sexta-feira, 31 de agosto de 2012
RASO DA CATARINA TREINA BRIGADAS ANTI-INCÊNDIO
O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), por meio da Estação Ecológica (Esec) Raso da Catarina, na Bahia, realizou o 6º Curso de Formação de Brigada da unidade, entre os dias 20 e 24 de agosto.
Foram formados 30 brigadistas. Desses, 12 foram selecionados para contratação e dois chefes de esquadrão da região do entorno da Esec. Nesta edição, pela primeira vez, foi realizada uma aula prática de caminhada com ferramentas dentro da unidade de conservação (UC), visando a aproximação da realidade de campo que os brigadistas enfrentarão.
O curso foi realizado pelo ICMBio, com o apoio da Secretaria Municipal de Saúde de Paulo Afonso, do Clube dos Jipeiros e da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), que cedeu os espaços de auditório e alojamento, pelo segundo ano consecutivo.
A Esec Raso da Catarina tem cerca de 100 mil hectares, está localizada no bioma caatinga e passa por um grande período de seca com alto risco de incêndios, necessitando assim, anualmente da formação de brigadistas para prevenção e combate a incêndios.
A UC recebeu importantes ferramentas para prevenção e combate neste último ano, conta com uma torre de vigilância com 25 m de altura que permite visualizar uma parte significativa da unidade, recebeu um Jeep Pick Up Marruá que trará mais segurança e agilidade às ações da brigada e um trator 4x4 para abertura de aceiros.
Além disso, haverá nos próximos dias a instalação de internet via satélite na sede de campo da Esec, o que tornará mais efetivo o monitoramento online com um tempo de resposta mais rápido e o sistema de rádio comunicação.
Comunicação ICMBio
quinta-feira, 30 de agosto de 2012
PARQUE DO ITATIAIA LANÇA PROJETO PARA ESCOLAS PÚBLICAS
O Parque Nacional do Itatiaia, localizado no estado do Rio de Janeiro, iniciou em agosto o Projeto “O Parque Nacional do Itatiaia vai à escola: Um olhar sobre a Educação Ambiental na Transversalidade Curricular”.
O objetivo é realizar estudos da fauna, flora, mananciais, beleza cênica e outros na unidade de conservação, envolvendo aspectos ilustrativos ao desenvolvimento dos conteúdos propostos pelos Parâmetros Curriculares Nacionais relacionados ao meio ambiente e a saúde.
O projeto é executado em parceria com a Associação Educacional Dom Bosco (AEDB), em Resende, com os alunos das disciplinas de Biologia, Letras, Pedagogia, Comunicação Social e Recursos Humanos.
A expectativa é atender, em dois anos, alunos de 70 escolas públicas de ensino fundamental, abrangendo os municípios de Itatiaia, Resende, Porto Real e Quatis, localidades mais próximas do Parque Nacional do Itatiaia e da AEDB.
Serviço:
Mais informações sobre o projeto pelos telefones: (24) 3352-1292/6894/2288.
Comunicação ICMBio
Especialista em Direito Ambiental dá dicas para concurso do Ibama
O Ibama está oferecendo 300 vagas de nível médio em vários estados para o cargo de técnico administrativo, com salário de R$ 2.580,72. As inscrições podem ser feitas até o dia 13 de setembro e a prova deve ser aplicada em outubro. Como em todo concurso público, na hora dos estudos é preciso ficar atento ao edital. Segundo a especialista em Direito Ambiental Norma Sueli Padilha, autora do livro Fundamentos Constitucionais do Direito Ambiental Brasileiro (Campus/Elsevier), a legislação ambiental não deve ser menosprezada.
“Ela é extensa e complexa e sua leitura deve ser feita com olhos no capítulo do meio ambiente na Constituição Federal, que é a espinha dorsal de todo o direito ambiental, ou seja, nos fundamentos constitucionais, nos princípios ambientais e, no caso específico do concurso, creio que a dica são os instrumentos administrativos de defesa do meio ambiente. Como exemplo, podemos citar o licenciamento ambiental, o estudo prévio de impacto ambiental e outros que podem ser analisados a partir do artigo 9 da Lei 6938/81, que é uma lei essencial neste concurso”, explica.
Além da legislação ambiental, Norma destaca a competência, que, segundo ela, também é um tema importante e recentemente sofreu alterações. A especialista lembrou ainda das resoluções do Conama, da competência do Ibama e do poder de polícia ambiental.
“Reitero que não há como se compreender a legislação ambiental sem antes se aprofundar nos fundamentos constitucionais do direito ambiental brasileiro, pois é CF/88 que alicerça todo o arcabouço legislativo ambiental”, finalizou a autora.
As vagas são para os estados do Acre, Alagoas, Amapá, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins. A editora Campus/Elsevier tem algumas obras indicadas como fonte de estudo, como os livros Direito Ambiental e Direito Ambiental e Urbanístico, além de várias outros.
quarta-feira, 29 de agosto de 2012
INCÊNDIOS FLORESTAIS SE ALASTRAM EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO FEDERAIS
Brasília (29/08/2012) – Boletim expedido na noite desta terça-feira (28) pela Coordenação de Emergências Ambientais, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), indica que os incêndios florestais tendem a se alastrar em unidades de conservação (UCs) federais que ficam na região de mais baixa umidade do país. A vegetação seca e os fortes ventos ajudam a espalhar o fogo.
Segundo o boletim, além dos quatro parques nacionais que na sexta-feira estavam classificados no nível II (incêndio de médio porte) – Araguaia (TO), Canastra (MG), Nascentes do Parnaíba (PI) e Serra das Mesas (MA) –, mais duas outras UCs entraram nessa lista – a Floresta Nacional (Flona) de Carajás, no Pará, e o parque Campos Amazônicos, entre os estados de Amazonas, Mato Grosso e Rondônia.
Na flona, os brigadistas do ICMBio e da Vale, que explora jazida de minério de ferro na região, tinham o apoio de helicóptero com bambi bucket (espécie de cesta plástica que solta água sobre a vegetação em chamas), carros pipas e caminhões. No Campos Amazônicos, o apoio era dado pelo Prev-Fogo (Centro Nacional de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais), do Ibama.
De acordo com critérios técnicos, incêndios de nível I são de pequeno porte. Nesse caso, o combate é feito unicamente pelas brigadas da unidade. Os de nível II, médio porte, são incêndios maiores e exigem o apoio de parceiros em nível local ou regional. Já os de nível III são grandes incêndios. Para debelá-los, é preciso uma articulação de forças mais ampla, envolvendo a União, os estados e os municípios.
Comunicação ICMBio
terça-feira, 28 de agosto de 2012
Água – Conhecimento para Gestão abre inscrições para cinco cursos
Nesta semana, o projeto Água – Conhecimento para Gestão abriu inscrições para cinco cursos gratuitos: outorga do direito de uso dos recursos hídricos, modelagem da qualidade da água em reservatório, elaboração de spots de rádio e manuseio de plataforma web rádio, hidrologia básica e qualidade de água em reservatórios. Entre eles há cursos inteiramente a distância e mistos (presenciais e a distância). As despesas com passagens, hospedagem e diárias são por conta do aluno ou de sua instituição em caso de atividades presenciais, que acontecerão em . A relação dos cursos pode ser acessada no link http://www.aguaegestao.com.br/pt-br/cursos/abertos
O projeto Água – Conhecimento para Gestão é um convênio entre a Agência Nacional de Águas (ANA), Fundação Parque Tecnológico Itaipu e Itaipu Binacional. Seu objetivo é desenvolver ações de comunicação, difusão, mobilização social, capacitação e educação para a gestão de recursos hídricos no Brasil e demais países da América Latina. São 24 cursos de capacitação complementar, além de ferramentas de educomunicação que atingirão 300 mil pessoas. Alguns dos temas serão ministrados também em espanhol.
Cursos oferecidos
Outorga do Direito de Uso dos Recursos Hídricos
Público-Alvo: Membros de comitê de bacia e agentes gestores.
Objetivo: Fornecer informações sobre os diversos aspectos que dizem respeito à outorga de recursos hídricos.
Carga horária: 20 horas a distância
Inscrições: até o dia 31 de agosto
Divulgação dos selecionados: 11 de setembro (Turma 1), 9 de outubro (Turma 2) e 13 de novembro (Turma 3)
Período de realização: 17 de setembro a 11 de outubro
Vagas: 150
Idioma: português
Modelagem da Qualidade da Água em Reservatório
Público-Alvo: Agentes gestores e usuários.
Objetivo: Fornecer maior compreensão e entendimento das ferramentas matemáticas para simulação de qualidade da água que auxiliam na tomada de decisões no processo de gestão integrada de recursos hídricos.
Carga horária: 68 horas (24 presenciais em Brasília e 44 a distância)
Inscrições: 20 de agosto a 6 de setembro
Divulgação dos selecionados: 18 de setembro
Período de realização: 24 de setembro a 24 de novembro
Vagas: 50
Idiomas: português e espanhol
Elaboração de Spots de Rádio e Manuseio de Plataforma Web Rádio
Público-Alvo: Membros de comitês de bacia. EXCLUSIVO PARA ALUNOS PRÉ-SELECIONADOS do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Piranhas-Açu.
Objetivo: Aplicar as técnicas de comunicação para produção de spots de rádio e conteúdos radiojornalísticos, e de uso e manuseio da Plataforma Web Rádio Água, com vistas ao fortalecimento das ações promovidas pelos Comitês de Bacias Hidrográficas. OBS: As despesas com deslocamento e diárias para as aulas presenciais são de responsabilidade do participante ou de sua instituição de origem.
Carga horária: 38 horas (16 presenciais em Caicó (RN) e 22 a distância)
Inscrições: 13 a 24 de agosto
Divulgação dos selecionados: 4 de setembro
Período de realização: 10 de setembro a 24 de outubro
Vagas: 30
Idioma: português
Hidrologia Básica
Público-Alvo: Agentes gestores.
Objetivo: Capacitar profissionais para o entendimento e aplicação de técnicas de hidrologia básica, contemplando fundamentos teóricos e práticos, em situações que condizem com as necessidades da gestão de recursos hídricos.
Carga horária: 40 horas a distância
Inscrições: 20 de agosto a 6 de setembro
Divulgação dos selecionados: 18 de setembro
Período de realização: 24 de setembro a 11 de novembro
Vagas: 30
Idioma: português
Qualidade de Água em reservatórios
Público-Alvo: Agentes gestores e usuários.
Objetivo: Fornecer maior compreensão sobre a qualidade da água em reservatórios para aperfeiçoar a tomada de decisão.
Carga horária: 40 horas a distância
Inscrições: 20 de agosto a 6 de setembro
Divulgação dos selecionados: 18 de setembro
Período de realização: 24 de setembro a 11 de novembro. ATENÇÃO! A DATA DE REALIZAÇÃO DO CURSO SERÁ ALTERADA. Em breve o cronograma será atualizado!
Vagas: 50
Idioma: português e espanhol
Texto:Ascom/ANA
segunda-feira, 27 de agosto de 2012
Jovens indígenas recebem capacitação sobre segurança alimentar
Jovens indígenas recebem
capacitação sobre segurança alimentar
Estudantes indígenas das etnias Ticuna e Kokama participam de oficinas de comunicação na região do Alto Rio Solimões (Amazonas), desta segunda-feira até o dia 13 de novembro. Serão 42 adolescentes indígenas das comunidades de Umariaçu (Tabatinga), Filadélfia (Benjamin Constant) e Colônia São Sebastião (São Paulo de Olivença) que atuarão, posteriormente, como multiplicadores.
