de acervos museológicos da Fundação Nacional Pró-Memória. Professora adjunta da Universidade Santa Úrsula, é pesquisadora com várias livros e artigos publicados no Brasil e no exterior. Foi curadora de inúmeras exposições em museus e centros culturais e presidente do Comitê Brasileiro do ICOM (Conselho Internacional de Museus). Ficha técnica do livro Título: As raízes do futuro: patrimônio a serviço do desenvolvimento local Autor: Hugues de Varine Tradução: Maria de Lourdes Parreiras Horta Número de páginas: 256 Formato: 14 x 23 cm Preço: R$ 40,00 ISBN: 978-85-64713-03-1 Editora: Medianiz

quinta-feira, 21 de junho de 2012

ANA divulga estudo sobre a qualidade das águas superficiais no Brasil

A Agência Nacional de Águas (ANA), com apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), lança amanhã (20) o “Panorama da Qualidade das Águas Superficiais - 2012”, às 15h45, no Windsor Barra Hotel, no Rio de Janeiro. O estudo revela que o Brasil tem 75% das águas monitoradas em condição boa, mas 47% das localizadas em áreas urbanas são ruins ou péssimas. O resultado nas regiões metropolitanas se deve ao baixo índice de coleta e tratamentos de esgotos.

ICMBIO QUER REABRIR PICO DA NEBLINA À VISITAÇÃO

Os gestores do Parque Nacional (Parna) do Pico da Neblina, localizado no município de Santa Izabel do Rio Negro, no Amazonas, e representantes dos Yanomami, comunidade indígena que habita parte da unidade de conservação, discutem a reabertura do parque, que há 10 anos se encontra fechado para visitação por recomendação do Ministério Publico Federal. No final do mês passado, eles fizeram uma reunião para analisar o assunto. Além do pessoal do parque, que pertente ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), e de servidores da Funai, participaram do encontro moradores e lideranças das comunidades de Ariabu, Maturacá, União e Auxiliadora e membros da Associação Yanomami do Rio Cauaburis e Afluentes (Ayurca). Na reunião, foram discutidos a criação da frente de proteção Yanomami que consta no processo de reestruturação da Funai e apresenta mudanças na gestão da Terra Indígena (TI), o processo de formação do conselho gestor do parque e o ordenamento do turismo na trilha para o Pico da Neblina. Ficou acertado que o conselho gestor do parque, que deve tomar posse em agosto, deverá ter uma câmara técnica para tratar da atividade do turismo no Pico da Neblina. Essa câmara será formada por membros do ICMBio, Funai e do Exército Brasileiro, instituições federais responsáveis pela gestão do território, e, igualmente, por membros da sociedade civil e do povo Yanomami. Sobreposição quatro terras indígenas O território do Parna do Pico da Neblina se sobrepõe a quatro Terras Indígenas. A unidade de conservação (UC) possui uma rica diversidade étnica e cultural, com moradores de 12 etnias diferentes (Baniwa, Baré, Carapanã, Dessana, Kobewa, Kuripaco, Piratapuia Tariano, Tukano, Tuyuca, Werekena e Yanomami). Segundo os gestores do parque, a administração desse território vem sendo feita, historicamente, pelos indígenas que manejam e protegem a área de acordo com seus conhecimentos. No entanto, a gestão pública da área duplamente afetada não é simples, pois deve compatibilizar os objetivos das terras indígenas e os da UC. Por isso, ainda segundo os gestores, a melhor estratégia é investir na gestão participativa para possibilitar a garantia dos direitos da população indígena sem deixar de observar os objetivos do parque nacional. Para eles, o conselho gestor do Parque, será espaço de participação local, socialização e construção de conhecimentos para a gestão compartilhada das áreas sob dupla afetação. O pico da Neblina é a montanha mais alta do país (2.995 m) e um local caracterizado por uma vasta diversidade de ambientes e riqueza biológica, além de alto grau de endemismo. Para os Yanomami, que o denominam Yaripo Puei (montanha dos ventos), o monte é considerado um lugar sagrado, ancestral, a que os xamãs se reportam durante seus ritos, regendo sua vida cosmológica e organização cultural. Comunicação ICMBio

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Jardim Monte Belo em SP realiza evento sobre meio ambiente neste sábado

A Praça do Jardim Monte Belo, no Distrito Anhanguera, sedia neste sábado (23/6) o evento "Meio Ambiente é Vida", que contará com diversas atrações voltadas às causas ambientais e sustentáveis. A entrada é franca. A Praça do Jardim Monte Belo, no Distrito Anhanguera, sedia neste sábado (23/6) o evento Meio Ambiente é Vida, com diversas atrações e atividades voltadas às causas ambientais e sustentáveis. O evento será realizado das 13h às 18h, com o objetivo de mobilizar e instruir a população local sobre os referidos temas. A abertura do encontro contará com a apresentação da Banda da Guarda Civil Metropolitana. Em seguida, o Centro da Criança e do Adolescente (CCA) Guadalupe apresentará uma peça teatral às 14h e, às 15h, haverá teatro com bonecos de Olinda, da Igreja Nossa Senhora das Graças. Às 17h, a Banda Sertaneja fará o encerramento com apresentação musical. O encontro contará também com mais uma edição do Rosinha Fashion Week e do Desfile de Moda com Roupas Customizadas, os quais terão as próprias moradoras do bairro como modelos. Paralelamente, haverá outras atividades, como a Feira de Artesanato Sustentável, onde serão expostas peças confeccionadas com material reciclado; brincadeiras dinâmicas com a ONG Cere sobre a temática do Aquecimento Global; e barraca expositiva sobre os trabalhos da Guarda Civil Metropolitana Ambiental. Além disso, ocorrerão palestras de saúde com representantes da Unidade Básica de Saúde (UBS) do Jardim Rosinha; informações do Corpo de Bombeiros sobre prevenção e cuidados com incêndios; e a Defesa Civil da Subprefeitura Perus que falará sobre áreas de risco. O evento conta com o apoio da Subprefeitura Perus, da Secretaria do Verde e Meio Ambiente, da Sabesp, do PAVIS, do Instituto Embu de Sustentabilidade e da UBS do Jardim Rosinha. Serviço Meio Ambiente é Vida Data: 23 de junho Horário: 14h às 18h Local: Praça do Jardim Monte Belo Endereço: Rua Palmeirópolis, s/nº, Jardim Monte Belo

