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sexta-feira, 16 de setembro de 2011

FOGO QUEIMOU METADE DA FLORESTA NACIONAL DE BRASÍLIA

por Elmano Augusto

A chefia da Floresta Nacional (Flona) de Brasília fez no final da tarde desta quarta-feira (14) um balanço dos estragos causados pelo incêndio que castigou a unidade de conservação nos últimos quatro dias. Segundo a avaliação, foram queimados 4.593 hectares, o que corresponde a 49% de seus 9.353 hectares, ou seja, praticamente a metade da área total da floresta. O fogo atingiu as áreas 1, 3 e 4 da unidade. A mais prejudicada foi a Área 1. Dos seus 3.353 ha, cerca de 75%, ou 2.514 ha, foram destruídos. A Área 3 perdeu vegetação em 922 de seus 3.076 ha, o que dá 30%. Já na área 4, foram devastados 1.157 ha, equivalentes a 60% dos 1.929 ha que compõem essa parte da floresta. Embora não possa precisar o número de animais queimados, a Flona informou que, durante os quatro dias de incêndio, brigadistas e bombeiros recolheram cerca de 10 bichos, alguns ainda vivos, que foram encaminhados ao Zoológico de Brasília para tratamento. “As aves e os animais mais ágeis perderam seus habitats, suas casas, mas puderam fugir. Os menores e os mais lentos foram os que mais sofreram”, disse o analista ambiental Leo Gondin, um dos responsáveis pela avaliação. Segundo Leo, as árvores nativas do cerrado tiveram troncos e folhagem queimados, mas mantiveram as raízes, o que possibilitará rebrotarem nos próximos dias, mesmo sem chuvas. O mesmo ocorreu com ervas e arbustos, que, em sua maioria, perderam toda a parte aérea. Essas, entretanto, terão que esperar pelas chuvas para se recuperar. Já os eucaliptos e pinheiros que queimaram totalmente terão dificuldade de sobreviver. O analista aproveitou para alertar as pessoas sobre a importância de se conservar a Flona de Brasília. “Embora seja composta em uma boa parte por espécies exóticas plantadas (pinheiros e eucaliptos), a floresta guarda uma vegetação nativa do cerrado muito importante. Além disso, abriga muitas nascentes da bacia do Rio Descoberto, que fornece água para mais da metade da população de Brasília”, disse Leo Gondim. Ascom/ICMBio


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