A iniciativa é do Fundo das Nações Unidas pela Infância (Unicef), juntamente com parceiros. O objetivo é fortalecer a participação dos jovens indígenas para que ajudem suas comunidades e municípios a enfrentar desafios e buscar soluções em relação a temas relacionados à segurança alimentar e nutricional no contexto indígena, ao direito humano à alimentação adequada e à Convenção nº 169 sobre Povos Indígenas e Tribais da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Durante as oficinas, os adolescentes produzirão peças de comunicação, utilizando ferramentas como jornal mural, fotografia, rádio, vídeo e blog. A iniciativa faz parte do Programa Conjunto de Segurança Alimentar e Nutricional de Mulheres e Crianças Indígenas no Alto Rio Solimões (AM) e em Dourados (MS) – PCSAN, cujo propósito é contribuir para a garantia dos direitos à saúde e à alimentação saudável para a população indígena das duas regiões prioritárias.
O Programa Conjunto vem sendo realizado, desde 2010, por cinco organismos das Nações Unidas (FAO, PNUD, Opas/OMS, OIT e Unicef), em parceria com o Governo Brasileiro, representado pela Fundação Nacional do Índio (Funai); Ministério da Saúde (MS); Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS); e Agência Brasileira de Cooperação (ABC).
A iniciativa conta com o financiamento do Fundo das Nações Unidas para o Alcance dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio e parcerias com instituições públicas locais, universidades, entidades da sociedade civil, lideranças e organizações indígenas envolvidas na implementação das ações.
Entre os parceiros das oficinas de comunicação estão as prefeituras municipais de Tabatinga, Benjamin Constant e São Paulo de Olivença; Funai Alto Rio Solimões; DSEI Alto Rio Solimões; lideranças indígenas das três comunidades (Umariaçu, Filadélfia e Colônia São Sebastião), Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Instituto Federal do Amazonas (IFAM), Rádio Nacional Alto Solimões e Organização Geral dos Professores Ticuna.
A partir de demandas das comunidades e prioridades estabelecidas nos programas governamentais do Brasil, desde 2010, o Programa Conjunto tem apoiado a qualificação e integração de políticas públicas voltadas para a segurança alimentar e nutricional nas duas regiões, especialmente nas áreas da saúde, da alimentação e do desenvolvimento social em nível local, com a finalidade de garantir direitos e promover a equidade.
O projeto contribui ainda para o empoderamento dos povos indígenas com relação à Declaração dos Direitos dos Povos Indígenas e à Convenção n°169 da OIT, além do alcance dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.
Espera-se que, a partir das oficinas de comunicação, os estudantes indígenas sintam-se motivados a contribuir com a promoção, disseminação e mobilizações que fortaleçam a segurança alimentar e nutricional nas comunidades indígenas, na perspectiva dos direitos humanos e dos povos indígenas.
“O Programa Conjunto, por meio das oficinas de comunicação, pretende fortalecer a participação dos jovens indígenas como agentes capazes de ajudar a promover mudanças em suas comunidades”, destaca a coordenadora do programa, Cristina Albuquerque.
AOS 22 ANOS, PROJETO GOLFINHO-ROTADOR MOSTRA RESULTADOS
O Projeto Golfinho-Rotador completa 22 anos nesta quinta-feira (23), apresentando resultados que o colocam na condição de uma das mais respeitadas iniciativas de conservação do mundo. Coordenado pelo Centro Mamíferos Aquáticos, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), e executado pelo Centro Golfinho-Rotador, o projeto é responsável pelas ações de proteção desse simpático animal no arquipélago de Fernando de Noronha, no litoral de Pernambuco.
“A alta frequência de golfinhos-rotadores, a falta de conhecimento sobre esses animais e a iminência do crescimento desordenado do turismo em Fernando de Noronha levaram à criação do Projeto Golfinho Rotador em 23 de agosto de 1990”, conta José Martins, analista ambiental do ICMBio, fundador e coordenador do projeto.
Atualmente, segundo Martins, o Golfinho-Rotador conta com patrocínio da Petrobras e apoio financeiro do Conselho Federal Gestor do Fundo de Defesa de Direito Difuso do Ministério da Justiça e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ).
Realizações
Nesses 22 anos, o projeto acumula várias realizações. José Martins cita algumas: “Propomos, divulgamos e passamos a fiscalizar o cumprimento das normas de conservação de cetáceos em Fernando de Noronha; inserimos a temática da sustentabilidade da ocupação humana na ilha; contribuimos para ampliar a consciência dos ilhéus e visitantes quanto à necessidade de se preservar os golfinhos; descrevemos para a espécie Stenella longirostris os comportamentos de descanso, reprodução, guarda e amamentação em ambiente natural; e capacitamos noronhenses para atuar no mercado de trabalho no turismo”.
Ainda segundo José Martins, o Projeto Golfinho Rotador atua no Distrito Estadual de Fernando de Noronha, com a comunidade local e com os visitantes, mas desenvolve também ações de pesquisa em todo o mar territorial do Nordeste e participa de atividades científicas, de divulgação e políticas no Brasil e no exterior. As ações são executadas por meio de três programas: pesquisa, educação ambiental e envolvimento comunitário.
Pesquisa
O programa de Pesquisa, explica Martins, consiste no estudo da história natural dos golfinhos-rotadores por meio de setes subprogramas: ocupação e distribuição de cetáceos, ecologia comportamental, catalogação dos golfinhos, caracterização genética, interação do turismo com os golfinhos, comportamento trófico e Rede de Encalhes de Mamíferos Aquáticos. “Os pesquisadores somam 5.532 dias e 39.554 horas de observação e 1.289 mergulhos com golfinhos em Noronha. Os resultados das pesquisas foram publicados em três teses de doutorado, cinco dissertações de mestrado, 32 trabalhos de conclusão de curso e 127 trabalhos científicos”, informa José Martins.
O programa de Educação Ambiental, realizado em parceria com a APA e o Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha e a Escola AFN, tem como foco a temática marinha e as inter-relações ecológicas desse ecossistema com o cotidiano da população local e dos visitantes. Atua por meio de oficinas ambientais temáticas e orientação à visitação turística. “Foram realizados atendimentos a 331.985 turistas por meio de orientação em campo e palestra. Para os estudantes noronhenses, foram promovidas 646 oficinas teóricas e práticas de educação ambiental, envolvendo 8,1 mil alunos”, ressalta o coordenador.
Envolvimento da comunidade
Já o programa de Envolvimento Comunitário, destaca José Martins, objetiva estimular o desenvolvimento sustentável de Fernando de Noronha, promovendo, entre outras coisas, a capacitação profissional dos moradores. Busca, também, consolidar a representatividade em conselhos locais e apoia iniciativas culturais e esportivas. Nessa linha, são executados quatro subprogramas: Capacitação Profissional, Sustentabilidade, Gestão Participativa e Apoio Cultural. “Entre as principais ações desse programa estão a realização de 54 cursos profissionalizantes em ecoturismo para a comunidade noronhense, atingindo 2.695 ilhéus, e auditoria socioambiental de 75 hospedarias domiciliares”, reforça o analista ambiental do ICMBio.
Além disso, conclui Martins, o Projeto Golfinho Rotador também participa ativamente em todos os seis conselhos comunitários de FN (do parque, da APA, de Turismo, de Assistência Social, de Educação e de Saúde) e dá apoio financeiro e logístico a três grupos culturais e esportivos locais (maracatu, capoeira e surf).
Comunicação ICMBio
sexta-feira, 24 de agosto de 2012
XVI Congresso Brasileiro de Arborização Urbana, em Uberlândia MG
O XVI Congresso Brasileiro de Arborização Urbana, que acontecerá de 1º a 7 de setembro, no Center Convention, em Uberlândia (MG), abriu espaço para acadêmicos de arquitetura, biologia, geografia, engenharia florestal e agronomia ou que tenham formação acadêmica em algum campo relacionado à arborização para apresentação de trabalhos científicos. Cerca de 60 trabalhos foram aprovados. Dentre os temas abordados estão: arborização em áreas específicas das cidades, manejo de espécies arbóreas, relação entre fauna e flora, fatores de transição da arborização urbana, níveis de riscos aceitáveis para a arborização urbana, transplante de árvores e outros.
O CBAU além de ser um congresso que reunirá palestrantes nacionais e internacionais, é também um evento que busca difundir a arborização urbana, discutir temas, conscientizar e ser um espaço para aquisição e transmissão de conhecimento, como será feito com as apresentações de trabalhos técnico-científicos realizados por acadêmicos de várias partes do país.
Além da apresentação de trabalhos, o CBAU oferecerá também vários minicursos com temas diversificados, como: melhores práticas de manejo – poda de árvores, produção de mudas para arborização urbana, análise de risco de queda de árvores, dendrologia e identificação de árvores para meio urbano – ênfase no bioma cerrado, e por último, paisagismo e planejamento urbano. Todos os minicursos serão realizados no dia 6 de setembro.
Acesse
Site: www.cbau2012.com.br
PARCERIA REALIZA PRIMEIRA COLETA DE SEMENTES NO JARDIM BOTÂNICO DE GOIÂNIA (GO)
Ação tem o objetivo de produzir mudas nativas do cerrado na tentativa de recuperar as áreas degradadas
A Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma) através de seu viveiro, o Jardim Botânico, a Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) e o Corpo de Bombeiros promoveram quarta-feira, 22, a primeira coleta de sementes, flores, frutos e folhas do Jardim Botânico. Essa ação tem o objetivo de produzir mudas nativas do cerrado na tentativa de recuperar as áreas degradadas.
Segundo a presidente da Amma, Maysa Margareth Toledo Constantino, esse trabalho é de extrema importância para a população. “Precisamos promover a preservação da biodiversidade, por isso a necessidade da manutenção das áreas verdes. Esses métodos de coleta de substratos permitem a confecção de mudas e a catalogação a critério de pesquisa, ajudando na revegetação e manutenção de espécies que correm risco de extinção”, declara.
Conforme a chefe de Divisão de Pesquisa do Jardim Botânico, Georgia Ribeiro, o objetivo maior da ação é a recuperação das áreas degradadas. “Com a coleta e a produção de mudas será possível revegetar áreas com plantas nativas do cerrado, além de incorporar novas espécies ainda não catalogadas no herbário (coleção de flores, frutos, sementes e folhas secas). Esse evento é uma atividade inédita em nossa cidade”, diz.
A coleta é feita de forma manual, através de um equipamento chamado podão. Esse aparelho possui 7 metros, o que permite a coleta em partes mais altas das árvores. O viveiro da Amma também coletou sementes para confecção de mudas, que serão doadas para a população através do Programa Plante a Vida. Já a Comurg realizou a coleta com o intuito de produzir mudas para serem plantadas em ilhas e praças da cidade.
O Jardim Botânico recebe em média, por ano, 7.000 crianças e adolescentes de escolas da cidade, com o objetivo de promover a educação ambiental, através da inserção da concepção de preservação e manutenção do meio ambiente. Estudantes de universidades também acompanham de perto o desenvolvimento do Jardim Botânico através de pesquisas. “A unidade de conservação, com uma área de um milhão de metros quadrados, possui um viveiro com plantas ornamentais, medicinais e nativas do cerrado, um herbário com 420 espécies catalogadas, um borboletário, além da parceria com os cursos de Agronomia e Biologia da Universidade Federal de Goiás (UFG)”, afirma Georgia.
Autor: Alinny Vieira
INCÊNDIOS ATINGEM PARQUES NACIONAIS
Três unidades de conservação federais – os parques nacionais do Araguaia, em Tocantins, das Nascentes do Rio Parnaíba, na divisa dos estados do Piauí, Maranhão e Bahia, e da Serra da Canastra, em Minas – eram castigadas, até o início da noite desta quinta-feira (23), por incêndios florestais de médio porte (nível II).
