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terça-feira, 14 de agosto de 2012

ESPECIALISTAS APONTAM AUMENTO DE ESPÉCIES DE PRIMATAS EM RISCO

Seis espécies de primatas classificados como “criticamente em perigo”; 17, “em perigo”; 13, “vulneráveis”; 13, “quase ameaçadas”; 13, “com dados insuficientes”; 76, em situação “menos preocupante”; e uma considerada “não aplicável para a avaliação no Brasil”. Esse foi o resultado da oficina promovida pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Primatas Brasileiros (CPB), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que avaliou 139 táxons, entre os dias 30 de julho e 3 de agosto, na Academia Nacional da Biodiversidade (Acadebio), em Iperó (SP). Em comparação com a avaliação anterior, o número de espécies de primatas ameaçadas (criticamente em perigo, em perigo e vulnerável) aumentou de 26 para 36 e outras 56 receberam categorização diferente, sendo que, dessas, nove tiveram o grau de ameaça aumentado, enquanto 11 foram classificados em uma categoria de menor risco. Lista Vermelha A oficina integra o processo de Avaliação do Estado de Conservação da Fauna Brasileira, cujos desdobramentos culminarão no lançamento da versão atualizada da Lista de Espécies Ameaçadas de Extinção, também conhecida como Lista Vermelha. Envolvendo 38 especialistas de diversas instituições, o encontro, organizado com o apoio da Coordenação de Avaliação do Estado de Conservação da Biodiversidade (Coabio), do ICMBio, avaliou todos os 137 táxons indicados anteriormente com ocorrência no Brasil, sendo incluídos dois novos por sugestão dos pesquisadores. O processo foi dividido entre dois grupos de trabalho para avaliar os primatas amazônicos e não-amazônicos, respectivamente. Para cada táxon, foi realizada a leitura e análise de sua ficha pela plenária que apontava, sempre quando necessário, os pontos de correção ou inserção de novas informações. Além da ficha, a plenária avaliou os mapas de distribuição de cada espécie, também identificando os pontos de correção ou inserção de novos dados. Após as análises das fichas e mapas, cada táxon foi categorizado de acordo com os critérios da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN). Validação O resultado da avaliação será validado por especialistas na aplicação de critérios e categorias da UICN para posterior publicação das fichas técnicas com respectivas avaliações de cada espécie. Ao final da oficina, os participantes manifestaram grande satisfação com a possibilidade de colaborar para o processo de avaliação e poder contribuir para o estabelecimento de políticas públicas voltadas à conservação dos primatas do Brasil. “Fiquei muito satisfeita, primeiramente pelo objetivo alcançado, mas também pela produtividade da oficina, pois todos os presentes contribuíram muito com informações que enriqueceram as discussões e com entusiasmo na realização do trabalho. Foi uma excelente reunião, com debates de alto nível”, destacou Amely Martins, que cuida do processo de Avaliação do Estado de Conservação dos Primatas Brasileiros pelo CPB. Participantes A oficina contou com a participação de uma equipe de quatro redatores formada por Emanuella Félix, Gabriela Ludwig, Maurício Santos e Taíssa Régis, todos do CPB/ICMBio; três técnicos responsáveis pela espacialização dos dados durante a oficina – André Alonso e Ivy Nunes, do CPB/ICMBio, e Werner Gonçalves, do Centro Nacional de Sensoriamento Remoto (CSR/Ibama); dos facilitadores Carlos Eduardo Guidorizzi, da Coabio, e Roberta Santos, do Centro de Pesquisa e Gestão de Recursos Pesqueiros do Litoral Sudeste e Sul (Cepsul/ICMBio); e da coordenadora de Avaliação do Estado de Conservação da Biodiversidade, Rosana Subirá. Participaram ainda pesquisadores do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Amazônica (Cepam/ICMBio), Parque Nacional do Viruá, Conservation International, Instituto Florestal de São Paulo, Instituto Mamirauá, Universidade Federal de São João del-Rei, Museu Paraense Emilio Goeldi, Universidade Federal do Acre, Universidade Federal de Goiás, Wildlife Conservation Society, Universidade Federal do Paraná, Universidade do Estado de Mato Grosso, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Universidade da Califórnia, Universidade Federal de Santa Catarina, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto de Estudos Socioambientais do Sul da Bahia, Universidade Federal do Pará, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Fundação Universidade Federal de Rondônia, Universidade Estadual do Rio Grande do Sul, Universidade Estadual de Montes Claros, Centro de Estudos Ecológicos e Educação Ambiental e Instituto de Pesquisas Ecológicas. Comunicação ICMBio