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quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Contratações de R$ 1,3 mi beneficiam comunidades na Mata Atlântica e Amazônia

Ação fortalece produção de sementes e mudas para restauração florestal e geração de renda com o manejo florestal em reservas extrativistas

Em tempos de discussão de alteração no Código Florestal e da necessidade de recuperação e manejo florestal, o Serviço Florestal se antecipa apoiando atividades de transferência de conhecimento na área florestal.

No dia 24/01, foram assinados os contratos de capacitação e assistência técnica no valor total de R$ 1,26 milhão do Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal (FNDF), gerido pelo Serviço Florestal Brasileiro (SFB), que vão beneficiar mais 300 famílias de extrativistas na Amazônia e cerca de 100 coletores de sementes e viveiristas na Mata Atlântica.

Com a contratação de todos os serviços para os beneficiários do primeiro conjunto de chamada de projetos, o FNDF entra em plena operação. “O Fundo se consolida como uma iniciativa de desenvolvimento florestal com recursos alocados diretamente para esse objetivo. Temos como meta atingir todos os biomas brasileiros” afirma diretora de Fomento e Inclusão do SFB, Claudia Azevedo-Ramos.

Mata Atlântica
Na Mata Atlântica, serão atendidos coletores e viveiristas ligados a 10 projetos de produção de sementes e mudas de espécies nativas do bioma para a restauração florestal no Nordeste. As associações, viveiros e comunidades que receberão auxílio estão localizados em Porto Seguro (BA), Itacaré (BA), Ibicoara (BA), Medeiros Neto (BA), João Pessoa (PB), Ribeirão (PA) e Fernando de Noronha (PE).

Os beneficiários receberão capacitação, no mínimo 300 horas de assistência técnica e participarão de intercâmbios para a troca de experiências com outras comunidades. Os conteúdos a serem abordados compreendem desde procedimentos para a melhoria da produção até a comercialização.

Segundo o gerente de Capacitação e Fomento do SFB, João Paulo Sotero, o apoio aos produtores ajuda a enfrentar um dos gargalos para a restauração do bioma mais desmatado do país, que é a falta de sementes e mudas de espécies nativas. E a demanda tende a aumentar. “A exigência de recuperação de áreas com o novo Código Florestal, a conscientização da população e o papel da floresta no sequestro e estocagem de carbono devem elevar a procura”, diz o gerente.

Amazônia
Na Amazônia, mais de 300 famílias ao todo serão beneficiadas. Cerca de 60 delas fazem parte de duas associações de comunitários em Porto de Moz (PA), na Resex Verde para Sempre, que receberão assistência técnica para operar seus planos de manejo (PMFS), voltados à extração de produtos madeireiros e não madeireiros. O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) colaborou na elaboração dessa Chamada do FNDF.

Serão realizados um diagnóstico dos planos de manejo, capacitações em atividades operacionais de manejo – pré-corte, manutenção, e arraste de toras, por exemplo –, 300 horas de assistência técnica por comunidade e intercâmbio entre os comunitários, entre outras.

Mais quatro associações que envolvem cerca de 240 famílias, ligadas à extração de óleo de andiroba e copaíba, sendo uma em Juruá (AM), na Resex Baixo Juruá, e três em Santarém (PA), na Resex Tapajós-Arapiuns, também serão atendidas. O apoio consiste na avaliação das condições em que o extrativismo ocorre, elaboração do PMFS e de plano de negócios, capacitações, assistência e intercâmbio.

“O objetivo é melhorar a renda dos beneficiários, promovendo a capacitação e assistência para o manejo florestal comunitário, e contribuir para que as comunidades mantenham a floresta em pé, vivam na floresta e da floresta”, afirma João Paulo Sotero.

Todos os contratos têm duração de 24 meses. Além dos contratos firmados nesta terça-feira, também com apoio do FNDF, está em execução desde o ano passado o contrato para apoio a agricultores familiares de cinco assentamentos na Caatinga, no Piauí para a promoção do manejo florestal.