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segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Pesquisa revela: produção de papel e celulose está ligada a lavagem de dinheiro, corrupção e grilagem de terras.

O Brasil detém a marca de maior produtor mundial de celulose branqueada. As unidades industriais estão distribuídas entre o Norte do Espírito Santo e o Sul da Bahia. Nessa região, segundo dados levantados pela pesquisa O FALSO VERDE, as empresas de celulose estão envolvidas em diversos crimes, dentre eles lavagem de dinheiro, fraude, corrupção, sonegação de impostos e crimes ambientais e trabalhistas. O principal controlador das empresas envolvidas com os problemas é o BNDES, seguido pela Votorantim. O banco aumentou a injeção de recursos no setor em 2009, em decorrência da crise internacional. Hoje, é o principal investidor em celulose no mundo. A pesquisa, liderada pelo jornalista Marques Casara, mostra o passo a passo das fraudes e dos crimes tributários, ambientais e trabalhistas ligados à cadeia produtiva da celulose. Mostra também como as empresas da região falsificaram documentos e se uniram a oficiais do Exército para expulsar moradores que habitavam a região. A pesquisa é uma iniciativa do Instituto Observatório Social e da Papel Social Comunicação. A íntegra do documento estará disponível para download a partir do dia 18 de dezembro, no site das duas organizações. O responsável pelo estudo, o jornalista Marques Casara, atua em pesquisas de cadeias produtivas desde 2002, quando identificou a existência de trabalho escravo na produção do aço brasileiro. Desde então, publicou diversas pesquisas sobre as cadeias produtivas da siderurgia, da mineração, da madeira e do vestuário. Foi duas vezes agraciado com o Prêmio Esso de Jornalismo e outras duas com o prêmio Vladimir Herzog.