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segunda-feira, 24 de junho de 2013

TEMPORADA REPRODUTIVA DE TARTARUGAS BATE RECORDE

A coordenação nacional do Projeto Tamar, do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação das Tartarugas Marinhas (Tamar), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), acaba de divulgar os resultados finais da 32ª temporada reprodutiva das tartarugas marinhas no continente (2012/2013), encerrada oficialmente em março, mas com registros de desovas até maio. Os dados apontam para novos recordes: cerca de 18.600 ninhos protegidos, gerando aproximadamente 923 mil filhotes, levados ao mar em segurança, o que representa um aumento de 3% em relação à temporada reprodutiva anterior. Os resultados se referem às áreas de reprodução no continente. As ilhas oceânicas estão fora, pois a temporada de desova nesses locais ainda não acabou. O balanço foi anunciado pela coordenadora de pesquisa e conservação do Tamar, Neca Marcovaldi, e é fruto do trabalho realizado por meio de 16 bases de pesquisa instaladas em áreas prioritárias de desova monitoradas no litoral de cinco estados brasileiros - Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Sergipe e Rio Grande do Norte. Durante a temporada, entre setembro e março, foram flagradas 1.794 fêmeas em processo reprodutivo, incluindo indivíduos marcados em temporadas anteriores (546 fêmeas) e encontrados pela primeira vez (1.248 fêmeas). O esforço de marcação resultou no registro de 2.782 fêmeas em processo reprodutivo. Além da marcação e coleta de dados biométricos, foram recolhidas amostras de pele para estudos genéticos. Aliados De acordo com a coordenadora do Tamar, a continuidade dos esforços de educação ambiental, envolvimento comunitário e aprimoramento do monitoramento das praias permitiu a manutenção de mais de 70% dos ninhos no local original de postura escolhido pela fêmea (ninhos in situ), estratégia de conservação considerada ideal para as desovas de tartarugas marinhas. Somente os ninhos sob risco de predação humana ou animal, ação da maré ou localizados em áreas urbanas foram transferidos para os cercados de incubação, expostos às condições climáticas naturais, ou para trechos seguros de praia, acrescentou Neca. Esses ninhos transferidos para os cercados têm um papel importante na educação e sensibilização da sociedade, pois possibilitam que milhares de pessoas vejam bem de perto o nascimento das tartaruguinhas e seu caminho até o mar, em solturas programadas nas praias, ressalta a coordenadora nacional do Tamar. "São ações interativas que acabam conquistando novos aliados na defesa das tartarugas marinhas", reforçou ela. Criado há 33 anos, o Projeto Tamar tem o patrocínio oficial da Petrobras, por meio do programa Petrobras Ambiental, e o apoio do Título de Capitalização Bradesco Pé Quente. Atua em nove estados brasileiros onde mantém diversas parcerias em âmbito local. Comunicação ICMBio

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Os resíduos sólidos e a sustentabilidade