terça-feira, 19 de junho de 2012

Empresas de transporte priorizam desenvolvimento sustentável

Iniciativas apresentadas na Rio+20 confirmam tendência e especialistas apontam soluções: mais investimentos e respeito à legislação ambiental. Foto: Gianfranco Beting A tarde desta terça-feira (19) é histórica para a aviação comercial brasileira. No mesmo horário, às 12h40, decolaram voos de duas companhias áreas diferentes – Azul e Gol – cujas aeronaves foram abastecidas com biocombustível. Nos dois casos, a matéria-prima é renovável, menos poluente e pode ser produzida no Brasil em grande escala. O esforço das empresas confirma uma tendência atual no transporte: a busca pelo desenvolvimento sustentável do setor. O voo ‘Azul+Verde’ seguiu de Campinas (SP) para o Rio de Janeiro. Produzido a partir da cana-de-açúcar brasileira, o combustível da aeronave foi desenvolvido para apresentar desempenho equivalente ao dos convencionais derivados do petróleo. Uma das preocupações dos pesquisadores foi manter o potencial de redução de emissão dos gases que causam o efeito estufa. A aeronave da Gol decolou de São Paulo para o aeroporto Santos Dumont (RJ). O biocombustível foi elaborado a partir do processamento de óleo vegetal e gorduras animais para produzir o bioquerosene de aviação. “Nosso propósito é contribuir com o crescimento da aviação aliado a um serviço menos impactante para o planeta”, explica o vice-presidente técnico da empresa, Adalberto Bogsan. Nos dois casos, o destino escolhido foi o Rio de Janeiro pelo mesmo motivo. A capital fluminense sedia, até 22 de junho, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável – Rio+20. O transporte é uma das principais pautas do evento porque responde por 25% das emissões de gás carbônico na atmosfera, segundo dados do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). “A Rio+20 discute a temática do transporte e da sustentabilidade. Tratamos de soluções e propostas mais efetivas, principalmente para as grandes cidades, onde os problemas de mobilidade são mais intensos. Por meio do contato com entidades internacionais de meio ambiente, energia e transporte, é possível apontar novos caminhos”, destaca o gerente de planejamento da Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Rio de Janeiro (Fetranspor), Guilherme Wilson. Ao lado da Confederação Nacional do Transporte (CNT), a Fetranspor é uma das entidades mais envolvidas nas discussões sobre transporte sustentável na Rio+20. Uma das iniciativas apresentadas, por exemplo, são os ônibus e caminhões movidos a diesel de cana e biodiesel. Produzidos em parceria com a Mercedes-Benz, os veículos foram aprovados nos quesitos eficácia econômica e ambiental. "Desde janeiro, temos 20 ônibus rodando com essa tecnologia no Rio de Janeiro, em fase de testes. É cada vez maior a procura das empresas por combustíveis alternativos, menos poluentes. Eles são uma alternativa promissora, que não trazem impacto à matriz tecnológica e os veículos podem operar como saem de fábrica”, explica Wilson à Agência CNT de Notícias. Outro destaque é o ônibus movido a hidrogênio que não faz barulho e não emite poluentes. Produzido pelo Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/URFJ), o veículo apresenta resultados eficientes em busca da sustentabilidade. Outro diferencial: produz eletricidade a bordo e não precisa carregar as baterias na rede elétrica, como a maioria dos veículos desse porte. Às empresas de transporte interessadas em se tornar mais sustentáveis, Wilson tem algumas recomendações: “A primeira exigência é o respeito à legislação ambiental vigente, depois a aplicação dos sistemas de gestão voltados à ecoeficiência dos veículos nas garagens”. Segundo ele, as companhias estão mais sensíveis à promoção de investimentos na área. Para o presidente do Centro de Transporte Sustentável do Brasil (CTS-Brasil), Luis Antônio Lindau, todas as medidas que contribuem para um transporte mais eficiente, com redução da carga de emissão de poluentes nas cidades, são válidas. “Tudo o que puder ser feito, seja para o transporte não motorizado ou para melhorar os veículos e a qualidade dos combustíveis é importante”, acredita. Ações da CNT A CNT tem ações voltadas à prática do transporte sustentável. Uma das mais conhecidas é o Despoluir – Programa Ambiental do Transporte -, cujo objetivo é melhorar o desempenho ambiental do setor e transformar os trabalhadores da área - empresários, motoristas de cargas e taxistas - em multiplicadores da educação ambiental. Até maio de 2012, foi avaliado o nível de poluentes emitidos por mais de 670 mil caminhões e ônibus. Milhares de empresas e caminhoneiros autônomos já foram atendidos. Os veículos com emissões dentro dos limites permitidos pela lei recebem um selo do Despoluir. Se a regulagem dos ônibus e caminhões for feita de maneira correta, eles emitem menos fumaça e gastam menos combustível. Para o presidente da CNT e do Sest Senat, senador Clésio Andrade, o Despoluir, criado em 2007, tornou-se referência nacional em sustentabilidade. “Nossas ações não se resumem apenas à diminuição da emissão de poluentes. O Despoluir contribui com a propagação da ideia de que uma sociedade com responsabilidade ambiental é um grande legado que deixamos para as gerações futuras”, afirma. Todo esse trabalho está exposto e à disposição dos participantes da Rio+20. A CNT e o Sest Senat montaram um estande no evento - também foi criada uma página especial sobre o tema - e apresentam aos interessados os principais projetos desenvolvidos para minimizar o impacto da poluição causada pelo transporte. A intenção é incentivar discussões pelo desenvolvimento sustentável do setor. Lindau destaca a importância dessas ações, mas adverte que a busca por “combustíveis verdes” e veículos menos poluentes não pode ser a única questão quando o assunto é sustentabilidade. “É preciso pensar na gestão do ambiente urbano e no desestímulo ao uso dos veículos individuais. Não adianta produzirmos carros menos poluentes. Precisamos fugir do ‘congestionamento limpo’, que é insustentável”, explica. Transporte coletivo de qualidade De acordo com o especialista, a implantação de um transporte mais sustentável está diretamente ligada a quatro pilares: desestímulo ao uso do automóvel; melhoria do transporte coletivo; incentivo ao transporte não motorizado e integração de uso do solo e transportes. Segundo ele, desestimular o uso dos carros não é sinônimo de proibi-los. Nesse sentido, Lindau afirma que é preciso oferecer um transporte coletivo de qualidade para que a população deixe os veículos na garagem. “O serviço deve propiciar uma rede de alta acessibilidade e conectividade, no entorno dos terminais e em toda a rede. É preciso gerenciar a forma como as pessoas se deslocam”, explica. Guilherme Wilson, da Fetranspor, concorda. “Com os ônibus do sistema BRT, por exemplo, as pessoas vão migrar de um transporte coletivo de baixa capacidade e velocidade operacional para um modelo de alta capacidade e elevada velocidade operacional. Essa melhoria na qualidade do serviço estimular, inclusive, a diminuição do transporte individual”, afirma. A medida é uma das mais recomendadas às cidades que estão em busca de um transporte mais sustentável. Enquanto uma faixa viária utilizada por carros dá vazão, em média, a apenas 1.500 usuários por hora, a mesma via, se utilizada pelos corredores exclusivos do BRT, propicia a circulação de um número dez vezes maior.

