Ao discursar na manhã de hoje (4) sobre energia e clima em sessão de trabalho do G20, a presidenta Dilma Rousseff defendeu que os países desenvolvidos e em desenvolvimento assumam compromissos diferenciados em relação à emissão de gases de efeito estufa. Segundo ela, a Conferência do Clima das Nações Unidas (Cop 17), que acontece neste mês em Durban, na África do Sul, “não pode ser o insucesso de Copenhague”.
Na Conferência, os países em desenvolvimento vão oferecer contribuição, mas a redução das emissões deve ser compatível com a redução da pobreza, disse a presidenta, lembrando o compromisso voluntário assumido pelo Brasil, em Copenhague, de redução de emissões de 36% a 39% em relação à projeção de 2020.
“Os efeitos perversos sobre a emissão de gases de efeito estufa exigem iniciativas urgentes, sem por obrigações financeiras adicionais aos países em desenvolvimento. A responsabilidade pública dos países desenvolvidos é central e deve ser combinada com a participação da iniciativa privada. Na questão do financiamento, não pode haver obrigações intransponíveis para os países em desenvolvimento.”
Dilma Rousseff destacou ainda que na Rio 92 o mundo tomou conhecimento da questão ambiental. Na visão dela, na Rio+20 – que será realizada em 2012 no Brasil – os países voltarão a discutir o modelo de desenvolvimento que as nações querem para o futuro.