Por Heliana Kátia Tavares Campos A recuperação dos resíduos sólidos alcançou o patamar de 13% no Brasil - cerca de um terço da meta do Plano Nacional de Resíduos Sólidos para 2031, que é de 45% - e tem provocado degradação humana e ambiental insustentáveis. Nas ruas, nos lixões e mesmo nas Instalações de Recuperação de Resíduos (IRR) registra-se a presença de homens, mulheres e crianças, de forma indigna, catando os resíduos para comercialização ou mesmo para alimentação própria. Esses catadores, que frequentemente são vítimas de acidentes severos, muitas vezes fatais, são duplamente explorados. Pelo poder público, que não os remuneram pelo manejo dos resíduos sob sua responsabilidade e pela indústria que adquire os materiais recuperados por valores aviltantes. A Política de Saneamento Básico, Lei 11.445/2007, autoriza ao poder público contratar organizações de catadores sem licitação com uso de equipamentos compatíveis com as normas técnicas, ambientais e de saúde pública - mas, como se sabe isso não ocorre. Por outro lado, a propalada redução da geração priorizada na hierarquização para o tratamento dos resíduos na Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS, Lei 12.305/2010) está longe de ser alcançada. A geração per capita de resíduos no Brasil tende a aumentar. Isto devido principalmente à almejada e alcançada mobilidade social das populações de menor para maior renda. A propensão marginal ao consumo se concretiza gerando mais resíduos. A redução do número de habitantes por domicílio, a entrada da mulher no mercado de trabalho, programas de transferência de renda também influenciam. Tanto a recuperação dos resíduos secos para sua reintrodução no processo industrial como a compostagem dos resíduos úmidos, são estratégicas no setor. Para que ocorram adequadamente serão necessárias mudanças na gestão nas dimensões técnica, econômica, ambiental e social. A definição sobre os tipos de IRRs necessárias à recuperação de 32% dos resíduos secos e ainda compostagem de orgânicos deve ser estudada caso a caso. Estudos realizados em IRRs de Guarulhos, Rio de Janeiro e do Distrito Federal demonstram os baixos indicadores de sustentabilidade. Para facilitar a escolha tecnológica e capacidades das IRRs a serem implantadas, apresentam-se os seguintes indicadores: Geração Representação Tecnologia Porte Capacidade t/dia Origem resíduos Produtividade kg.catador-1.dia-1 G0 TMA Tratamento Manual no solo Não aplica ZERO Coleta seletiva 95 G1 TMA Tratamento Manual em Mesa Estática PP 7 Coleta seletiva 70 G2 TME Tratamento Manual e Semi Mecanizado MP Até 30 Coleta seletiva 92 G3 TME Tratamento Manual e Mecanizado GP FCSR Acima de 30 Coleta seletiva 259 G4 TMB Tratamento Mecânico Biológico GP FCCR Acima de 30 Coleta convencional e seletiva 235(*) G5 TMB Tratamento Mecânico Biológico GP Acima de 30 Coleta convencional e seletiva NA Legenda: PP – Pequeno Porte, MP – Médio Porte (*), GP – Grande Porte. NA – Não aplica. FC – Fluxo Contínuo. SR – Sem Retorno. CR – Com Retorno. (*) O valor de produtividade insatisfatório pela ausência de compostagem em uma unidade. As baixas produtividades encontradas devem ser em muito aumentadas com melhorias na gestão. Para tanto, há necessidade formalização da relação entre o poder púbico e as organizações de catadores a serem incubadas e a contratação de empresas especializadas para o cumprimento das metas. O setor industrial deverá, por meio da logística reversa, ressarcir o município das despesas na recuperação das embalagens. Essas atividades aliadas à realização de um acordo entre as três esferas de governo no cumprimento das metas da reciclagem poderão ser as mais importantes conquistas da 4ª Conferência Nacional de Meio Ambiente - CNMA. Aberta a discussão para o todo o país, este evento, que culminará em setembro de 2013 em Brasília, poderá vir a ser o marco divisor de águas para o setor. Eis que um novo horizonte se abre para a gestão dos resíduos sólidos no Brasil. É preciso avançar em direção a um modelo de recuperação dos resíduos que alinhe a inclusão social com dignidade e respeito à legislação nacional. Que alcance a sustentabilidade técnica, econômica, financeira, ambiental e social e que nos faça orgulhar dos atuais indicadores de reciclagem alcançados e avançar ainda mais. Trabalhamos por isso. Heliana Kátia Tavares Campos é Engenheira Civil com especialização em Engenharia Sanitária pela UFMG e mestre em Desenvolvimento Sustentável pela UNB. Será palestrante no III GRAL - Conferência Internacional de Gestão de Resíduos na América Latina

terça-feira, 18 de junho de 2013

Evento em SP discute viabilidade do Biogás no país e apresenta casos práticos em vários setores