Shigeru Ban, autor da "Casa Sem Paredes", visita a Floresta Nacional do Tapajós

Belém (19/06/2012) O arquiteto japonês Shigeru Ban visita nesta quarta-feira (20/06) a Floresta Nacional do Tapajós, a comunidade extrativista de São Domingos e um dos depósitos de madeira ilegal apreendida pelo Ibama no oeste do Pará. A passagem do Shigeru Ban, em Nagano, no Japão, e do estúdio de papel reciclado no Centro Pompidou, em Paris, na França, pelas cidades paraenses de Belterra e Santarém, faz parte da agenda da Rio+20. Famoso por criar projetos inovadores que reaproveitam madeira, plástico, contêineres e papelão na construção de casas e monumentos, Shigeru foi convidado pela ministra do Meio Ambiente, Isabela Teixeira, quando ele esteve no Rio para uma palestra em março, a pensar um uso criativo para aproveitar os cerca de um milhão de metros cúbicos de madeira de desmatamento apreendidos pelo instituto em toda a Amazônia. Nesta quarta-feira (20/06), às 14h30, o arquiteto dará uma entrevista coletiva à imprensa na sede do Ibama em Santarém, com a presença do Diretor de Proteção Ambiental do Ibama, Ramiro Martins-Costa, e o gerente do órgão em Santarém, Hugo Américo. Coletiva Shigeru Ban Dia 20/06/2012 , às 14h30 Sede do Ibama em Santarém Av. Tapajós, nº 2.267 ? Laguinho Tel: (93) 3522-3032 , 3523-2815, 3523-2847 e 3522-1444

RIO+20 - AVIÃO FAZ TRAJETO MAIS LONGO DA HISTÓRIA COM BIOCOMBUSTÍVEL

Amsterdam-Rio de Janeiro, 19 de junho de 2012 Depois de realizar o primeiro voo comercial movido a biocombustíveis, em junho de 2011, a KLM inova mais uma vez e realiza o mais longo voo movido a biocombustível da história da aviação. O voo KL705 partiu hoje do aeroporto Amsterdam-Schipol, na Holanda, às 11h15 (hora local) em um Boeing 777-200, com destino ao Rio de Janeiro, especialmente para Conferência Rio+20. A aeronave é abastecida parcialmente com combustível sustentável feito de óleo de cozinha usado. Entre os passageiros do voo, está o Secretário de Estado de Infra-estrutura e Meio Ambiente da Holanda, ministro Joop Atsma. Com esse voo, a KLM amplia seu papel pioneiro no desenvolvimento de biocombustíveis sustentáveis. A empresa vem trabalhando em parceria com o organização não-governamental World Wide Fund for Nature - Holanda (WWF-NL) desde 2007 e é a primeira companhia aérea a desenvolver um Programa de Biocombustíveis, por meio da SkyNRG - empresa fundada em 2009 pela KLM em parceria com a North Sea Group e a Spring Associates. A SkyNRG é agora a líder mundial no mercado de querosene sustentável, fornecendo para mais de 15 companhias aéreas em todo o mundo. O Programa foi lançado na manhã de hoje, em uma cerimônia no Aeroporto de Amsterdam-Schipol, e vai permitir às companhias aéreas operar parte de seus voos com biocombustível sustentável, estimulando assim o desenvolvimento desse tipo de energia limpa. Biocombustível sustentável A KLM está aberta para utilizar diferentes tipos de matérias-primas na elaboração do biocombustível, desde que cumpram uma série de critérios de sustentabilidade, incluindo a redução substancial nas emissões de CO2, e o mínimo impacto negativo sobre a biodiversidade e a produção de alimentos. Da mesma forma, o biocombustível utilizado hoje pela empresa - preparado a partir do óleo de cozinha usado - atende às mesmas especificações técnicas do combustível fóssil tradicional, sem que seja necessário realizar qualquer ajuste nos motores ou na infraestrutura das aeronaves. Por sete anos consecutivos, a KLM, juntamente com a Air France, tem sido líder no setor da aviação do Índice de Sustentabilidade Dow Jones. Empresas apoiadoras Outras companhias – como Heineken, Accenture, DSM, Philips, Nike e Schipol Group – também participaram do lançamento do Programa de Biocombustíveis da KLM hoje, na Holanda, como forma de apoiar e encorajar outras empresas a seguirem o exemplo. “Tenho orgulho de ter empresas tão renomadas apoiando nosso Programa. A utilização de biocombustível é uma das mais importantes formas de tornar a aviação mais sustentável. Só vamos conseguir seguir adiante com parceiros que se comprometam em olhar para frente”, afirma o Diretor Geral da KLM, Camiel Eurlings. O Ministro Joop Atsma comemorou o importante marco. “O Programa de Biocombustíveis da KLM permite às empresas se juntarem à KLM e à SkyNRG para demonstrar sua atuação no que se refere a sustentabilidade. Convoco a indústria holandesa para acelerar o desenvolvimento de biocombustíveis e estimular a economia sustentável. Eu farei tudo o que estiver ao meu alcance para garantir que a partir de 2013, as autoridades holandesas viajem o máximo possível em voos movidos a biocombustível, incluindo o próprio avião do governo”, declarou.