De acordo com o boletim emitido às 18h28, pela Coordenação de Emergências Ambientais, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), em Brasília, outras cinco unidades também sofriam com focos de incêndio, mas de pequeno porte (nível I). A área queimada em cada UC não foi divulgada.
No Araguaia, onde a situação parecia mais grave, dois aviões air tractor, contratados pelo ICMBio, faziam o lançamento de água sobre a vegetação em chamas. Por terra, 30 brigadistas do Instituto e do Ibama, baseados em Pium e Formoso do Araguaia, combatiam o fogo na região do Retiro dos Bois, porção norte da unidade. Eles tinham o apoio da Funai e da Defesa Civl de Tocantins.
No parque Nascentes do Parnaíba, o fogo era combatido por 28 brigadistas do ICMBio e Ibama, enquanto na Serra da Canastra, segundo o boletim, a situação parecia estar sob controle. As informações eram de que o fogo havia sido exintido na região da Babilônia. Apesar disso, o ICMBio mantinha dois aviões air tractor na unidade.
De acordo com critérios técnicos, incêndios de nível I são de pequeno porte. Nesse caso, o combate é feito unicamente pelas brigadas da unidade. Os de nível II, médio porte, são incêndios maiores e exigem o apoio de parceiros em nível local ou regional. Já os de nível III são grandes incêndios. Para debelá-los, é preciso uma articulação de forças mais ampla, envolvendo a União, os estados e os municípios.
Comunicação ICMBio
quinta-feira, 23 de agosto de 2012
ILHABELA (SP) RECEBEU UMA VISITA ESPECIAL HOJE
Uma enorme baleia entrou pelo canal e fez exibições para quem teve a sorte de axistir esse belo espetáculo.
FOTO: Isabela Rusconi.
Campanha pela isenção de impostos sobre carros elétricos
A Vez do Brasil, empresa brasileira localizada em Curitiba, lançou uma campanha através da rede social Facebook mobilizando os usuários na luta pela isenção de impostos sobre veículos elétricos no Brasil.
O intuito é conscientizar a população sobre a urgência de aprovação de leis que garantam a isenção ou diminuição de impostos sobre os carros elétricos no Brasil, além de incentivos para a produção de carros elétricos nacionais.
Segundo o CEO da empresa, Tony Saad, se houvesse um plano de incentivos de isenção de impostos para a produção do carro elétrico, tanto no produto final quanto em sua cadeia produtiva, seria possível disponibilizar o modelo SEED da empresa a valores aproximados aos dos carros populares à gasolina comercializados hoje no país.
“Precisamos urgentemente quebrar esse círculo vicioso de P&D que o Brasil vem enfrentando há anos, pois os países do 1º mundo incentivam fortemente suas indústrias e inovações e os produtos acabam chegando por aqui primeiro que os produtos nacionais. Precisamos sim, transformá-lo num circulo VIRTUOSO, como por exemplo, os veículos elétricos legitimamente nacionais, incentivando seu desenvolvimento e produção no país antes que, novamente, nossa única opção em mais alguns anos seja comprar produtos importados.” Comenta Tony Saad.
A importância de proteção ao desenvolvimento nacional
Uma das grandes preocupações do executivo sobre o cenário de carros elétricos no Brasil está na isenção de impostos sobre importações que não permitam o crescimento dos empreendedores brasileiros:
“Isentar os impostos de importação sem proteger a produção nacional seria, no mínimo, matar a P&D e as iniciativas da nossa indústria, uma vez que os veículos elétricos importados chegarão aqui com uma forte sobrecarga de incentivos de seus governos de origem. Precisamos de mais carros elétricos circulando no país, sejam nacionais ou estrangeiros, mas também precisamos lembrar que nossa indústria depende de incentivos governamentais para enfrentar a concorrência sem ser esmagada por ela.” Afirma o CEO da Vez do Brasil.
Tony ressalta também a necessidade de incentivos para que a indústria nacional se amplie, estimulando desenvolvedores brasileiros a tirarem seus projetos da garagem com garantias que a produção nacional prevaleça sobre os importados.
“É preciso uma iniciativa que isente impostos sobre os carros elétricos genuinamente desenvolvidos e produzidos no Brasil, isentando também de impostos sua cadeia de fornecimento Supply-Chain, além de proteger e incentivar as iniciativas da indústria nacional.
Existem muitos projetos de garagem que poderiam sair do papel e criar um mercado nacional forte e competitivo sem necessidade alguma de dependência de importação de tecnologia estrangeira.” Salienta Tony.
Mais carros elétricos nas ruas
Com a aprovação de leis que fomentem a aquisição de carros elétricos no país, os benefícios para o meio-ambiente são incomensuráveis. O veículo elétrico é a única solução zero ruído, zero emissão de gases de efeito estufa e zero emissão de poluentes.
Além da natureza, ganha também o consumidor. O custo por quilômetro rodado situa-se abaixo do custo do veículo tradicional e exigências de manutenção são menos frequentes. Um motor a combustão possui de 300 a 400 partes móveis, enquanto um elétrico tem três. A mecânica do veículo elétrico também é mais simples, pois este não tem itens como caixa de marchas, bomba de combustível, filtros, correias, bico injetor, radiador, mangueiras, alternadores, canos de escapamento, tanque de combustível, etc. Tais itens, atualmente, são responsáveis por 90% dos problemas de manutenção e assistência técnica dos veículos convencionais.
Para participar da campanha, basta ter um perfil na rede social e compartilhar as imagens na sua timeline.
Sobre o carro elétrico da VEZ do Brasil
A Vez do Brasil está fase final de captação de recursos para a constituição de sua unidade industrial piloto, uma montadora de veículos elétricos com emissão zero de poluentes, voltada primordialmente para o crescente mercado de Veículos Ambientalmente Corretos – Veículos Verdes!
O carro, com tecnologia 100% nacional, tem autonomia média de 100Km, o que equivale a dizer que ele pode rodar cerca de 60 a 140Km com as baterias a plena carga dependendo das características de dirigibilidade do condutor, bem como das características médias da topografia como aclive, plano e declive, ambos exatamente como em qualquer veículo convencional modelo Flex.
Iniciando a produção com modelos City Car e Utilitários, os carros poderão ser abastecidos em qualquer tomada convencional 110V ou 220V. Além disto, já estão em desenvolvimento totens para carga rápida que funcionarão como os parquímetros nas vagas de rua, ou locais públicos.
Mais informações no site www.vezdobrasil.com.br
Escritor indígena lança livro para crianças sobre os povos da floresta
Vencedor do 8º Concurso FNLIJ Tamoios de Textos de Escritores Indígenas, a história 'Olho d’água - O caminho dos sonhos', de Roni Wasiry Guará, do povo indígena Maraguá, pode agora ser lida por todos: a Autêntica Editora publica em livro o texto vencedor, possibilitando que chegue às mãos de mais pessoas.
Numa narrativa emocionada, o autor fala do passado e do presente da vida dos índios de sua tribo, uma das poucas de origem Aruak no Baixo Amazonas. Lembra dos “tempos de paz”, quando corriam à vontade pelas florestas, exerciam livremente seus costumes e tradições, tiravam da terra o próprio sustento com o respeito e o cuidado devidos. Resgata costumes, valores e tradições aprendidos com os mais velhos. E chega aos “tempos de mudança”, com a vinda do homem branco: a devastação, as doenças, a miséria, a descaracterização e a degradação da vida dos povos indígenas.
Com uma linguagem simples e comovente, Roni Wasiry Guará não apenas mostra cenas e traços da cultura indígena, mas também provoca reflexão sobre a liberdade e a responsabilidade de cada um para com o planeta e a natureza.
Como explica o ilustrador Walther Moreira Santos, o título significa também um lugar sagrado, pois os olhos d’água são a origem da própria vida. Foi com esse sentimento, de quem se aproxima de algo sagrado, que ele ilustrou as páginas do livro, usando, basicamente, aquarela e lápis de cor. Para a capa, como fundo, usou uma tela de tinta acrílica sobre um pedaço de madeira que resgatou de uma fogueira de São João.
Sobre o autor – Natural do Paraná do Ramos, no Amazonas, Roni Wasiry Guará é professor da escola CFR – Casa Familiar Rural, que trabalha com questões voltadas para o desenvolvimento sustentável, a preservação ambiental, o manejo florestal e técnicas agrícolas. Formado em Pedagogia Intercultural Indígena, dá palestras sobre temas indígenas, além de trabalhar como radiologista em Boa Vista do Ramos (AM), cidade onde vive com sua família.
Sobre o ilustrador - Walther Moreira Santos é pernambucano de Vitória de Santo Antão. É formado em Direito, mas o que gosta mesmo de fazer é escrever e ilustrar. Autor de várias obras para adultos, possui 21 livros autorais publicados, diversos ilustrados, mais 170 mil exemplares vendidos, 100 prêmios literários e três peças teatrais montadas. Pela Autêntica, publicou A longa lenga-lenga de Nona Milonga (http://migre.me/aogBv) , Tem tupi na oca e em quase tudo o que se toca (http://migre.me/aogDK) e tem, no prelo, Gata Mirrada e outros poemas.
Título: Olho d’água - O caminho dos sonhos
Autor: Roni Wasiry Guará
Ilustração: Walther Moreira Santos
Número de páginas: 32
Formato: 21 x 24 cm
Preço: R$ 29,00
Indicação: a partir de 9 anos
ISBN: 978-8565381-25-3
ICMBIO PROMOVE OFICINA DE VALIDAÇÃO DA FAUNA BRASILEIRA
Foto: Ronaldo Kotscho.
O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), por meio da Coordenação de Avaliação do Estado de Conservação da Biodiversidade (Coabio), promove entre os dias 27 e 31 de agosto, a Oficina de Validação das Avaliações da Fauna Brasileira. O encontro acontecerá no Hotel Nacional, em Brasília, e contará com a participação de especialistas dos diferentes grupos taxonômicos e de servidores do Instituto.
O principal objetivo do encontro será analisar a consistência da aplicação do método UICN para validar as categorias de ameaça indicadas pela comunidade científica brasileira para as espécies durante as Oficinas de Avaliação da Fauna Brasileira.
Os 11 centros de pesquisa ligados ao ICMBio tiveram participação no processo e estarão presentes com representantes do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (CENAP), Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Aquáticos (CMA), Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Peixes Continentais (CEPTA), Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Répteis e Anfíbios (RAN) e Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade do Cerrado e Caatinga (CECAT).
Segundo Rosana Subirá, coordenadora da Coabio, o Instituto já organizou 34 oficinas de avaliação da fauna brasileira e a validação permite que dois especialistas na metodologia, que não participaram da avaliação do grupo, avaliem a aplicação das categorias. “É a etapa final do processo de avaliação do risco de extinção da fauna brasileira. Esta oficina irá finalizar o processo de avaliação de diversos grupos taxonômicos que foram avaliados entre 2008 e 2011. É a primeira oficina deste tipo realizada e o plano é realizar encontros desses por semestre, de modo que a conclusão dos processos ganhem celeridade”, explica a coordenadora.
Na ocasião, serão analisados diversos grupos de espécies como, por exemplo, mamíferos aquáticos, algumas famílias de peixes marinhos, anfíbios, crustáceos, moluscos, entre outros. Os resultados obtidos durante a Oficina serão divulgados pelo ICMBio e encaminhados ao Ministério do Meio Ambiente (MMA) para subsidiar a atualização da Lista Nacional Oficial de Espécies da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção.
Método UICN
A metodologia UICN avalia o risco de extinção das espécies, com base em informações sobre sua distribuição, tamanho, tendência da população e ameaças que afetam as espécies. Para cada espécie é definida uma categoria que indica o seu nível de risco. É um conjunto de normas desenvolvido pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).
