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quinta-feira, 1 de março de 2012

SFB levanta informações do setor florestal na região Sul


Objetivo é avaliar meios para fomentar atividade florestal na região

Um levantamento realizado pelo Serviço Florestal Brasileiro (SFB), por meio da Unidade Regional Sul (UR Sul), reuniu informações dos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná sobre como o setor florestal está estruturado, quais são os programas de fomento, de assistência técnica, como se dá o acesso ao crédito e quais as características do mercado, entre outros.
Segundo o diretor-geral do SFB, Antônio Carlos Hummel, os dados ajudarão a avaliar e discutir uma estratégia de fomento florestal do órgão na região. “O setor florestal é uma das atividades econômicas mais importantes no Sul e as informações nos mostram um cenário em que podemos analisar qual será nossa atuação”, diz.
O documento mostra a força da área florestal na região. Só no Rio Grande do Sul, o faturamento anual do setor é de cerca de R$ 8,2 bilhões, ou 4% do PIB. Em Santa Catarina, os produtos florestais representam o terceiro item de pauta nas exportações e, no Paraná, cerca de 750 mil empregos diretos e indiretos estão ligados ao setor.
Os estados do Sul estão ainda entre aqueles com as maiores áreas de florestas plantadas. Somadas, contam mais de 2 milhões de hectares, o que equivale a aproximadamente metade do território de países como a Suíça. Os produtos derivados dessas matérias-primas, como madeira serrada, celulose, papel, compensados e móveis estão entre os principais produtos de exportação desses estados.
Crédito
Foram identificados pelo menos cinco linhas de crédito federais que financiam atividades como o plantio de espécies florestais com fins energéticos, implantação de viveiros, reflorestamento e sistemas agroflorestais.
Apesar de haver recursos disponíveis, produtores ouvidos no levantamento apontam dificuldades para acessá-las. Parte dos entraves estaria na relação com as instituições financeiras, causada pela falta de divulgação dessas linhas e pelo calendário de liberação de financiamento estar direcionado ao calendário agrícola, apesar de a atividade florestal trabalhar com prazos produtivos diferentes.
Sobre assistência técnica, o levantamento aponta que, no caso do Paraná, a atividade envolve cinco fases de treinamento para os produtores, do primeiro contato até a fase pré-colheita. Mudas e formicidas são financiados e, em alguns casos, adubos também. A empresa fomentadora tem preferência na compra e pratica preços de mercado.
Em relação à formação de profissionais, a região Sul conta com 15 cursos de engenharia florestal ou industrial madeireira (dos cerca de 55 existentes no país), nos quais ingressam quase 900 alunos por ano. Os estados do Paraná e Rio Grande do Sul também contam com programas de mestrado e doutorado na área florestal.
O levantamento deverá prosseguir com a coleta de dados na região Sudeste, nos estados de São Paulo e Minas Gerais. Os dois têm as maiores áreas de florestas plantadas do país. O estudo sobre a região Sul teve início em outubro do ano passado e envolveu a equipe de técnicos da UR Sul do SFB, localizada em Curitiba (PR).