Resíduos Sólidos e Responsabilidade Civil

A ampliação das necessidades, primárias ou socialmente induzidas e a correspondente elevação do consumo geraram o aumento de resíduos, precipuamente no meio urbano, com repercussões no meio ambiente e na saúde pública, o que, paradoxalmente afeta diretamente a qualidade de vida. Partindo do pressuposto de que o consumo é um ato social, realizado a partir de padrões culturais, há o reconhecimento da fragilidade do consumidor e da necessidade de uma proteção aos princípios da Política Nacional de Resíduos Sólidos. A partir dessa constatação, entendemos pelo cabimento de soluções macro que envolvam uma atuação preventiva, a partir da educação ambiental, da conscientização, bem como da sistemática da responsabilidade civil, solução essa encontrada via responsabilidade pós-consumo. Por tais razões, o reconhecimento da importância da Política Nacional de Resíduos Sólidos assume relevo ao permitir que ocorra o controle inverso, influenciando a busca de novas tecnologias, a escolha das embalagens e a análise do ciclo de vida completo do produto. Por outro lado, não basta um corpo de normas de controle das tendências dos padrões de produção e de consumo. É preciso considerar os processos ecotecnológicos, envolvendo gestão participativa e apropriação difusa dos bens ambientais. É preciso considerar o paradigma do século XXI, ou seja, a segurança a impor atuações preventivas e precautórias em relação ao meio ambiente. Por isso mesmo, compõem o foco central da responsabilidade pós-consumo os princípios do poluidor-pagador, da prevenção e da precaução. O poluidor-pagador reforça o papel preventivo ao determinar a eliminação das externalidades ambientais negativas do processo produtivo, sob pena de geração de ineficiências econômicas, falseando o equilíbrio entre oferta e demanda. Também impõe a criação de normas que gerem alteração na ordenação de valores decorrentes das regras de mercado, ou seja, os custos de prevenção dos efeitos adversos no meio ambiente devem ser suportados pelo poluidor. O princípio da prevenção, por sua vez, permite evitar o dano, a partir da concepção e da otimização dos produtos, mediante melhores tecnologias para produtos e embalagens, que dilatem o tempo de utilização, por exemplo, bem como pela retificação de erros. Por outro lado, não se afasta a prevenção final do ciclo, com reutilização, reciclagem e valorização energética, além de disposição final ambientalmente adequada. Nos termos da Política Nacional de Resíduos Sólidos, são responsáveis pelos resíduos os fabricantes, os importados, os distribuidores, os comerciantes, os consumidores e os titulares de serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos. Assim sendo, defendemos a classificação dos resíduos e dos rejeitos não como objetos estáticos, mas como bens socioambientais, razão pela qual ficam sujeitos à dupla titularidade e ao cumprimento da função socioambiental da propriedade e da posse. Essa nova interpretação se dá a partir da atual concepção do meio ambiente como direito fundamental de terceira geração, de forma a impedir a apropriação do meio ambiente como bem imaterial. Assim, a solução para o problema dos resíduos não está em conceituá-los a partir de uma série de situações elencadas e sim no reconhecimento como bem socioambiental, conforme apontamos. Dessa forma, qualquer bem relevante para as presentes e futuras gerações tem dupla titularidade e vincula o proprietário ou possuidor até mesmo para fins de destinação e disposição final ambientalmente adequada. Trata-se de papel eminentemente preventivo a fim de evitar danos ao meio ambiente. No século XXI, a responsabilização não deve ser um limite para o desenvolvimento das atividades econômicas, mas sim um instrumento de conciliação entre desenvolvimento e preservação do meio ambiente. Como medida de prevenção aos danos pós-consumo exige-se a disponibilização de ampla informação ao consumidor, de forma a permitir o conhecimento a respeito do potencial poluidor do produto ou resíduo, bem como a forma de descarte. Por fim, defendemos uma interpretação ampliativa dos gestores de risco, vinculada tão somente à posse dos resíduos ou rejeitos. Pois os papéis estão claros: fabricantes e importados podem ser obrigados a cuidar da destinação ambientalmente adequada, enquanto distribuidores e comerciantes têm responsabilidade restrita à devolução do objeto ou resíduo. O consumidor, por sua vez, tem responsabilidade limitada à disposição adequada dos resíduos para coleta, ou, no caso da logística reversa, à devolução, conforme informação da cadeia produtiva. Patrícia Faga Iglecias Lemos, Professora Associada da Faculdade de Direito da USP e Consultora do escritório Viseu Advogados

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Encontro Internacional da Carta da Terra conta com o apoio da Owens-Illinois