Comunicação ICMBio
quarta-feira, 22 de agosto de 2012
Justiça condena Monsanto por propaganda
Matéria veiculada nesta quarta-feira no portal de notícias UOL informa que o Tribunal Regional Federal (4ª Região) condenou a empresa Monsanto do Brasil a pagar indenização de R$ 500 mil por danos morais causados aos consumidores.
A ação foi ajuizada pelo Ministério Público Federal (MPF), que acusou a empresa de praticar “propaganda enganosa e abusiva”. A propaganda foi feita pela Monsanto em 2004, relacionando a soja transgênica e de herbicida (à base de glifosato) como benéficos à conservação do meio ambiente.
Na mesma decisão, o TRF obriga a empresa a divulgar uma contrapropaganda esclarecendo as consequências negativas que a utilização de qualquer agrotóxico causa à saúde dos homens e dos animais.
Segundo o MPF, que ajuizou a ação civil pública, o comercial era enganoso e o objetivo da publicidade era preparar o mercado para a aquisição de sementes geneticamente modificadas e do herbicida – num momento em que se discutia no país a aprovação da Lei de Biossegurança, que só foi promulgada em 2005.
A campanha foi veiculada na TV, nas rádios e na imprensa escrita. Tratava-se de um diálogo entre pai e filho, no qual o primeiro explicava o que significava a palavra “orgulho”, ligando esta ao sentimento resultante de seu trabalho com sementes transgênicas, com o seguinte texto:
- Pai, o que é o orgulho?
- O orgulho: orgulho é o que eu sinto quando olho essa lavoura. Quando eu vejo a importância dessa soja transgênica para a agricultura e a economia do Brasil. O orgulho é saber que a gente está protegendo o meio ambiente, usando o plantio direto com menos herbicida. O orgulho é poder ajudar o país a produzir mais alimentos e de qualidade. Entendeu o que é orgulho, filho?
- Entendi, é o que sinto de você, pai.
Segundo o MPF, a empresa teria sido oportunista ao veicular em campanha publicitária assunto polêmico como o plantio de transgênicos e a quantidade de herbicida usada nesse tipo de lavoura. “Não existe certeza científica de que a soja comercializada pela Monsanto usa menos herbicida”, salientou o MPF.
O relator do caso, desembargador federal Jorge Antônio Maurique, analisou os estudos constantes nos autos apresentados pelo MPF e chegou à conclusão de que não procede a afirmação publicitária da Monsanto.
“A propaganda deveria, no mínimo, advertir que os benefícios nela apregoados não são unânimes no meio científico e advertir expressamente sobre os malefícios da utilização de agrotóxicos de qualquer espécie”, afirmou o desembargador, segundo o UOL.
A contrapropaganda deverá ser veiculada com a mesma frequência e preferencialmente no mesmo veículo, local, espaço e horário do comercial contestado, no prazo de 30 dias após a publicação da decisão do TRF4, devendo a empresa pagar multa diária de R$ 10 mil em caso de descumprimento.
Fonte: Ascom
Projeto Litoral Sustentável busca evitar crescimento desordenado em SP
foto: Ronaldo Kotscgo
O Instituto Pólis está divulgando o resultado do Diagnóstico Urbano Socioambiental participativo que realizou em 13 cidades do Litoral Norte e da Baixada Santista, primeira etapa do projeto Litoral Sustentável - Desenvolvimento com Inclusão Social, apoiado pela Petrobras. Já foram realizadas devolutivas nas cidades de Bertioga, São Sebastião, Caraguatatuba, Ilhabela e Ubatuba.
O Litoral Paulista terá um crescimento significativo nos próximos anos por causa das grandes transformações em curso: o início da exploração do petróleo e do gás na camada pré-sal, a ampliação dos portos de Santos e de São Sebastião e as obras logísticas de suporte, com destaque para a duplicação da Rodovia Tamoios e a construção de seus anéis viários.
O projeto está avaliando os problemas locais e regionais já existentes e que tendem a se agravar com essa expansão dos negócios e da população no litoral. Sobre essa base, proporá um conjunto de ações e a articulação de políticas públicas das esferas municipais, estadual e federal, com visas ao desenvolvimento sustentável da região.
O processo de diagnóstico incluiu o mapeamento de demandas sociais, infraestrutura urbana e da legislação sobre a ocupação do território. Cada um dos municípios foi visitado e estudado em profundidade. Foram realizadas reuniões com o poder público, pesquisas de opinião, entrevistas com lideranças sociais e oficinas públicas, buscando aprofundar a discussão sobre as fragilidades e potencialidades de cada local.
Entre os principais desafios enfrentados no Litoral Norte e Bertioga estão as contradições do modelo de desenvolvimento urbano: ocupação fragmentada e dispersa baseada no modelo de 2ª residência (veraneio); concentração de população de baixa renda próxima aos grandes condomínios; fragmentação e insuficiência de infraestrutura urbana (água, luz, esgoto), ocupações irregulares, déficit habitacional. Avalia também as políticas de saúde, mobilidade urbana, ocupação do solo, uso sustentável dos recursos naturais e destinação de resíduos sólidos.
O diagnóstico também analisa a economia local; bem como as condições de trabalho e renda dos moradores e suas possibilidades de disputarem as novas vagas que estão sendo criadas, mais especializadas e com maiores salários, além do combate à informalidade e criação de um polo tecnológico.
Alguns números apontados pelos diagnósticos municipais:
- Alta informalidade nas relações de trabalho: 50% em Ubatuba dos trabalhadores não têm carteira assinada, 47% em Bertioga e 38,7% em São Sebastião, 44% em Ilhabela e 43% em Caraguatatuba, 43%. A taxa nacional é de 41%.
- Em Ubatuba 50% dos domicílios são casas de veraneio. Em Bertioga o total é de 62%; Caraguatatuba, 43,1%, São Sebastião, 38,39% e Ilhabela 28,21%.
- São Sebastião e Ubatuba gastam uma média de 12% do orçamento municipal com coleta e tratamento de resíduos.
- Os bairros e ocupações irregulares proliferam: Em Caraguatutuba há 19 núcleos de ocupação irregular. Ilhabela apresenta 15 assentamentos precários, e em São Sebastião a concentração de pessoas que vivem nessa situação varia de 1.000 a 3.500 hab/há. Já em Ubatuba o número de loteamentos irregulares é de 64 núcleos, com 9 mil moradias.
- Áreas de conservação: Ubatuba possui 87,04% de sua área recoberta por vegetação nativa, enquanto Ilhabela tem 87.7%. Bertioga tem 91% e está entre os municípios que possuem a maior cobertura vegetal proporcional de Mata Atlântica em todo o Estado. São Sebastião tem 72% do território coberto pelo Parque Estadual da Serra do Mar. Já Caraguatatuba tem 74, 98 % de área preservada.
- Produto Interno Bruto (PIB): Na última década Bertioga mais do que triplicou seu PIB, passando de cerca de R$ 215 milhões, em 2000, para R$ 670 milhões, em 2009 (IBGE). A riqueza de Ubatuba foi avaliada em R$ 843,7 milhões, pelo IBGE, em 2009, mais do que o
dobro registrado no ano 2000, de R$ 362,9 milhões. Em Ilhabela o conjunto de riquezas produzido cresceu 268%, chegando a R$282 milhões em dez anos. Nos últimos dez anos Caraguatatuba teve um aumento de seu (PIB) passando de R$ 422 milhões em 2000 para R$ 1,2 bilhão em 2010.
Fases do projeto Litoral Sustentável
Além do diagnóstico das 13 cidades envolvidas, a agenda de eventos planejados até meados do próximo ano inclui seminários temáticos com a participação de especialistas; consultas públicas por município e, por último, audiências públicas para debater a versão preliminar do Programa de Desenvolvimento Sustentável Local e Regional, sempre com a participação da comunidade e poder público. “As soluções de muitos problemas depende de uma estratégia regional, com articulação intermunicipal, utilizando recursos federais e estaduais”, finaliza o coordenador do Projeto Litoral Sustentável, Nelson Saule Jr.
Veja os boletins síntese dos diagnósticos no site www.litoralsustentavel.org.br
terça-feira, 21 de agosto de 2012
Agência oferece mais 1.000 vagas em curso sobre comitês de bacia
Se você tentou se inscrever para o curso “Comitê de Bacia: o que é e o que faz” e não conseguiu, agora você tem uma oportunidade imperdível de participar da capacitação. A Agência Nacional de Águas (ANA) abriu nada menos que 1.000 vagas para a capacitação, cujo objetivo é ampliar o entendimento sobre as atribuições e responsabilidades dos comitês de bacia e incentivar a participação da sociedade em geral na gestão de recursos hídricos. As inscrições estão abertas até 22 de agosto e o curso é gratuito e realizado a distância.
Com uma carga de 20 horas, a capacitação é promovida pela ANA e deverá ser cursada entre 3 e 29 de setembro. Ao final, todos os que forem aprovados receberão certificado digital validado pela Agência. A vantagem do método a distância é que cada participante pode escolher a hora e o dia para fazer as atividades, bastando ter acesso a internet. Os selecionados serão divulgados em 24 de agosto.
Para se inscrever acesse http://www.trainning.com.br/eadana.asp e preencha o formulário do site. Em caso de dúvidas, entre em contato pelo e-mail suporteweb@trainning.com.br ou ligue para (11) 2361-1971 .
O público-alvo da capacitação é formado principalmente por membros de comitês de bacia, técnicos e profissionais vinculados a órgãos gestores de recursos hídricos. O objetivo do curso é compreender a dinâmica de funcionamento da estrutura organizacional dos comitês e seus elementos constituintes com vistas a melhorar o processo de gestão.
Texto:Ascom/ANA
segunda-feira, 20 de agosto de 2012
Furnas lança campanha contra queimadas
Furnas lança a campanha contra queimadas em oito estados (Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná, Mato Grosso, Goiás e Tocantins) e no Distrito Federal, locais que abrigam seus empreendimentos e por onde passa 40% de toda a energia consumida no Brasil. Com maior incidência no período de seca, de abril a outubro, as queimadas podem deixar cidades inteiras às escuras.
“O objetivo da campanha é chamar a atenção da população para uma das principais causas de interrupção não programada no fornecimento de energia. Promover queimadas sob linhas de transmissão pode deixar escolas, hospitais, residências, empresas e indústrias sem energia. Isso sem contar o risco que representa para a vida das pessoas”, afirma Cesar Zani, diretor de Operação de Furnas.
Realizar queimadas próximo às linhas de transmissão constitui crime federal previsto no Decreto 2.661, de 08/08/1988, que proíbe atear fogo numa faixa de 15 metros dos limites de segurança das Linhas de Transmissão e de 100 metros ao redor das subestações. A fumaça produzida junto às bases das torres pode danificar a estrutura de apoio e causar queda ou aquecer a estrutura de metal e gerar curtos-circuitos. Também facilita o superaquecimento dos cabos, o que diminui a resistência e pode provocar rompimento.
Até meados de agosto deste ano, o Brasil apresentou 45.608 focos de queimadas, crescimento de 70% em relação ao mesmo período do ano passado e a maior incidência entre os países da América do Sul. A Argentina, segundo país com maior registro no continente, teve 15.220 focos no mesmo período, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
Juntos, os estados onde Furnas mantém empreendimentos respondem por 38,5% dos focos de queimadas no Brasil. O mais atingido é o Mato Grosso, com 7.510 dos focos registrados em todo o país, seguido por Tocantins (4.854), Minas Gerais (1.828) e Goiás (1.521).
Desde 2006, Furnas realiza campanhas contra queimadas nos 456 municípios cortados por suas linhas de transmissão. Esse ano serão veiculadas peças na TV, rádio e Internet. Também serão distribuídos cartazes em escolas e instituições públicas locais.
