Florestas Comunitárias são aquelas florestas que são habitadas e /ou utilizadas por comunidades e grupos familiares. Existe uma ampla diversidade na organização social e cultural desses grupos e comunidades, bem como na forma de acesso aos recursos florestais, e no modo como estes recursos são utilizados. Este uso, por sua vez, é definido em função da diversidade das florestas e dos arranjos locais existentes para consumo e comercialização dos produtos florestais.
Por exemplo, temos comunidades indígenas vivendo em florestas nos diferentes biomas brasileiros; comunidades extrativistas, como as quebradeiras de coco ou os coletores de castanha, vivendo ou não em Reservas Extrativistas; comunidades quilombolas em diferentes fases de regularização do território; assentamentos de distintas modalidades em áreas florestais, entre muitos outros.
Para grande parte destas comunidades a floresta é essencial para a sobrevivência econômica das famílias e a ela estão associados diversos valores de bastante significância para a manutenção da identidade cultural destes grupos. É bastante comum que em uma dada região as florestas ocupadas por comunidade tradicionais estejam relativamente mais conservadas quando comparadas a outras áreas, devido às suas práticas ancestrais de uso e da defesa que fazem do seu território. No entanto, várias comunidades enfrentam problemas para realizar o uso sustentável de seus recursos florestais, o que implica na degradação das florestas
Atualmente, conforme os dados do Cadastro Nacional de Florestas Públicas, 62% das florestas públicas existentes no país são florestas comunitárias. Embora ainda em fase de construção, onde um grande número de áreas comunitárias ainda não foi inserido, o Cadastro revela que a grande maioria das florestas públicas nacionais está sob destinação comunitária. Isso demonstra o esforço recente do Estado brasileiro de reconhecimento dos direitos das populações a essas áreas.
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