A Carta da Terra reúne líderes internacionais durante a Rio+20 para enfatizar que valores éticos devem ser a base dos acordos para o “futuro que queremos” e economia verde. Com o propósito de apoiar ações de responsabilidade socioambientais, alinhadas aos princípios éticos da sustentabilidade, a Owens-Illinois e a Abividro (Associação Técnica Brasileira das Indústrias Automáticas de Vidro) patrocinam, no dia 19 de junho, o Encontro Internacional da Carta da Terra, durante a Rio+20 - Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável de 2012, no Rio de Janeiro/RJ. O evento pretende reunir personalidades internacionais e nacionais e discutir os rumos dos debates realizados durante a Conferência e os próximos passos a serem seguidos para garantir a sustentabilidade do planeta. Uma das presenças mais esperadas para o evento é a Severn Suzuki, a menina que “calou o mundo” na Eco92, vinte anos depois Suzuki, ecóloga formada pela Universidade de Yale, fará a abertura do encontro e discutirá a Relevância da Carta da Terra para a Rio+20. Leonardo Boff, téologo e membro da comissão internacional da Carta da Terra, o secretário-geral da Eco 92 e Maurice Strong, considerado um dos fundadores da Iniciativa da Carta da Terra também participam do debate de abertura do encontro. Para o debate de encerramento, a partir das 17h, sob o tema “O futuro que queremos: Esperanças e um novo direcionamento”, a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva é presença confirmada. Diversos princípios da Carta da Terra abordam diretamente a necessidade de se redesenhar sistemas atuais fundamentados em um sentido de responsabilidade universal e de intergerações. O Princípio 7, por exemplo, articula que a humanidade precisa “Adotar padrões de produção, consumo e reprodução que protejam as capacidades regenerativas da Terra, os direitos humanos e o bem-estar comunitário” e deve também “Atuar com restrição e eficiência no uso de energia e recorrer cada vez mais aos recursos energéticos renováveis como a energia solar e vento”. Programa Geral do Encontro 13:30 – 14:30 Abertura: A relevância da Carta da Terra para Rio+20. Moderadores: Alide Roerink e Pedro Ivo Batista Palestrantes: Leonardo Boff, Rick Clugston, Maurice Strong, Severn Suzuki, Paulo Roberto dos Santos, VP Caixa Econômica 14:30 - 15:45 Painel: Um novo modelo de negócios através das lentes da Carta da Terra (teorias e experiências) Moderador: Rodrigo Costa da Rocha Loures Palestrantes: Ricardo Young (Empresário e membro do Conselho do Instituto Democracia e Sustentabilidade); Britaldo Soares (AES Brasil), Teresa Fogelberg (Global Reporting Initiative) e Carla Pires (ETH Bioenergia) 15:45 – 16:00 Coffee Break 16:00 – 17:30 Painel: Reorientando experiências educacionais com a Carta da Terra (teorias e experiências) Moderadores: Kartikeya Sarabhai / Mirian Vilela Palestrantes: Moacir Gadotti (Instituto Paulo Freire), Rose Inojosa (UMAPAZ), Nelton Friedriech (Itaipu Binacional) e Nora Mahmoud (Rede de Jovens da Carta da Terra) 17:30 – 18:30 Encerramento: O futuro que queremos: Esperanças e um novo direcionamento. Moderadores: Mateo Castillo / Alide Roerink Palestrantes: Marina Silva e Gabriela Batista 18:30 – 19:30 Cocktail Lançamento do livro “Moments that speak: stories and images of connection” Novo clip da campanha de comunicação da Carta da Terra Apresentaçao do Jogo da Carta da Terra pelo Instituto Harmonia na Terra Apresentação Musical com Ana Person Serviço: Encontro Internacional da Carta da Terra na Rio+20 – Colaboração e Diálogo: Ética, Sustentabilidade e Carta da Terra. Data e horário: 19 de junho de 2012 de 13h30 às 19h30 Local: CAIXA Cultural Rio de Janeiro - Teatro Nelson Rodrigues, Av. República do Chile, 230, Centro da cidade do Rio de Janeiro. Sites: www.earthcharterinaction.org/content/ e www.cartadaterrabrasil.org/prt/index.html Sobre A Carta da Terra (The Earth Charter) A Carta da Terra é uma declaração de 16 princípios éticos fundamentais para a construção de uma sociedade global justa, sustentável e pacífica. Ela é estruturada em quatro pilares: respeito e cuidado pela comunidade da vida, integridade ecológica, justiça social e econômica, democracia, não-violência e paz. O documento reconhece que os objetivos: proteção ambiental, erradicação da pobreza, desenvolvimento econômico equitativo e respeito aos direitos humanos, democracia e paz são interdependentes e, portanto demandam uma abordagem sistêmica. Atualmente conta com mais de 6 mil organizações signatárias ao redor do mundo. Em 1987 a Comissão das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento, através do documento “Nosso Futuro Comum”, recomendou a redação de uma carta sobre o desenvolvimento sustentável com o objetivo de ajudar a construir no século 21 uma sociedade global justa, sustentável e pacífica. Durante o processo de preparação da Eco 92, a Carta da Terra foi parte da agenda e negociações, mas sem acordo político suficiente. Em 1992, em evento paralelo da Cúpula da Terra - Eco- 92 - realizada no Rio de Janeiro, a primeira versão da Carta foi elaborada, por parte de um esforço da sociedade civil. Após oito anos, em um processo participativo envolvendo todos os continentes e com a contribuição de milhares de pessoas de todas as raças, credos, idades e profissões, incluindo especialistas em ciências, filosofia, ética, religiões e leis internacionais, a versão final foi lançada no Palácio da Paz em Haia, Holanda em 29/06/2000. Em 2003 a UNESCO reconheceu a Carta da Terra como um instrumento chave para a educação e cultura, e a considerou como um importante marco ético para a humanidade. Atualmente é utilizada por vários governos, sociedade civil e organizações empresariais ao redor do mundo como uma referência ética para a sustentabilidade. Entre os membros da comissão mundial do movimento estão a Queniana, prêmio Nobel da paz de 2004, Wangari Maathai (in memoriam), o canadense e secretário geral da Cúpula da Terra Maurice Strong, o americano Steven Rockefeller e os brasileiros Leonardo Boff e Oscar Motomura. Sobre a Owens-Illinois A Owens-Illinois, Inc. (NYSE: OI) é a maior fabricante de embalagens de vidro do mundo e a parceira preferida de marcas líderes de produtos alimentícios e bebidas. Com uma receita de US$ 7,4 bilhões em 2011, a empresa é sediada em Perrysburg, Ohio, EUA, e emprega mais de 24.000 pessoas em 81 fábricas distribuídas por 21 países. A O-I oferece soluções de embalagem de vidro seguras, eficazes e sustentáveis a um mercado global crescente. Para obter mais informações, acesse www.o-i.com