Atividades proibidas próximo às linhas de transmissão
Promover queimadas;
Irrigação e culturas de médio e grande porte;
Construção de moradias e habitação;
Instalação de escolas, áreas de lazer, indústria e comércio;
Instalação de cercas eletrificadas;
Permanência de pessoas sob linhas de transmissão durante tempestades;
Atirar na direção das linhas de transmissão;
Manter instalações elétricas ou mecânicas;
Manter depósitos de materiais inflamáveis;
Abastecer veículos;
Empinar pipas e soltar balões.
O Centro de Operações de Emergências de Furnas recebe denúncias pelo telefone 0800 025 25 55 .
RESERVA NO MARANHÃO AGE CONTRA CRIMES AMBIENTAIS
O combate à caça e pesca ilegais, ao contrabando de animais silvestres, à extração irregular de madeira e às infrações de trânsito, combinado com ações de educação ambiental e divulgação da unidade de conservação, foi o principal objetivo da Operação Praia da Viração II, realizada na Reserva Extrativista (Resex) Ciriaco, no Maranhão. A ação, que ocorreu entre os dias 10 e 13, teve o apoio do Batalhão de Polícia Ambiental de Açailândia.
A operação faz parte de um conjunto de ações desenvolvidas pela gestão da unidade com o intuito de efetivar a presença institucional, coibir atividades ilegais na vicinal de acesso à Praia da Viração, no município de Cidelândia, por onde transitam milhares de banhistas. Eles passam pelo interior da resex até as chegar às praias do rio Tocantins. As pessoas vêm de diversas cidades e povoados, como Imperatriz, Açailândia, Cidelândia, Vila Nova dos Martírios.
Durante os três dias de operação, os agentes realizaram uma barreira de fiscalização em um ponto estratégico da estrada por onde passam os veículos que levam as pessoas à praia da Viração. Todos os carros foram abordados e vistoriados com a devida identificação do condutor. Carros e motos que circulavam irregularmente foram apreendidos e os motoristas, autuados. Houve apreensão também de apetrechos de pesca sem autorização.
Os agentes aproveitavam a oportunidade para desenvolver atividades de educação ambiental junto aos condutores dos veículos e fazer a divulgação da Resex Ciriaco. Alguns motoristas não sabiam que transitavam por uma unidade de conservação federal.
Esta é a segunda ação desse tipo realizada na Reserva Extrativista Ciriaco. O trabalho tem sido avaliado positivamente pela comunidade local e pelos próprios condutores de veículos que afirmam se sentirem mais seguros com a presença dos agentes na região.
Comunicação ICMBio
domingo, 19 de agosto de 2012
Manejo de Produtos Florestais Não Madeireiros
A sobrevivência das comunidades rurais depende do uso sustentável dos recursos naturais. Uma forma encontrada para manter a floresta, é utilizar os produtos e serviços, cuja exploração sustentável, atendam as necessidades de seus consumidores, perpetuando as espécies, como é o caso dos Produtos Florestais Não Madeireiros (PFNMs)
PFNM são recursos ou produtos biológicos da flora – que não a madeira - obtidos das florestas para subsistência ou para comercialização. Eles podem vir de florestas naturais, primárias ou secundárias, florestas plantadas ou sistemas agroflorestais. PFNMs descrevem uma ampla gama de produtos incluindo plantas medicinais, fibras, resinas, tipos de látex, óleos, gomas, frutas, castanhas, temperos, tinturas, rattan, bambu etc.
Acesse aqui:
Guia de Manejo de Espécies Florestais Não Madeireiras: http://www.sfb.gov.br/florestas-comunitarias/produtos-florestais-nao-madeireiros/index.php?option=com_k2&view=item&layout=item&id=539
sábado, 18 de agosto de 2012
PROPRIETÁRIOS RECEBEM INCENTIVO PARA PRESERVAR A MATA ATLÂNTICA
A Fundação SOS Mata Atlântica e a Conservação Internacional (CI-Brasil) anunciaram os proprietários que serão beneficiados pelo XI Edital do Programa de Incentivo às Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs) da Mata Atlântica. O Edital, que conta com recursos do Bradesco Capitalização, Bradesco Cartões e com a parceria da The Nature Conservancy (TNC), destinará R$ 400 mil a 34 propriedades de oito estados brasileiros: Bahia (BA), Espírito Santo (ES), Minas Gerais (MG), Paraná (PR), Rio Grande do Sul (RS), Santa Catarina (SC), Sergipe (SE) e São Paulo (SP).
Dos projetos selecionados, nove receberão recursos para a criação de 12 novas RPPNs, totalizando 1.080,13 hectares. Outras 20 RPPNs, que somam um total de 2.645,42 hectares serão beneficiadas para a elaboração de planos de manejo. Além disso, duas RPPNs, que juntas chegam a 135 hectares, receberão recursos para projetos de georreferenciamento, que servem para a adequação do processo de reconhecimento da reserva à legislação atual (Decreto 5.746/2006). Ao todo, as reservas abrangem mais de 3.860 hectares do bioma.
Para Mariana Machado, coordenadora do Programa, o resultado do edital foi bastante positivo, pois proporcionará a conservação em diferentes áreas relevantes para a biodiversidade da Mata Atlântica. “Muitos proprietários têm a iniciativa de conservar áreas de mata nativa, porém ainda são poucos os incentivos e apoios voltados à implantação de reservas privadas. Dessa forma, o Programa tem papel fundamental no fortalecimento das RPPNs na Mata Atlântica”, destaca.
Uma das propriedades que receberá o apoio do programa é a RPPN Mitra do Bispo, em Bocaina de Minas (MG). No local é desenvolvido o projeto “Ação do Olhar”, que traz o inovador conceito de “fazenda produtora de imagens”, no qual imagens da reserva servem à pesquisa e ao monitoramento e são aplicadas em estampas e diversos materiais gráficos. Selecionada na categoria “georreferenciamento”, esta é a quarta vez que a reserva receberá apoio do Programa, já tendo sido selecionada, em anos anteriores, para projetos de gestão, plano de manejo e plano de negócios. “O apoio do Programa foi fundamental para consolidar este novo modelo de sustentabilidade em RPPNs de caráter familiar, que busca harmonizar conservação, ciência e arte. Os resultados alcançados reforçaram nossa convicção da importância deste apoio para o sucesso de iniciativas inovadoras para proteção de reservas privadas”, afirma Carlos Simas, proprietário da RPPN.
Confira a lista das propostas contempladas pelo XI Edital do Programa:
Propostas de apoio à elaboração de plano de manejo de RPPN
Reserva
Cidade
Estado
RPPN Santa Maria I
Prado
BA
RPPN Santa Maria II
Prado
BA
RPPN Olho de Fogo Rendado
São Sebastião do Passé
BA
RPPN Nova Angélica
Una
BA
RPPN Rancho Chapadão
Santa Leopoldina
ES
RPPN Rancho Chapadão II
Santa Leopoldina
ES
RPPN Alto Montana
Itamonte
MG
RPPN Quinta dos Cedros
Ouro Preto
MG
RPPN Vale das Borboletas
Ouro Preto
MG
RPPN Perna do Pirata
Curitiba
PR
RPPN Ronco do Bugiu
Venâncio Aires
RS
RPPN Santuário Rã Bugio I
Guaramirim
SC
RPPN Santuário Rã Bugio II
Guaramirim
SC
RPPN Refúgio do Macuco
Itaiópolis
SC
RPPN Taipa do Rio do Couro
Itaiópolis
SC
RPPN Taipa do Rio Itajaí
Itaiópolis
SC
RPPN do Caju
Itaporanga D'Ajuda
SE
RPPN Serra do Itatins
Iguape
SP
RPPN Reserva Ecológica Amadeu Botelho
Jaú
SP
RPPN São Judas Tadeu
Juquitiba
SP
Propostas de apoio à criação de RPPN
Reserva
Cidade
Estado
RPPN Sítio Boa Vista
Matias Barbosa
MG
RPPN Norberto Custódio Ferreira
Santana de Cataguases
MG
RPPN Sítio Sossego
Bocaiúva do Sul
PR
RPPN Sítio Pedra sobre Pedra
Campo Magro
PR
RPPN Vilar do Boi
Jaguariaíva
PR
RPPN Aguaraguazu
Tibagi
PR
RPPN Rincão do Paiol
Tibagi
PR
RPPN Mo'ã
Itaara
RS
RPPN Posse dos Franciosi
Taquaruçu do Sul
RS
RPPN Prima Luna I
Nova Trento
SC
RPPN Cachoeira do Bugre
Pedro de Toledo
SP
RPPN Guainumbi
São Luis do Paraitinga
SP
Propostas de apoio ao georreferenciamento da RPPN
Reserva
Cidade
Estado
RPPN Mitra Bispo
Bocaina de Minas
MG
RPPN Prima Luna
Nova Trento
SC
sexta-feira, 17 de agosto de 2012
LIVRO DESTACA BIODIVERSIDADE DO PARQUE DA TIJUCA
O Parque Nacional da Tijuca, administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), no Rio de Janeiro, está incluído no Guia de História Natural do Rio de Janeiro, que apresenta um retrato da cidade, com foco no meio ambiente.
O guia foi produzido pelo Instituto Cultural Cidade Viva, em parceria com o Governo do Estado do Rio de Janeiro e do Instituto Light, através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura. O livro é dividido em quatro temas: Ambiente Físico, Ecossistemas, Biota e Conservação de ecossistemas.
O Parque da Tijuca é apresentado por Claudio Belmonte Bohrer e Patrícia Moreira, dois dos mais de dez autores da obra. Eles destacam a exuberância do parque e sua importância ambiental. O texto é ilustrado com fotos de alguns dos atrativos da unidade de conservação (UC), como a Pedra da Gávea, Cascatinha Taunay e Parque Lage.
O Guia de História Natural do Rio de Janeiro resulta de uma colaboração entre os organizadores e os autores dos capítulos apresentados. A ideia surgiu durante uma série de cursos técnicos para o setor elétrico realizados entre 2007 e 2008, no Instituto Light. Os cursos consistiram em uma introdução às disciplinas abordadas, tendo como referência a região metropolitana do Rio de Janeiro. Em sequência, deu-se inicio à preparação dos textos, que tratam de aspectos da geologia, clima, fauna, flora, rios, lagoas, lagos e meios possíveis de preservação desses sistemas.
Comunicação ICMBio
Qual o lugar dos espaços verdes nas cidades?
Qual o lugar dos espaços verdes nas cidades? O Encontros com a Pesquisa da próxima terça-feira, 21.08, convida Mônica Rocio Neves, arquiteta, urbanista e restauradora do Jardim Botânico (RJ) para um bate-papo sobre o que torna os espaços ditos naturais no meio urbano sustentáveis. O encontro faz parte da programação especial que o Museu preparou para a II Semana Fluminense do Patrimônio.
Mônica tem mestrado em restauro pelo Institute of Advanced Architecture da University of York (Inglaterra) e doutorado em Urbanismo pelo PROURB (UFRJ), com bolsa sanduíche na École Nacionale des Ponts Chaussées (França), onde desenvolveu uma tese que propõe uma reflexão sobre o papel das áreas verdes na cidade, questionando a própria noção de sustentabilidade na esfera do espaço público urbano.
Como referências de análise, Mônica estudou quatro jardins públicos, dois no Rio de Janeiro e dois em Paris, vinculados aos movimentos higienista e sustentável, para entender de que forma estes importantes discursos e períodos de mutações urbanas influenciaram a relação do cidadão urbano com a natureza.
Encontros com a Pesquisa acontece terça-feira, dia 21.08, às 10h, na Sala Multimídia.
