Lomadee, uma nova espécie na web. A maior plataforma de afiliados da América Latina.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

TEMPORADA REPRODUTIVA DE TARTARUGAS BATE RECORDE

A coordenação nacional do Projeto Tamar, do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação das Tartarugas Marinhas (Tamar), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), acaba de divulgar os resultados finais da 32ª temporada reprodutiva das tartarugas marinhas no continente (2012/2013), encerrada oficialmente em março, mas com registros de desovas até maio. Os dados apontam para novos recordes: cerca de 18.600 ninhos protegidos, gerando aproximadamente 923 mil filhotes, levados ao mar em segurança, o que representa um aumento de 3% em relação à temporada reprodutiva anterior. Os resultados se referem às áreas de reprodução no continente. As ilhas oceânicas estão fora, pois a temporada de desova nesses locais ainda não acabou. O balanço foi anunciado pela coordenadora de pesquisa e conservação do Tamar, Neca Marcovaldi, e é fruto do trabalho realizado por meio de 16 bases de pesquisa instaladas em áreas prioritárias de desova monitoradas no litoral de cinco estados brasileiros - Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Sergipe e Rio Grande do Norte. Durante a temporada, entre setembro e março, foram flagradas 1.794 fêmeas em processo reprodutivo, incluindo indivíduos marcados em temporadas anteriores (546 fêmeas) e encontrados pela primeira vez (1.248 fêmeas). O esforço de marcação resultou no registro de 2.782 fêmeas em processo reprodutivo. Além da marcação e coleta de dados biométricos, foram recolhidas amostras de pele para estudos genéticos. Aliados De acordo com a coordenadora do Tamar, a continuidade dos esforços de educação ambiental, envolvimento comunitário e aprimoramento do monitoramento das praias permitiu a manutenção de mais de 70% dos ninhos no local original de postura escolhido pela fêmea (ninhos in situ), estratégia de conservação considerada ideal para as desovas de tartarugas marinhas. Somente os ninhos sob risco de predação humana ou animal, ação da maré ou localizados em áreas urbanas foram transferidos para os cercados de incubação, expostos às condições climáticas naturais, ou para trechos seguros de praia, acrescentou Neca. Esses ninhos transferidos para os cercados têm um papel importante na educação e sensibilização da sociedade, pois possibilitam que milhares de pessoas vejam bem de perto o nascimento das tartaruguinhas e seu caminho até o mar, em solturas programadas nas praias, ressalta a coordenadora nacional do Tamar. "São ações interativas que acabam conquistando novos aliados na defesa das tartarugas marinhas", reforçou ela. Criado há 33 anos, o Projeto Tamar tem o patrocínio oficial da Petrobras, por meio do programa Petrobras Ambiental, e o apoio do Título de Capitalização Bradesco Pé Quente. Atua em nove estados brasileiros onde mantém diversas parcerias em âmbito local. Comunicação ICMBio