NA RIO +20 ARTISTA RECRIA A BAIA DA GUANABARA COM RECICLÁVEIS

Para fechar a agenda, Vik Muniz se prepara mais uma vez para transformar lixo em arte. O artista paulista assina o painel Paisagem, que pretende recriar a Baía de Guanabara a partir de material reciclável. Até o dia 22/6, o público pode levar produtos recicláveis, como garrafas plásticas ou latas de alumínio, ao estande onde vai ser instalada a obra, na Rua Jardel Jerculis, entre o Museu de Arte Moderna (MAM) e o aeroporto Santos Dumont. Vik vai projetar no solo do espaço uma fotografia que fez da Baía a partir do Mirante Dona Marta, em Botafogo. O público visitante vai poder entrar na instalação, sempre em pequenos grupos, e incluir seu material reciclável à imagem no chão, até que o desenho se complete. O Instituto Doe Lixo também vai recolher sobras recicláveis durante a Rio+20 para ajudar a fornecer as bases para a obra do artista.

sábado, 16 de junho de 2012

TIJUCA INAUGURA DOMINGO MAIOR SISTEMA SINALIZADO DE TRILHAS

O Parque Nacional da Tijuca, no Rio de Janeiro, inaugura neste domingo (17), às 9h30, o maior sistema sinalizado de trilhas do Brasil, composto pelos circuitos Major Archer e Castro Maya. O evento será às 9h30, no Centro de Visitantes, no setor Floresta da Tijuca, Alto da Boa Vista, e terá a presença da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e do Prefeito do Rio, Eduardo Paes. Essa é primeira ação do Projeto Travessias, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que pretende implementar e sinalizar trilhas em outros nove parques nacionais. O sistema tem dois circuitos circulares: um externo (Major Archer), com 12 km, e um interno (Castro Maya), com 20 km. Os levantamentos topográficos foram iniciados em abril, quando as trilhas começaram a receber a sinalização indicativa que servirá de modelo para outros parques. Apesar de contemplar caminhos já existentes, o sistema apresenta um diferencial: a integração dos circuitos, o que permite resgatar pontos turísticos de considerável valor histórico-cultural para a cidade, apresentando-os de maneira gradual no decorrer dos roteiros. Idealizadas pelo diretor de Criação e Manejo de Unidades de Conservação do ICMBio, Pedro Cunha e Menezes, as trilhas circulares de longo percurso do Parque Nacional da Tijuca conduzem os visitantes por mais de 30 quilômetros, contextualizando estruturas históricas dos séculos XVIII e XIX, como a Capela Mayrink e as ruínas do Sítio Midosi, com panoramas clássicos da Unidade, como o Pico da Tijuca e o Bico do Papagaio. Outra novidade é a sinalização rústica, que estabelece uma iconografia simples e de fácil entendimento na compreensão dos trajetos a serem percorridos – setas com tinta nas cores amarela e vermelha, inseridas principalmente em árvores e rochas. Além disso, dezenas de placas, sendo 50 de madeira plástica feita com resíduos industriais, vegetais, minerais, entre outros, indicarão os destinos e os sentidos dos percursos. Os mapas dos circuitos estarão disponíveis para download no site do parque e em folhetos distribuídos gratuitamente em seus principais pontos. O ICMBio acredita que a inauguração dos circuitos circulares vai aumentar a visitação no parque e facilitar a manutenção das trilhas, uma vez que o fluxo diário de visitantes será dividido ao longo dos dois novos trajetos. Em harmonia com pressupostos da Rio+20, o projeto aposta na visão atual de um turismo ecológico que conta com a colaboração da sociedade na preservação de áreas verdes, por meio de um trabalho de educação ambiental, associado aos princípios de conduta consciente em ambientes naturais. Em resumo, conhecer para conservar.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

CRIANÇAS MONTAM CIDADE IDEAL COM LEGO NA RIO +20

Crianças e adolescentes discutem os problemas da cidade onde vivem no evento Rio + 20 e Você em oficinas LEGO® No evento que acontece paralelamente à Conferência Rio + 20, oficinas educacionais levam os jovens a propor soluções inovadoras, por meio da construção de maquetes com peças LEGO® e muita criatividade Desde quarta-feira, 13 de junho, o Instituto Aprender Fazendo (IAF) e a ZOOM – representante exclusiva da LEGO® Education no Brasil – estão no Planetário da Gávea, no Rio de Janeiro (RJ), promovendo oficinas LEGO® do Programa Bloco a Bloco: o Brasil que queremos para crianças e jovens com idade entre 8 e 14 anos. As atividades acontecerão nos dias 13, 14, 15 e 18 de junho e fazem parte do evento Rio + 20 e Você, uma iniciativa para engajar a sociedade civil, conscientizando-a a respeito das questões que serão discutidas na Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, a Rio + 20. Gratuitas, as oficinas acontecerão duas vezes ao dia, na Sala Clubinho (Hall 3º piso e Lounge), com uma hora e meia de duração. Para participar, solicite seu convite pelo e-mail oficinas@rio-20.org. Com o tema "A cidade que queremos", as oficinas vão propor aos jovens a contextualização e construção de maquetes que ilustrem seus desejos e necessidades em relação à dinâmica das comunidades em que vivem. Para isso, cada grupo – composto por até cinco pessoas – ficará responsável pela construção de uma parte da cidade ligada a um destes seis âmbitos: saúde, educação, lazer, segurança, moradia e serviços. Utilizando mais de 40 mil peças LEGO®, os participantes deverão construir suas montagens para compor a maquete da cidade idealizada, que ficará em exposição durante todo o dia. Por meio dessa atividade, o IAF quer incentivar as crianças e jovens a pensar sobre a realidade da cidade em que vivem, buscando soluções de melhoria para o alcance de um desenvolvimento sustentável. Além de estimular a criatividade, a pró-atividade e o pensamento crítico, as oficinas também trabalham a questão da compreensão do outro e do ambiente. "Queremos estimular crianças e adolescentes, de uma maneira divertida e interativa, a refletirem sobre seu próprio país, suas cidades, comunidades e os problemas que enfrentam diariamente. Uma das nossas missões é incentivar os jovens na expansão de seus repertórios cultural e de convivência, desenvolvendo a capacidade de intervir e criar soluções inovadoras para mudar o ambiente em que vivem", afirma Gabriela Marcondes, coordenadora do Bloco a Bloco. A participação do Instituto Aprender Fazendo e da ZOOM no evento Rio + 20 e Você é resultado de uma parceria com a Escola Bosque, que também estará no evento, trazendo atividades como rodas de leituras e jogos cooperativos com temas relacionados à sustentabilidade. Por trabalhar em conformidade com a agenda da UNESCO e ser agente de mudanças positivas, a Escola Bosque é membro das instituições nomeadas "Navegadores para a paz" e completa, em 2012, oito anos de parceria com a ZOOM. Serviço: Rio + 20 e Você | Oficinas de Aprendizagem 'Bloco a bloco: o Brasil que queremos' Local: Planetário da Gávea | Rua Vice Governador Rubens Berardo, 100 – Gávea – Rio de Janeiro – RJ Fonte: .Brandpress