Rua Jardim Botânico, 1008 Jardim Botânico CEP: 22460-000 /RIO DE JANEIRO RJ
Grife Gaúcha cria projeto de sustentabilidade
A Lika, marca de roupas femininas, se destaca pelas ações que incentivam a consciência ecológica na comunidade de Santa Rosa, Rio Grande do Sul
A Lika encanta as mulheres com seus toques originais, detalhes artesanais e modelos diferenciados há 25 anos. As criações da designer gaúcha Clarice G. Bertholdi vão além do simples “vestir”. Para fazer com que as mulheres se sintam ainda mais lindas e especiais, a grife prima pela excelência e investe na qualidade de seus produtos.
Mas não é só na moda que a Lika inova. Ações de incentivo à consciência ecológica fazem parte do dia a dia da marca. Para a empresa, a preocupação com o meio ambiente está relacionada à qualidade de vida e o bem-estar das futuras gerações. Por isso, entende que o desenvolvimento sustentável é uma responsabilidade coletiva.
Foi com isso em mente que a grife instituiu o Programa Lika EcoSocial. O projeto foi desenvolvido em cima de três pilares: Redução de Resíduos, Consciência Ambiental e Envolvimento Social. Saiba mais sobre essas iniciativas:
Gerenciamento de Resíduos
Com a ajuda de consultores ambientais, a Lika desenvolveu um cuidadoso plano de gerenciamento, coleta, monitoramento e destinação do lixo que produz. Um manual de coordenadas serve como orientador de todo o processo, para garantir a separação e destinação correta de materiais como papel, tecido, plástico, latas de aerossol, material de escritório e resíduo orgânico. A classificação dos resíduos é feita no local onde são gerados para evitar a mistura dos materiais, o que permite que sejam reutilizados ou reciclados caso seja possível.
Nada se Perde, Tudo se Transforma
Preocupada com a quantidade de matéria prima jogada fora, a Lika decidiu catalogar todo material descartado pela fábrica e estudar formas de como ele poderia ser reutilizado de maneira criativa. Esse processo de recriação gerou novas matérias primas que foram incluídas em diversas peças da coleção da grife, que agregaram valor artesanal aos produtos. O próximo passo é a criação de materiais como brindes e etiquetas ecológicas com esse mesmo princípio.
Projeto Minha Árvore
Com o objetivo de compensar os emissores atmosféricos e contribuir com o reflorestamento, a Lika estabeleceu o Projeto Minha Árvore. Funciona da seguinte maneira: cada novo colaborador contratado pela Lika, em sua primeira semana de trabalho, recebe uma muda e é convidado a plantá-la em um local pré-destinado. Essa planta recebe o nome do colaborador e é monitorada para garantir o seu crescimento saudável. O objetivo dessa ação é de incutir em todos a importância da preservação do meio ambiente.
Ponto Verde
A comunidade local também se beneficia com as ações sustentáveis da Lika. A empresa adequou a fábrica para ser um ponto de coleta de materiais de difícil destinação e que possui alto teor de poluição, como pilhas, lâmpadas fluorescentes, óleo de cozinha e garrafa pet. Todo material recolhido tem a sua destinação correta e, portanto, não contaminam o meio ambiente nem representam riscos à saúde. Para propagar a iniciativa, serão realizados treinamentos internos sobre educação ambiental e será dado início a uma campanha de conscientização externa para envolver a comunidade.
Projeto Habilitar é Crescer
A Lika acredita que, como empresa, tem de contribuir para o desenvolvimento da sociedade de todas as formas possíveis. Por esse motivo, constituiu parcerias com entidades sociais que desenvolvem trabalhos de inclusão e geração de renda através do artesanato. A empresa fornece a matéria prima e os voluntários, que incluem os próprios funcionários da fábrica, ministram aulas em datas pré-estabelecidas para instruir na criação de novos produtos. Essa iniciativa dá aos participantes a chance de adquirir uma nova habilidade, que pode lhes gerar uma renda maior e, consequentemente, aumentar a sua qualidade de vida.
quinta-feira, 16 de agosto de 2012
ESTRATÉGIA PARA CONSERVAR A BIODIVERSIDADE
Luciene de Assis
Ascom MMA
As discussões sobre a elaboração da Estratégia Nacional de Conservação da Biodiversidade estão na reta final. O objetivo é montar um Plano de Ação Governamental, a partir da contribuição de técnicos do Ministério do Meio Ambiente (MMA), de suas entidades vinculadas e do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG). Em reunião ocorrida na terça (14), na Secretaria de Biodiversidade e Florestas do MMA, em Brasília, 55 especialistas finalizaram a proposta governamental.
Um documento com os eixos dos principais problemas e as soluções mais adequadas à conservação da biodiversidade no Brasil será levado à consideração de representantes de todos os ministérios dia 20 de setembro. "A estratégia brasileira será elaborada a partir do Plano de Ação Governamental para a Conservação da Biodiversidade e dos Diálogos sobre Biodiversidade: construindo uma estratégia brasileira para 2020, documento este preparado, de comum acordo, por entidades da sociedade civil organizada e pela iniciativa privada”, disse a analista ambiental da Secretaria de Biodiversidade do MMA, Lúcia Lopes.
Vinte anos
As principais ameaças foram identificadas durante a oficina de pré-montagem do que os técnicos definem como "árvore de problemas", realizada nos dias 10, 11, 18 e 21 de maio, em Brasília, e tiveram por base a pesquisa Causas e consequências da perda da biodiversidade. O documento foi elaborado pelos consultores do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) Danielle Calandino e Fernando Vasconcelos, a partir de entrevistas realizadas com gestores públicos de diversos órgãos do governo federal sobre as causas e consequências da perda da biodiversidade no Brasil.
Esse processo teve início ainda em 2011 e é uma resposta ao acordo internacional firmado por 193 países durante a 10ª Conferência das Partes (COP-10) da Convenção sobre Diversidade Biológica, realizada em Nagoia, Japão, e que resultaram nas Metas de Aichi. São 20 metas globais voltadas à conservação da diversidade biológica e o Plano de Ação Governamental, enumerando as causas da perda da biodiversidade destina-se a adequar as Metas de Aichi à realidade brasileira.
De acordo com Lúcia Lopes, o documento final será uma composição das propostas do governo brasileiro e das sugestões da sociedade civil organizada e iniciativa privada contidas nos Diálogos. A proposta brasileira para a conservação da biodiversidade será apresentada durante a Convenção das Partes para Conservação da Diversidade Biológica, a COP-11, que ocorrerá na Índia em meados de outubro.
quarta-feira, 15 de agosto de 2012
Projeto "Água: conhecimento para gestão" divulga agenda de cursos
Está disponível no site do projeto "Água: conhecimento para gestão" o cronograma dos cursos que terão inscrições abertas até o final de 2012. O projeto conta com 24 cursos. No momento, estão em andamento seis capacitações, sendo que uma delas está com inscrições abertas:"Comitê de Bacia: práticas e procedimentos".
Ao longo do ano, ainda serão oferecidos mais nove cursos divididos em cursos semipresenciais (medição de vazão pelo método acústico Doppler - ADCP - avançado, modelagem da qualidade de água em reservatórios, monitoramento da qualidade da água em rios e reservatórios e geoprocessamento e sensoriamento remoto aplicado a recursos hídricos) e cursos totalmente a distância (hidrologia básica, qualidade de água em reservatórios, outorga do direito de uso dos recursos, comitês de bacias: plano e enquadramento e comitês de bacias: alternativas organizacionais).
A iniciativa é da Itaipu Binacional, Agência Nacional de Águas (ANA) e Fundação Parque Tecnológico de Itaipu e tem o objetivo de promover cursos e ações de comunicação para a boa gestão dos recursos hídricos dos pontos de vista ambiental, sustentável e social.
A temática dos cursos de capacitação refere-se ao uso racional e a boa gestão da água, seguindo a Política Nacional de Recursos Hídricos. Profissionais, especialistas, educadores, estudantes membros de comitês de bacia, população em geral, técnicos e profissionais vinculados a órgãos gestores de recursos hídricos podem se inscrever, de acordo com o perfil de cada interessado.
Até 2014 a meta é atingir 290 mil beneficiários em ações de comunicação, difusão e mobilização social e ainda capacitar 10 mil pessoas por meio de 24 cursos, destinados a diferentes públicos. Todos os cursos oferecidos são gratuitos e há vagas para brasileiros e demais interessados latinoamericanos. Para se inscrever é necessário ter cadastro no site do projeto.
A lista completa dos cursos pode ser acessada em www.aguaegestao.com.br/pt-br/cursos/agendados. Em caso de dúvidas, entre em contato pelo e-mail duvidas.agua@aguaegestao.com.br, pelas mídias sociais ou acesse o Fale Conosco do projeto “Água: conhecimento para gestão”.
Texto:Ascom/ANA
terça-feira, 14 de agosto de 2012
ESPECIALISTAS APONTAM AUMENTO DE ESPÉCIES DE PRIMATAS EM RISCO
Seis espécies de primatas classificados como “criticamente em perigo”; 17, “em perigo”; 13, “vulneráveis”; 13, “quase ameaçadas”; 13, “com dados insuficientes”; 76, em situação “menos preocupante”; e uma considerada “não aplicável para a avaliação no Brasil”.
Esse foi o resultado da oficina promovida pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Primatas Brasileiros (CPB), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que avaliou 139 táxons, entre os dias 30 de julho e 3 de agosto, na Academia Nacional da Biodiversidade (Acadebio), em Iperó (SP).
Em comparação com a avaliação anterior, o número de espécies de primatas ameaçadas (criticamente em perigo, em perigo e vulnerável) aumentou de 26 para 36 e outras 56 receberam categorização diferente, sendo que, dessas, nove tiveram o grau de ameaça aumentado, enquanto 11 foram classificados em uma categoria de menor risco.
Lista Vermelha
A oficina integra o processo de Avaliação do Estado de Conservação da Fauna Brasileira, cujos desdobramentos culminarão no lançamento da versão atualizada da Lista de Espécies Ameaçadas de Extinção, também conhecida como Lista Vermelha.
Envolvendo 38 especialistas de diversas instituições, o encontro, organizado com o apoio da Coordenação de Avaliação do Estado de Conservação da Biodiversidade (Coabio), do ICMBio, avaliou todos os 137 táxons indicados anteriormente com ocorrência no Brasil, sendo incluídos dois novos por sugestão dos pesquisadores.
O processo foi dividido entre dois grupos de trabalho para avaliar os primatas amazônicos e não-amazônicos, respectivamente. Para cada táxon, foi realizada a leitura e análise de sua ficha pela plenária que apontava, sempre quando necessário, os pontos de correção ou inserção de novas informações.
Além da ficha, a plenária avaliou os mapas de distribuição de cada espécie, também identificando os pontos de correção ou inserção de novos dados. Após as análises das fichas e mapas, cada táxon foi categorizado de acordo com os critérios da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN).
Validação
O resultado da avaliação será validado por especialistas na aplicação de critérios e categorias da UICN para posterior publicação das fichas técnicas com respectivas avaliações de cada espécie.
Ao final da oficina, os participantes manifestaram grande satisfação com a possibilidade de colaborar para o processo de avaliação e poder contribuir para o estabelecimento de políticas públicas voltadas à conservação dos primatas do Brasil.
“Fiquei muito satisfeita, primeiramente pelo objetivo alcançado, mas também pela produtividade da oficina, pois todos os presentes contribuíram muito com informações que enriqueceram as discussões e com entusiasmo na realização do trabalho. Foi uma excelente reunião, com debates de alto nível”, destacou Amely Martins, que cuida do processo de Avaliação do Estado de Conservação dos Primatas Brasileiros pelo CPB.