A quarta edição do Biogas Brazil Congress trará a SP experiências com produção do biometano a partir de resíduos de lixo urbano e dejetos da indústria agro alimentar Discutir o potencial e viabilidade das plantas de Biogás no Brasil, com a apresentação de casos práticos, é a proposta da quarta edição do Biogas Brazil Congress, que a IBC vai promover em São Paulo nos dias 24 e 25 de julho. Participam do encontro representantes da Secretaria de Energia de SP, Abrelpe, Petrobras, Eletrobras, Itaipu Binacional, Sulgás, Ecocitrus, Naturovos, CTC e Caixa Econômica Federal, entre outros. Estão programados debates sobre o papel do Biogás como fonte de energia estratégica, sua representatividade na matriz energética, os arranjos técnicos, acadêmicos, industriais e as parcerias necessárias para o desenvolvimento do mercado de biogás no país, e a viabilidade dos projetos de biogás de menor escala. Também será apresentada a visão dos investidores sobre a atratividade dos projetos de biogás. A parte da tarde do primeiro dia reunirá experiências bem-sucedidas do Brasil e do exterior, para mostrar aos participantes as tecnologias disponíveis e as oportunidades que o biogás pode trazer para empresas agro-alimentares, pecuaristas e até para Municípios. O Biogas Brazil Congress abrirá espaço para que sejam discutidas as perspectivas de curto e médio prazo para que a Nova Política de Resíduos Sólidos impulsione o aproveitamento energético do lixo urbano. O segundo dia concentrará os casos práticos, discutindo fatores de sucesso, aprendizados e desafios na produção de biogás em aterros sanitários (Panorama Energético); na biodigestão de dejetos de aves poedeiras para geração e recuperação de Biogás, Biometano, Gás Carbônico, Energia Elétrica e Térmica, Biofertilizante e Composto Orgânico (Projeto Ecocitrus/Naturovos/Sulgás); no aproveitamento de dejetos suínos para geração de energia (Projeto Alto Uruguai); na geração de biometano a partir de águas residuais e vinhaça (CTC). Entre os palestrantes, destacam-se o subsecretário de energias renováveis do Estado de SP, Milton Flávio Lautenschlager, o superintendente de energias renováveis da Itaipu Binacional, Cícero Bley, que representa o país no grupo de biogás da Agência Internacional de Energia, o superintendente nacional de saneamento e infraestrutura da Caixa, Adailton Ferreira Trindade, o diretor do Panorama Energético e membro do comitê de energias renováveis da Petrobras, Fábio Viana de Abreu, o coordenador de novos negócios da Sulgás, Guilherme Cabral, o gerente de projetos da Ecocitrus, Albari Pedroso, o consultor técnico da Naturovos, Fábio Koch, e o secretário executivo do Projeto Alto Uruguai, Sadi Baron. Encerra a programação do quarto Biogas Brazil Congress um workshop conduzido pelo engenheiro eletricista Heleno Quevedo, mestre e doutorando em energia, que mostrará como avaliar aspectos técnicos para a produção de biometano a partir de cada tipo de substrato. A discussão envolverá também os gargalos que devem ser sanados em cada processo para tornar mais competitiva a produção de biogás no Brasil. A quarta edição do Biogas Brazil Congress é uma iniciativa da IBC, com o patrocínio da Acqua Engenharia, BTS Biogas, Sysadvance e Dresser-Hand Guascor. As informações estão no site http://www.informagroup.com.br/biogas e na Central de Atendimento da IBC, pelo telefone 11-3017-6808 ou pelo email imprensa@ibcbrasil.com.br AGENDA: 4º. Biogas Brazil Congress Dias 24 e 25 de julho de 2013. Local: Hotel Paulista Plaza, Alameda Santos, 85, São Paulo, SP Horário: das 8h30 às 18h00 Organização: IBC, empresa do Informa Group Informações: 11-3017-6808 ou imprensa@ibcbrasil.com.br Site: http://www.informagroup.com.br/biogas

