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segunda-feira, 11 de junho de 2012

Programa Bolsa Verde reconhece guardiões da floresta

Marcia Bindo Na semana do Meio Ambiente, de 4 a 8 de junho, o Ministério do Meio Ambiente celebra o Programa de Apoio à Conservação Ambiental - Bolsa Verde, que desde Junho de 2011 busca identificar e beneficiar famílias em situações de extrema pobreza que vivem em áreas de relevância ambiental. Em contrapartida, estas famílias assumem o compromisso de conservar as áreas por meio da manutenção da cobertura vegetal e do uso sustentável dos recursos naturais. O Programa, em expansão, conta hoje com aproximadamente 23 mil famílias beneficiárias que vivem em 44 Unidades de Conservação, tais como florestas nacionais, reservas extrativistas e de desenvolvimento sustentável e em 209 Projetos de Assentamentos Ambientalmente Diferenciados, além de áreas ribeirinhas, entre outros, abrangendo uma área total de 11,3 milhões de hectares. Famílias estas que dependem em grande parte das matas para viver, atuando como verdadeiros guardiões da floresta (veja mapa ao final). O Bolsa Verde ganha vital relevância uma vez que o Brasil abriga a maior biodiversidade do planeta. O País possui 8,5 milhões km² que ocupam quase a metade da América do Sul e abarcam diversos biomas: a Floresta Amazônica, maior floresta tropical úmida do mundo; o Pantanal, maior planície inundável; o Cerrado de savanas e bosques; a Caatinga de florestas semi-áridas; os campos dos Pampas; e a floresta tropical pluvial da Mata Atlântica, além da costa marinha de 3,5 milhões km². A variedade de biomas reflete a riqueza da flora e da fauna brasileiras. Esta abundante diversidade de vida – que se traduz em mais de 20% do número total de espécies da Terra – eleva o Brasil ao posto de principal nação entre os 17 países megadiversos (ou de maior biodiversidade). Além da biodiversidade, o Brasil também apresenta grande sociodiversidade manifestada por uma infinidade de grupos com características sócio-culturais diferenciadas e com forte relação com o meio ambiente. São eles: extrativistas, indígenas, quilombolas, quebradeiras de coco babaçu, seringueiros, pescadores artesanais, faxinalenses, catadoras de mangaba, dentre outros. No entanto, segundo o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), muitas dessas populações, que desempenham um importante papel para a conservação ambiental, encontram-se em situação de extrema pobreza. Apesar de apenas 15,6 % da população brasileira residir em áreas rurais, ainda há aproximadamente 7,5 milhões de pessoas extremamente pobres nessas áreas, ou seja, quase metade das pessoas em situação de extrema pobreza (46,7 %) está no campo. O Bolsa Verde reconhece e retribui essas comunidades rurais que são os responsáveis pela conservação dos ecossistemas associados a suas áreas, sendo repassados a cada três meses o valor de R$ 300,00 (trezentos reais) por família beneficiária, valorizando, assim, estes atores decisivos para a conservação ambiental no país.