Priscila Galvão
O analista ambiental José Augusto Senhorini, do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Peixes Continentais (Cepta), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), desenvolveu um projeto para sistematizar informações da biodiversidade de peixes e parasitos presentes nos principais rios do Parque Nacional da Serra da Canastra, em Minas Gerais.
Intitulado “Levantamento da Ictiofauna e Fauna Parasitária do Parque Nacional da Serra da Canastra, em Minas Gerais”, o projeto realiza inventário da ictiofauna, visando a ampliar as informações sobre as espécies de peixes no interior do parque e na sua zona de amortecimento.
Entre as ações gerenciais propostas no plano de manejo do parque, há um destaque para a necessidade da elaboração de um programa de levantamento e monitoramento dos viveiros de criação de peixes e da erradicação das espécies exóticas criadas na zona de amortecimento.
Em abril de 2010, foram amostrados nove riachos, dentro da unidade de conservação (UC) e nas áreas de entorno, utilizando peneiras de malhas de 2 mm. Foram capturados 207 indivíduos, pertencentes a duas ordens (Characiforme e Siluriforme), seis famílias (Characidae, Crenuchidae, Erythrinidae, Heptapteridae, Trichomycteridae e Loricariidae), 11 gêneros, sendo um novo de Hypoptopomatinae, e 16 espécies, sendo 13 novas de Siluriforme.
Projeto
Durante a execução do projeto, o pesquisador pretende catalogar as espécies de peixes e seus parasitas no interior do parque e zona de amortecimento e, assim, implementar um plano de manejo para a conservação dessas espécies, bem como erradicar as espécies exóticas.
Os dados obtidos pelo projeto geram conhecimento sobre a biodiversidade ictíica e parasitológica dos peixes da Serra da Canastra, bacias dos Rios São Francisco, Paraná e Araguari, ajudam na elaboração da lista de espécies ameaçadas e contribuem também para a proposta de elaboração de um plano de ação para a Serra da Canastra e seu entorno, bacias com grande número de espécies de peixe em extinção.
Comunicação ICMBio