terça-feira, 15 de maio de 2012
CINE TAMAR FAZ SUCESSO EM COMUNIDADE DO CEARÁ
O Centro de Educação Ambiental (CEA), da base do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Tartarugas Marinhas (Tamar), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), no município de Almofala, no Ceará, realiza iniciativas que tem atraído as comunidades regionais para conhecer e participar das atividades de conservação.
Um dos resultados desse trabalho já foi sentido em Patos (CE) onde ainda havia casos de abates de tartarugas marinhas. Com as informações oferecidas nas sessões do Cine Tamar, a comunidade passou a denunciar os pescadores forasteiros envolvidos nos crimes. Eles acabaram indo embora.
O Cine Tamar exibe nas praças, igrejas e muros das vilas, filmes, documentários e vídeos que tratam de questões ambientais e estimulam o interesse das pessoas em ajudar a conservar a natureza.
O coordenador do Tamar no Ceará, Eduardo Lima, explica que “o que aconteceu em Patos é muito positivo e mostra a força da união e sobretudo da informação”. O trabalho de sensibilização e educação ambiental na região é feito através de monitoramento das praias, do programa Tamar na Escola, de exposições com painéis nos espaços públicos conversas informais com lideranças comunitárias.
A comunidade de Almofala, situada no litoral oeste cearense, com população de cerca de 13 mil habitantes, é formada principalmente por descendentes dos índios Tremembé que vivem da pesca artesanal. Os currais se destacam entre as artes de pesca mais praticadas na região, seguidos das redes de espera para peixes e caçoeiras para lagostas. O Tamar trabalha junto aos pescadores da região desde o 1992, quando foi implantada uma base para proteger as tartarugas capturadas incidentalmente.
Centro de Educação Ambiental
O CEA de Almofala foi criado em 2004 para atender escolas e grupos de estudantes. Tem como objetivo principal promover a interação da comunidade com o meio ambiente de forma responsável, além de buscar a sensibilização de pescadores e seus familiares para a proteção da tartaruga marinha na região. Atualmente o CEA recebe cerca de 13 mil pessoas/ano.
No espaço conhecido como Museu Aberto da Aruanã (como é chamada na região a Chelonia mydas), os estudantes recebem informações de biólogos, engenheiros de pesca, oceanógrafos sobre a conservação das tartarugas e do meio ambiente. Participam de soltura de animais reabilitados e assistem vídeos institucionais tratando de temas como a pesca predatória, as mudanças climáticas, interação com resíduos sólidos, além de vídeos com imagens do fundo do mar.
Escolas públicas e particulares, universidades, faculdades e grupos especiais visitam o CEA até três vezes no ano em busca de novas informações e de lazer. Pescadores utilizam o espaço para passeios familiares aos finais de semana. O Centro está dividido em espaços temáticos como área de desovas e pesca, tanques com animais em diversos tamanhos, além do Museu que conta a história da tartaruga marinha no Brasil.
O espaço está aberto de segunda a sábado das 08h30 às 11h30 e das 14h às 17h. Aos domingos funciona das 08h30 às 17h, sem intervalos. Visitas de escolas devem ser previamente agendadas pelo telefone (88) 3667-2020 , no horário comercial.
Comunicação ICMBio