quinta-feira, 14 de junho de 2012

ANA divulga diagnóstico da situação e gestão das águas

Num ano marcado pela Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) e pelos 15 anos da Lei das Águas, o Informe 2012 traz como novidade análises históricas e informações importantes sobre como a água vem sendo utilizada, gerenciada e monitorada nas últimas duas décadas. Segundo o diretor-presidente da ANA, Vicente Andreu, o estudo pode contribuir para que haja água para os brasileiros, pois se trata de um instrumento que subsidia a tomada de decisões por parte dos gestores públicos. “Esperamos que o Relatório possa contribuir para um planejamento mais amplo a respeito do que nós chamamos de segurança hídrica, seja no aspecto da contenção de cheias, seja no sentido de minimizar os efeitos das secas em no País”, afirma. Representando a ministra do Meio Ambiente, o secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, Francisco Gaetani, destacou a importância de estudos como o Relatório de Conjuntura para embasamento técnico das discussões ambientais. “O debate na área ambiental se ressente da falta de embasamento técnico e essa contribuição da ANA é mais um ‘gol’, mais um trabalho que instrumentaliza uma discussão qualificada e fundamentada sobre os desafios relativos à gestão dos recursos hídricos no País”, destaca. Destaques No aspecto de eventos críticos, em 2011 foram publicados 933 decretos de situação de emergência ou estado de calamidade pública, devido à ocorrência de cheias, em 754 municípios brasileiros (14% do total de municípios do País). O número de decretos em 2011 foi superior ao registrado em 2010, conforme apresentado no Informe 2011, e foi o segundo maior número registrado desde 2003. No que refere às secas e estiagens, em 2011, 125 municípios (cerca de 2% do total de municípios do País) publicaram 127 decretos de situação de emergência devido à ocorrência de estiagem ou seca. Esse valor é inferior ao registrado em 2010, conforme apresentado no Informe 2011, e foi o menor registrado entre 2003 e 2011. Houve melhora no índice de tratamento de esgotos, que passou de 21% em 2000 para 30% em 2008 (percentual do esgoto tratado em relação ao produzido). O documento destaca cidades e regiões com ampliação significativa no tratamento de esgotos entre 2000-2008: as regiões metropolitanas de São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Brasília, Goiânia, além de Curitiba, Londrina e Maringá (PR) e Sorocaba (SP). O Relatório Em 2006, o Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH) deu à ANA a atribuição de elaborar o Relatório de Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil para auxiliar à tomada de decisões do setor. Em 2009, a Agência concluiu a primeira edição do estudo. Desde então, a instituição realiza atualizações anuais. Para 2013, está previsto o Relatório de Conjuntura completamente atualizado e com um balanço dos recursos hídricos dos quatro anos anteriores. Para esta edição, a Agência Nacional de Águas contou com as seguintes parcerias: Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano (SRHU/MMA) e da Secretaria de Biodiversidade e Florestas (SBF/MMA), do Ministério do Meio Ambiente; Departamento Nacional de Obras contras as Secas (DNOCS); Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet); e órgãos gestores estaduais de recursos hídricos e meio ambiente. Acesse o Relatório de Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil – Informe 2012: http://arquivos.ana.gov.br/imprensa/arquivos/Conjuntura2012.pdf Fonte:Ascom/ANA Foto: Ronaldo Kotschor

quarta-feira, 13 de junho de 2012

SABORES DA AMAZÔNIA NA RIO +20

Evento mostrará o potencial das cooperativas na erradicação da pobreza e adoção de práticas sustentáveis Uma amostra do que a floresta amazônica fornece para a alimentação poderá ser conferida – e consumida – na Praça da Sociobiodiversidade . O espaço terá debates sobre a participação da agricultura familiar nos meios de produção sustentáveis dentro da programação paralela da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20). Em pleno Ano Internacional do Cooperativismo , o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) levará produtos dos biomas brasileiros para a Conferência. "A exposição será muito importante para que o público presente tenha contato direto, não apenas vendo como também experimentando esses produtos e conversando com os expositores, que são os próprios agricultores", disse o secretário da Agricultura Familiar do MDA, Laudemir Müller. Além da Amazônia, também estarão expostos no mesmo evento e espaço, produtos do Cerrado, Caatinga e Mata Atlântica. "Estamos promovendo a geração de renda com a floresta em pé, a partir de produtos que são feitos por comunidades rurais e oriundos da nossa biodiversidade", destaca o diretor do Departamento de Geração de Renda e Agregação de Valor da Secretaria da Agricultura Familiar do MDA, Arnoldo de Campos. A Praça da Sociobiodiversidade vai mostrar o potencial das cooperativas na erradicação da pobreza e na adoção de práticas sustentáveis. Estarão presentes 23 empreendimentos de agricultores familiares, povos e comunidades tradicionais e produtores dos Talentos do Brasil que lidam com moda sustentável. O espaço é organizado em conjunto com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Ministério do Meio Ambiente (MMA) e com a Companhia Nacional de Desenvolvimento (Conab). SERVIÇO Praça da Sociobiodiversidade Data: 16 a 22 de junho Horário: das 12h às 20h Local: Aterro do Flamengo

