O Núcleo de Gestão Integrada, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), em Santarém, no Pará, acaba de promover reunião técnica para a retomada da produção de borracha na região oeste paraense.
A região já foi uma dos maiores produtoras de borracha do Brasil e do mundo. Há registros de comercialização de até 256 toneladas borracha natural por mês, durante período de safra. Um estudo recente da Universidade de Brasília (UnB), realizado no município de Santarém e arredores, aponta um potencial de mais de 100 toneladas de borracha nos meses de safra.
No encontro, que reuniu vários grupos de produtores formais e informais, representados por lideranças, órgãos públicos e entidades que ligadas diretamente à cadeia produtiva da borracha e representantes das usinas de borracha natural, foram assinados termos de compromissos entre o grupo de produtores e os usineiros, garantindo a retomada da produção e garantia de compra de toda produção.
O primeiro lote de borracha foi comercializado no encerramento da reunião. A transação foi feita com base nos novos termos acordados e assinados nesse encontro. Foram vendidas três toneladas de borracha natural da Resex Tapajós Arapiuns e Flona do Tapajós para uma das usinas participantes do evento.
Segundo Maurício Santamaria, gestor da Resex Tapajós Arapiuns e um dos organizadores do encontro, a reunião foi um sucesso. “Conseguimos atingir todos objetivos almejados. Todos se sentiram contemplados, produtores e compradores. No entanto, o trabalho está apenas iniciando. Para que tudo se concretize, temos que colocar todo planejamento em prática, e isso requer muita dedicação de todos envolvidos.”
Na reunião, ficou acordado que a Cooperativa Mista da Floresta Nacional do Tapajós (Coomflona) e a Organização das Associações da Reserva Extrativista Tapajós Arapiuns (Tapajoara) terão papel fundamental na reativação da cadeia de produção da borracha. Elas terão a responsabilidade de organizar o entreposto de compra, assim como mobilizar novos grupos de produtores. O ICMBio dará todo apoio logístico inicial.
Comunicação ICMBio