Participantes
A oficina contou com a participação de uma equipe de quatro redatores formada por Emanuella Félix, Gabriela Ludwig, Maurício Santos e Taíssa Régis, todos do CPB/ICMBio; três técnicos responsáveis pela espacialização dos dados durante a oficina – André Alonso e Ivy Nunes, do CPB/ICMBio, e Werner Gonçalves, do Centro Nacional de Sensoriamento Remoto (CSR/Ibama); dos facilitadores Carlos Eduardo Guidorizzi, da Coabio, e Roberta Santos, do Centro de Pesquisa e Gestão de Recursos Pesqueiros do Litoral Sudeste e Sul (Cepsul/ICMBio); e da coordenadora de Avaliação do Estado de Conservação da Biodiversidade, Rosana Subirá.
Participaram ainda pesquisadores do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Amazônica (Cepam/ICMBio), Parque Nacional do Viruá, Conservation International, Instituto Florestal de São Paulo, Instituto Mamirauá, Universidade Federal de São João del-Rei, Museu Paraense Emilio Goeldi, Universidade Federal do Acre, Universidade Federal de Goiás, Wildlife Conservation Society, Universidade Federal do Paraná, Universidade do Estado de Mato Grosso, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Universidade da Califórnia, Universidade Federal de Santa Catarina, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto de Estudos Socioambientais do Sul da Bahia, Universidade Federal do Pará, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Fundação Universidade Federal de Rondônia, Universidade Estadual do Rio Grande do Sul, Universidade Estadual de Montes Claros, Centro de Estudos Ecológicos e Educação Ambiental e Instituto de Pesquisas Ecológicas.
Comunicação ICMBio
segunda-feira, 13 de agosto de 2012
OCUPAÇÃO SUSTENTÁVEL NO GUARUJÁ (SP), UM EXEMPLO A SER SEGUIDO!
Orla da Praia do Iporanga, no Guarujá. Foto: Sasip
A cidade do Guarujá, no litoral paulista, desenvolveu um modelo de ocupação sustentável em algumas de suas praias que tem preservado o bioma local e as diversidades nativas da Mata Atlântica.
O modelo de ocupação no Guarujá começou em 1997, quando a Câmara Municipal aprovou a Lei (2.567/97), que incentivou alguns loteamentos a se transformarem em referência de ocupação inteligente.
O fato é que, enquanto os municípios circunvizinhos lutam contra ocupações desordenadas, impactos ambientais, falta de tratamento de esgoto e poluição de suas praias, o Guarujá colocou em prática uma legislação de controle urbanístico que tem chamado a atenção pelo modelo de gestão e resultados sustentáveis alcançados nos últimos anos, especialmente na Serra do Guararu, no extremo Norte do município.
O local é importante para a região, pois representa uma das últimas porções de dimensões significativas de Mata Atlântica em bom estado de conservação na planície costeira da Baixada Santista, além de guardar tesouros arqueológicos. Fato que levou a Serra a ser tombada pelo Condephaat e, agora em 2012, a prefeitura criou para o local a Área de Proteção Ambiental (APA).
A ideia de ocupação sustentável não é novidade no Brasil. Em Fernando de Noronha, por exemplo, para controlar o fluxo de turistas e viver de forma sustentável, o município estipulou um limite diário de desembarques e criou uma taxa de permanência na ilha.
Já nos moldes implantados pelo poder público do Guarujá, a Lei limita o acesso de veículos na Serra do Guararu a um número suportável, sem pagamento de nenhuma taxa para aqueles que adentram o local – o acesso a pé não tem limitação. A Lei também incentiva os moradores do local a tomarem uma série de medidas que visam a preservar as belezas nativas da Serra.
Os resultados foram alcançados, enquanto em Ilhabela, apenas 35% da cidade é atendida por rede coletora e tratamento de esgoto, na Praia do Iporanga, no Guarujá, onde há um loteamento com cerca de 500 moradias que seguem o modelo sustentável, todas as casas estão ligadas à rede coletora e o tratamento de esgoto é fornecido pela própria Associação dos Proprietários do Iporanga (Sasip).
Associação Sasip incentiva e ensina crianças do Guarujá a plantarem árvores nativas. Foto: Sasip
Outro dado que demonstra o sucesso alcançado é o controle do desmatamento. Enquanto no Litoral Norte, desde o ano 2000, desapareceram mais de 750 hectares de floresta nativa, decorrente de ocupações irregulares, na Praia do Iporanga, no mesmo período, foram replantadas mais de 64 mil árvores nativas, fora o replantio do palmito juçara, que era devastado junto com o mangue.
Fotos antigas da Praia do Iporanga mostram que, antes do modelo sustentável, a região sofria com a degradação. Os palmitos juçara, abundantes no local, quase foram totalmente devastados. Hoje, o local é procurado por turistas por preservar uma das mais belas praias do litoral paulista, aberta a todos e elogiada por quem a conhece. Os animais silvestres voltaram e os moradores conseguiram recuperar a mata nativa da área.
Engana-se quem pensa que os moradores do entorno do loteamento foram prejudicados depois da criação da Lei. Aqueles que antes trabalhavam como ambulantes na praia e dependiam da alta temporada, viraram funcionários da Associação dos proprietários do Iporanga, que emprega mais de 1,5 mil pessoas da região e cria cerca de três mil empregos indiretos. A renda da população aumentou e agora não dependem apenas de temporada para levantar recursos financeiros.
Além disso, a Associação promove cursos profissionais, visitas monitoradas de crianças para educação ambiental, plantio de árvores em áreas degradadas fora do loteamento, mutirão de coleta de resíduos ao longo da estrada entre Guarujá e Bertioga, e campanha de recolhimento de agasalhos ou alimentos para doação a entidades carentes do Guarujá.
Para as receitas públicas da cidade, o modelo de ocupação também deu muito certo. Só na Praia do Iporanga, os moradores recolhem cerca de R$ 8 milhões ao ano para a prefeitura por meio do pagamento de IPTU. Além disso, dentro do empreendimento há uma série de serviços por responsabilidade dos moradores, formando uma verdadeira administração local, com rede de tratamento de esgoto, recapeamento das ruas locais, coleta de lixo e primeiros atendimentos médicos, entre outros serviços fornecidos pela Associação, feitos com mão de obra local. Mais de mil famílias do Guarujá são beneficiadas pela criação de receitas advindas desses serviços.
Boa parte das iniciativas implementadas na Serra do Guararu fazem parte de uma parceria com a Fundação SOS Mata Atlântica, uma das principais entidades nacionais defensoras de medidas de sustentabilidade.
Esse modelo implantado pelo Guarujá pode ser novidade no litoral de São Paulo, mas segue exemplos de sucesso também em outros países, como por exemplo, nos Estados Unidos, onde várias praias no Sul da Califórnia apresentam ocupação urbana planejada, fruto de incentivo ao turismo consciente, com limitação de visitantes em determinados horários, veículos e medidas de sustentabilidade.
Paisagismo na estação mais bonita do ano: a primavera
Paisagismo na estação mais bonita do ano: a primavera
Espécies rústicas e resistentes, como é o caso da Azaléia, Primavera, Iris azul, Ixora e Lavanda, combinam mais com a estação.
Estar perto da natureza é muito bom e na primavera esse prazer ainda é maior. As flores geralmente trazer um ar de alegria, romance e vida a qualquer ambiente. Quem não gosta de caminhar em um parque ou num jardim com aquele visual colorido e perfumado? Mais gostoso ainda é poder trazer a beleza das flores para dentro de casa, porém, sempre há dúvidas sobre o tratamento das plantas, quais espécies são indicadas, entre outras incertezas frequentes.
Segundo a paisagista e arquiteta Daniela Sedo, ter um jardim florido e bem cuidado é muito prazeroso, porém realmente exige cuidado contínuo, investimento em adubo, controle de pragas, além de um profissional qualificado para cuidar periodicamente das plantinhas.
A paisagista informa também que há três opções de solução que ajudam quem não tem tempo, paciência ou mesmo dinheiro para cuidar de um jardim: para pessoas que gostam de ter plantas em casa e seu cuidado se limitará à rega, o recomendado é utilizar vasos com espécies plantadas e adequadas para ambientes internos. Tais espécies necessitam de menos tempo de cuidado e inclusive menos rega. Uma espécie que floresce em ambiente interno e quase o ano todo é o Antúrio e sua variedade “mini”, é mais delicada e menor. Para quem prefere não se preocupar, por causa da correria do dia a dia, nem mesmo com a rega das plantas, a melhor opção é contratar arranjos florais em empresas especializadas que fornecem os arranjos e os substituem periodicamente. Já aqueles que buscam praticidade e custo zero de manutenção, plantas artificiais podem ser uma boa saída.
Durante a Primavera, é necessário procurar por espécies rústicas e resistentes como é o caso da Azaléia, Primavera, Iris azul, Ixora e Lavanda. “Essas espécies resistem muito bem aos meses frios e estarão lindas na Primavera. Em contra partida, espécies conhecidas como tropicais que são mais sensíveis a variações climáticas, estarão na Primavera com suas folhas queimadas, com manchas e em alguns casos demoram meses para se recuperarem.”, explica Daniela Sedo.
Tanto a Primavera quanto o Verão são estações ótimas para se cultivar espécies de flor e apreciar sua beleza. “As flores também podem ser mescladas com mudas ornamentais, apenas com folhagens sem flor, que ajudarão a ressaltar a forma e o colorido das flores.”, detalha a paisagista.
Segundo a especialista, nesta época do ano, quando as espécies estão florescendo, elas precisam de cuidados especiais, como a rega constante e adubação adequada para cada tipo de espécie.
Mas leva algum tempo para que um jardim fique bonito e bem formado. As pessoas podem escolher plantas resistentes ao Inverno ou espécies mais delicadas, que levarão mais tempo para se recuperarem. “No inicio da Primavera é indicado evitar espécies com folhas delicadas como é o caso das tropicais. Já no final da Primavera certas espécies já estarão revigoradas e florescendo muito bem, como é o caso das Impatiens, Margaridas, Gardenia, dentre outras.”, finaliza Daniela Sedo.
Para ver projetos da paisagista, que também faz projetos e manutenções de áreas internas e externas, acesse http://www.danielasedo.com.br/.
domingo, 12 de agosto de 2012
ESTUDANTES SÃO VOLUNTÁRIOS NOS LENÇÓIS MARANHENSES
Dezesseis universitários foram selecionados e já estão participando do Programa de Voluntariado no Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses neste mês de agosto. Eles são estudantes do curso de Licenciatura em Biologia da Universidade Estadual do Maranhão (Projeto Darcy Ribeiro) e do curso de Turismo da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), campus Sorocaba (SP).
Os voluntários estão atuando no monitoramento dos impactos da visitação no parque, levando em conta a experiência e satisfação do visitante. Para isso, aplicam questionários com perguntas sobre a a expectativa e satisfação dos turistas.
O programa engloba o projeto Manutenção de Trilhas e Monitoramento dos Impactos da Visitação, proposto pelo analista ambiental Yuri Teixeira Amaral durante curso oferecido pela Coordenação-geral de Uso Público e Negócios (CGEUP/ICMBio) no ano passado.
A ideia inicial era monitorar o nível de água das lagoas no interior do parque, conforme as estações seca e chuvosa, e cruzar os dados com a expectativa e satisfação do visitante, de forma a propor medidas de manejo da visitação para potencializar a experiência do visitante e reduzir impactos relacionados à visitação. Mas, como este ano a estação chuvosa foi fraca e as lagoas não encheram, o trabalhos dos voluntários será concentrado na aplicação de questionários e análise dos resultados.
A chefia do parque espera, com o resultado das enquetes, obter subsídios para planejar melhor o futuro da unidade com relação à instalação de equipamentos de apoio à visitação, capacitação de prestadores de serviço autorizados – motoristas e condutores de visitantes –, contratação de concessão para cobrança de ingresso e demais serviços de apoio à visitação, entre outras medidas de manejo.