Brasil não admitirá retrocessos na Rio+20

Ministra do Meio Ambiente afirma que documentos aprovados há duas décadas na Rio-92 terão que ser respeitados. Posição brasileira foi consolidada para o encontro internacional. Vladimir Platonow Da Agência Brasil O Brasil não admitirá retrocessos no documento final da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) em relação ao que foi aprovado duas décadas atrás, na Rio-92, disse hoje (12/06) a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. Ela participou, juntamente com o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, de entrevista à imprensa, no Riocentro, durante o intervalo da última reunião da Comissão Nacional para a Rio+20, para consolidar a posição brasileira antes dos encontros internacionais. A reunião também contou com a presença da ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann. "O princípio do não retrocesso foi uma sugestão da própria comissão, que solicitou que o Brasil enfatizasse isso como algo que viesse capeando [envolvendo] aquilo que é a nova Declaração do Rio de Janeiro. Isso foi discutido pelo Brasil no âmbito do G77 [bloco formado pelos países em desenvolvimento], na China, e ofereceu-se, com isso, uma contribuição para o processo formal de negociação da ONU [Organização das Nações Unidas]", disse a ministra do Meio Ambiente. Ela frisou que o princípio de não retrocesso significa não permitir que se reveja o que foi acordado em 1992. "Nós partimos do legado de 92 para a frente", completou. DIÁLOGO A Comissão Nacional para a Rio+20 foi criada em junho do ano passado com objetivo de enfatizar o diálogo entre os diferentes níveis de governo e da sociedade civil, para articular os eixos da participação do país na conferência. Participam integrantes dos governos federal, estadual e municipal, dos Poderes Legislativo e Judiciário, dos meio acadêmico, empresarial e de trabalhadores, dos índios e de grupos tradicionais e de movimentos sociais. Patriota demonstrou otimismo com os resultados da Rio+20 e destacou o grande número de participantes e de eventos, oficiais e paralelos, que já estão ocorrendo na cidade. "Esses eventos representam um marco em si mesmos, na medida em que estaremos reunindo um número significativo de representantes governamentais e da sociedade civil. Já começaram no Rio de Janeiro 54 eventos paralelos, temos 20 mil pessoas credenciadas para o Riocentro, quase 8 mil delegados já chegaram", disse. Segundo a ministra do Meio Ambiente, cerca de 3 mil eventos não oficiais e mais 500 oficiais estão previstos para ocorrer nas próximas duas semanas.

Portela se apresenta hoje na abertura da Rio+20

por Elmano Augusto A Portela, uma das mais tradicionais escolas de samba do Rio de Janeiro, faz um grande show nesta quarta (13), a partir das 17h30m, na abertura da Rio+20, no Riocentro. De manhã, haverá a cerimônia de inauguração do Pavilhão Brasil, no Parque dos Atletas, bem ao lado. Às 13h, está prevista coletiva à imprensa do Secretário-Executivo da Comissão Nacional, embaixador Luiz Figueiredo Machado, e do Secretário-Geral da Rio+20, Sha Zukang. Até sexta-feira (15), o Comitê Preparatório deverá fechar o texto do documento que será submetido à aprovação dos chefes de Estado e de Governo, na Reunião de Cúpula, entre os dias 21 e 22, que encerra a conferência. No meio do caminho, entre 16 e 19, ocorrem os “Diálogos para o Desenvolvimento Sustentável”, espaço criado pelo governo brasileiro, com apoio das Nações Unidas, para ampliar a participação da sociedade civil na Rio+20. Para a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, a inclusão será a tônica da conferência. Inclusão será a tônica da Rio+20, diz ministra Em entrevista à imprensa concedida ontem (terça, 12) após a última reunião da Comissão Nacional da Rio+20, os ministros das Relações Exteriores, Antônio Patriota, e do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, voltaram a afirmar que, ao contrário do que se via no cenário econômico mundial na Rio 92, os países em desenvolvimento têm hoje papel fundamental no processo de condução de políticas para o desenvolvimento sustentável. “Há 20 anos, a crise atingia os países em desenvolvimento. Hoje, o que chamavam de periferia está trazendo respostas. A periferia, de certa maneira, virou o centro”, comentou Patriota, ao afirmar que a crise financeira internacional causa impacto nas negociações para o desenvolvimento sustentável. Países tradicionais doadores, segundo Izabella, estão revendo suas carteiras de financiamento: “A crise pode atrapalhar em soluções de curto prazo para os meios de implementação. Alguns países estão revendo suas carteiras. Isso não é um gargalo. É uma oportunidade para buscar caminhos”, disse ela. Na reunião, foram tratados temas como o fortalecimento do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), produção e consumo sustentáveis, emprego decente e o os oceanos. “Nos 22 temas que estão sendo negociados, os oceanos vêm definir o novo na agenda de proteção dos ecossistemas marinhos. Vamos debater desde a pesca até a energia gerada pelas ondas”, disse Izabella, acrescentando também que a Rio+20 será um debate de inclusão socioambiental. “É o fortalecimento da participação da sociedade civil. Essa é a tônica da conferência: a inclusão.” Questionada sobre se as medidas do governo de estímulo ao consumo — com redução de IPI — são contraditórias, a ministra foi contundente. Ela disse que a Rio+20 discute decisões de longo e médio prazos. Já as medidas, continuou, consideraram questões como crise e desemprego. Fonte: Globo online e Secom/PR