Comunicação ICMBio
sábado, 11 de agosto de 2012
ESCOLA PARQUE IGUAÇU DÁ CURSO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Um grupo de 25 professores da rede municipal de ensino dos municípios do entorno do Parque Nacional (Parna) do Iguaçu, no Paraná, gerido pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), participou do quinto módulo do “Curso de Educação Ambiental em Unidades de Conservação (UC)”.
O curso foi promovido pela Escola Parque do Iguaçu e teve como objetivo discutir a educação ambiental na UC, promovendo e estimulando os processos educativos com os professores para fortalecer a prática da educação ambiental nos municípios do Paraná. A ideia é implantar projetos de educação ambiental nas escolas da região.
O módulo aplicado contou com a apresentação da linha pedagógica de educação ambiental adotada pela Escola Parque, discussão sobre as diferentes concepções e apresentação dos projetos executados pelo Parque.
Ao final do curso, os participantes puderam conhecer o mirante do Rio Iguaçu, um dos atrativos turísticos do município, onde é possível avistar o parque ao fundo.
O curso conta com seis módulos que ocorrem em diferentes municípios do entorno do parque como forma de descentralizar e mostrar na prática a importância da unidade de conservação.
Comunicação ICMBio
sexta-feira, 10 de agosto de 2012
E A PETROBRÁS AINDA QUER AMPLIAR O PORTO
IMAGEM FEITA ÀS 12H E 30 MINUTOS NO CANAL DE SÃO SEBASTIÃO (SP), UM DOS LUGARES MAIS BONITOS E TURÍSTICO DO LITORAL NORTE.
FOTO: RONALDO KOTSCHO
quinta-feira, 9 de agosto de 2012
O PANTANAL EM CHAMAS!
Corumbá (09/08/2012) – As brigadas do Ibama/Prevfogo e o Corpo de
Bombeiros Militar do Mato Grosso do Sul estão combatendo as principais
frentes de incêndio florestais que atingem a região do pantanal
sul-matogrossense. Atualmente, Corumbá é o município recordista em
focos de calor no Brasil, com 1698 focos registrados até 09 de agosto.
As brigadas estão trabalhando a cerca de 20 dias. Entretanto, devido
ao aumento no número de focos foi necessário o reforço de mais
combatentes, oriundos de municípios próximos, como Aquidauana. No
momento, 36 brigadistas do Ibama/Prevfogo realizam as tarefas de
controle e extinção das frentes de fogo.
Os incêndios na região do Pantanal estão entre os mais difíceis de
serem extintos, devido à presença de frentes subterrâneas e à
dificuldade de deslocamento em terreno alagado. Para auxiliar os
combatentes, um helicóptero do Ibama deve chegar no local nas próximas
48 horas. Além de lançar água nas frentes mais intensas e transportar
brigadistas, o helicóptero também deve auxiliar no reconhecimento da
área, definindo as estratégias de combate e a necessidade de reforços.
Amanhã será realizada uma reunião entre o superintendente do Ibama no
Mato Grosso do Sul, o coordenador estadual do Prevfogo, Corpo de
Bombeiros Militar, representantes do Governo Estadual e das
Prefeituras dos Municípios atingidos, além do Sindicato dos
Produtores Rurais para se avaliar a gravidade da situação e definir
novas ações conjuntas para conter a série de incêndios florestais.
Prevfogo/Ibama
fotos: Divulgação/arquivo Ibama
Vocação turística de Ilhabela pode ser grande aliada para o desenvolvimento sustentável da região
Conhecido por suas belezas naturais, o município de Ilhabela possui uma grande vocação para o turismo, característica que pode ser seu grande aliado em ações para o desenvolvimento sustentável da região. De acordo com o diagnóstico apresentado nesta terça-feira (08) pelo Projeto Litoral Sustentável, iniciativa do Instituto Pólis com apoio da Petrobras, em dez anos o conjunto de riquezas produzidos (valor adicionado) na cidade cresceu 268% (dados do IBGE), chegando a R$ 282 milhões. O setor de serviços, no qual se inclui a atividade turística, aparece como a principal fonte de renda de Ilhabela, com 86% da geração de riqueza, seguido pela administração pública, que aparece com 22%.
Para o economista Mesaque Araújo, do Instituto Pólis a cidade, de fato, se mostra vocacionada para o turismo. “As pessoas sabem que a ilha é bonita e que precisa ser preservada. Esse orgulho dos moradores contribui para o conceito de pertencimento. A sociedade está se sentindo melhor e abraçando as informações para se transformar no ritmo que ela deseja, e todas essas questões estão sendo positivas para a região”.
Outro dado que se destaca é a taxa de desocupação, que melhorou significativamente nos últimos dez anos e hoje corresponde a 7,1%, o menor índice apresentado entre as outras cidades do litoral e também do Estado de São Paulo. “Isso mostra que a população local está ocupada e desenvolvendo atividades”.
A ampliação do Porto de São Sebastião é uma das questões apontadas pela sociedade organizada, que se mostra preocupada com os impactos que podem ocorrer sobre o meio ambiente, turismo, comunidade caiçara, pesca, entre outros fatores. Dentro disso, a leitura comunitária que foi realizada pelo Pólis identificou duas vertentes de opiniões entre os moradores: uma parte que defende que o porto deveria ser desativado aos poucos e outra que acredita na permanência e ampliação do porto, mas sem contêiner, para não prejudicar a natureza exuberante da ilha.
Em 2010, Ilhabela arrecadou R$ 98 milhões, o que resultou em uma renda per capita de R$ 3,47 mil. As despesas com educação aparecem em primeiro lugar com 26,8%, o que mostra a preocupação e empenho do governo, principalmente com o Ensino Fundamental, onde foram aplicados 79,68% dos gastos dentro deste setor.
Para Carlos Nunes, executivo de operações do Instituto Ilhabela Sustentável, que participou do evento, o município se destaca por sua área de preservação, que corresponde a 87,7% de seu território ocupado por Mata Atlântica. “Quando se fala em exploração do petróleo, sabemos que isso gerará muitos royalties e isso é bom pelo ponto de vista econômico. Nossa preocupação maior é fortalecer a sociedade civil para que haja mecanismos de controle para não deixar que as oportunidades se percam”.
A pesquisa identificou ainda que a população compreende a importância de um planejamento que possa conservar essa extensa área de preservação. Com a vocação que a cidade tem para o ecoturismo é necessário propiciar politicas de incentivo que contribuam com a conservação ambiental, ecoturismo e comercialização do pescado.
“As condições da região propiciam essa percepção e as pessoas que vieram para cá estão em busca de qualidade de vida. Esse movimento faz com que os moradores se afeiçoem e, por isso, muitos não querem que a ilha se transforme em uma cidade grande. Mas é claro que elas almejam ter trabalho e renda e sabem que o turismo é uma fonte primordial para o município”, comenta Inácio da Silva, educador e um dos coordenadores do Projeto Litoral Sustentável.
Por isso, é importante ressaltar que a população deve se capacitar cada vez mais para continuar com um processo de crescimento. Aprimorar o turismo ecológico e sustentável para que a atividade que ocorra durante o ano todo, gerando assim empregos não apenas temporários.
O objetivo do diagnóstico apresentado pelo Instituto Pólis é servir de base para a elaboração de um programa de desenvolvimento sustentável para o município. A próxima devolutiva será em Caraguatatuba, no dia 9 de agosto – das 18h30 às 21h30, no Hotel Atlântico Sul: Rua Sebastião M Nepomuceno, 77 – Centro. As devolutivas ocorrem em todos os municípios do Litoral Norte e Baixada Santista.
www.litoralsustentavel.org.br
União e estados articulam espaço de cooperação no I Diálogo Florestal
Encontro tem na pauta o debate sobre como fortalecer a gestão florestal e a economia de base sustentável
Integrantes do Serviço Florestal Brasileiro (SFB), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e de 11 órgãos ambientais de estados da Amazônia reúnem-se nesta quinta e sexta-feira, 9 e 10/08 em Rio Branco (AC) no I Diálogo Florestal.
É a primeira vez que entidades ligadas a floresta na Amazônia das diversas esferas de governo articulam-se em um fórum a fim de criar um espaço de cooperação, troca de experiências e construção de estratégias para fortalecer a economia florestal e a gestão de florestas públicas.
“O objetivo é discutir quais são as medidas institucionais para potencializar a economia florestal da região, resolver os gargalos e, principalmente, possibilitar o fortalecimento das instituições e dos processos que envolvem a gestão florestal, em especial, das terras públicas”, afirma o diretor-geral do SFB, Antônio Carlos Hummel.
Economia florestal
Na pauta central do encontro está o debate sobre como promover a economia florestal de base sustentável. “Todo mundo fala na floresta, mas se discute muito pouco o potencial da economia florestal e como dar escala a partir de práticas florestais sustentáveis que incluem o manejo e o plantio. No momento, o manejo florestal apresenta sérios problemas de competitividade, especialmente por causa da madeira ilegal”, afirma Hummel.
Para alcançar novos patamares no fomento a esse ramo produtivo, é preciso discutir questões estruturantes que passam, por exemplo, pela formulação de leis estaduais de gestão de florestas públicas – normas legais que irão disciplinar, entre outros temas, o uso de florestas do estado para produção, de acordo com a realidade local.
“Sem dúvida, seja União ou estados, necessitam de estabelecerem rapidamente leis de fomento a boas práticas florestais. Esse é um bom caminho. Senão, não vamos competir com outras práticas de uso do solo, que pressupõem desmatamento, e que já têm políticas públicas de fomentos estruturadas, além de órgãos de apoio e assistência técnica".
Também está no âmbito dos governos estaduais a gestão sobre florestas públicas que ainda não têm uma destinação – ou seja, não estão em nenhuma categoria de uso, como unidade de conservação, ou assentamentos – e podem ser direcionadas para usos sustentáveis, por exemplo, conforme decisão do poder público local.
Produzindo a partir da floresta
A extração sustentável de madeira e de produtos não madeireiros pode ser estimulada por meio da realização de concessões florestais e do fomento ao manejo em florestas de uso comunitário - aquelas habitadas ou usadas por comunidades tradicionais, agricultores familiares e assentados da reforma agrária.
O encontro vai discutir como favorecer as concessões como uma política pública importante de manutenção da floresta em pé e como dar escala ao manejo florestal comunitário. “O desafio para dar escala ao manejo comunitário hoje é enorme na Amazônia. Temos excelentes projetos pilotos. A gente nada, nada e morre na beira da praia do rio", diz Hummel. "Os custos de transação para se fazer manejo comunitário assustam qualquer comunidade e os governos têm feito muito pouco para resolver os problemas ”, completa.
Segundo o diretor-geral do SFB, para avançar nesse debate é fundamental colocar em debate os instrumentos econômicos para fortalecer o manejo florestal, o que inclui estudos sobre a tributação de produtos florestais.
A ideia é que os temas do encontro formem uma agenda periódica de debates, com metas, responsabilidades, monitoramento de resultados e avaliações de metas.
O encontro terá a presença de 11 órgãos estaduais de meio ambiente do Acre, Amapá, Amazonas, Rondônia, Roraima e Pará. Pelo governo federal participam, além do SFB e do ICMBio, o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). O I Diálogo Florestal tem o apoio da Cooperação Alemã para o Desenvolvimento (GIZ). O evento é restrito a esses participantes.
SERVIÇO
Abertura do I Diálogo Florestal
Quando: quinta-feira, 9/08
Horário: 8h30
Local: Biblioteca da Floresta - Via Parque da Maternidade, s/nº - Centro. Rio Branco (AC)
A presença da imprensa será permitida somente na abertura
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