sexta-feira, 14 de junho de 2013

EXPOSIÇÕES DE FOTOS SÃO ATRAÇÃO NO PARQUE DE BRASÍLIA

Uma enfoca quaresmeiras e outra a biodiversidade do Cerrado Frequentadores e visitantes do Parque Nacional de Brasília podem apreciar durante este mês a exposição de fotos As Quaresmeiras, em cartaz no Centro de Educação Ambiental. Os trabalhos são de autoria de Paulo Henrique G. Cruz Jr, convidado no ano passado a fotografar as quaresmeiras (Tibouchina Granulosa) existentes na unidade de conservação (UC), gerida pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Bidoviersidade (ICMBio). “Quando cheguei ao parque e comecei a trabalhar, percebi que a floração das quaresmeiras era muito mais que apenas árvores em flor, mas, sim, uma explosão da cor violeta, que se expandia por todo o ambiente”, diz Paulo Henrique na apresentação da exposição. Todas as imagens foram doadas ao acervo da UC. A cor roxa e sua época de floração, que ocorre no período religioso da quaresma, são as razões para o nome da espécie. As quaresmeiras são árvores de ocorrência no Cerrado, podendo atingir de 8 a 12 metros de altura, com tronco de 30 a 40 centímetros de diâmetro. Ela floresce entre os meses de janeiro e abril e também entre junho e agosto. Devido às suas características, a espécie é muito usada no paisagismo de cidades. Ela é considerada uma planta rústica de crescimento rápido, suporta clima seco e quente, solos pobres, sendo utilizada na revegetação de áreas degradadas. Biodiversidade do Cerrado Segue em exibição no mesmo local, até o final deste mês, exposição fotográfica de Paulo de Araújo e Martim Garcia, da Assessoria de Comunicação do Ministério do Meio Ambiente, que enfoca a biodiversidade do Cerrado. A maior parte das fotografias tem como cenário o Parque Nacional de Brasília, mas a exposição retrata, também, a vegetação presente na área central de Brasília e a biodiversidade da Chapada dos Veadeiros. Desde sua reabertura, em fevereiro, o Centro de Educação Ambiental do parque busca atrair a comunidade para dentro da unidade de conservação e fazer com que as pessoas compartilhem suas impressões, por meio de fotos ou vídeos, acerca das belezas preservadas na unidade. Os interessados em apresentar seu trabalho no espaço podem agendar um horário com os técnicos da área de educação ambiental ou visitação do parque. Serviço: Exposições fotográficas As Quaresmeiras e Cerrado Local: Centro de Educação Ambiental do Parque Nacional de Brasília Diariamente Horário: 9h às 16h Comunicação ICMBio

PARQUE DA ILHA GRANDE PROMOVE RIO+LIMPO

80 toneladas de lixo foram retiradas da UC no Paraná O Parque Nacional de Ilha Grande, na divisa entre o Paraná e Mato Grosso do Sul, deu a largada das atividades da edição 2013 do Rio + Limpo, iniciativa que promove a limpeza das mais de 180 ilhas existentes na unidade de conservação (UC). Mais de 80 pessoas participaram do evento, que resultou no recolhimento de duas toneladas de resíduos. Logo pela manhã do domingo (9), os voluntários saíram de Porto Camargo, no distrito de Icaraíma, rumo ao Porto Caiuá, no município de Naviraí, Mato Grosso do Sul, onde aconteceu a etapa de abertura da segunda edição do Rio + Limpo. De acordo com o chefe do parque, Romano Pulzatto Neto, o resultado da primeira etapa não poderia ter sido melhor. Segundo ele, foram recolhidas duas toneladas de material reciclável leve, o equivalente a dois caminhões caçamba. O chefe da unidade informou ainda que foram percorridas as ilhas não contempladas pelo projeto em 2012, que se deu em cinco etapas nos municípios de Guaíra, Alto Paraíso, Icaraíma, Naviraí, Eldorado e São Jorge do Patrocínio. Além de servidores do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que administra o parque, essa primeira etapa de 2013 contou com a participação de voluntários e representantes de instituições como Conselho Intermunicipal para a Conservação do Rio Paraná e Áreas de Influência (Coripa), Itaipu, prefeitura de Naviraí, Polícia Ambiental, Bombeiros e Rotary Club. Na abertura dos trabalhos, um padre abençoou o evento diante de uma imagem de São Francisco da Ilha Grande, estátua peregrina esculpida em madeira, que acompanha todas as etapas dos eventos ambientais da região. O Projeto Rio+Limpo é uma iniciativa do ICMBio e do Coripa, realizado juntamente com as prefeituras municipais da região do parque. A iniciativa tem o objetivo de sensibilizar as pessoas que frequentam a unidade quanto à importância de manter o ambiente nas ilhas, rios, lagoas e várzeas livre dos resíduos abandonados por antigos moradores e frequentadores habituais. O parque O Parque Nacional de Ilha Grande abrange territórios dos municípios de Alto Paraíso, Altônia, Guaíra, Icaraíma e São Jorge do Patrocínio, no Paraná, e de Eldorado, Itaquiraí, Mundo Novo e Naviraí, no Mato Grosso do Sul. Com 78. 875 ha de área, a unidade encampa todas as ilhas e ilhotas desde o Reservatório de Itaipu e a foz do rio Piquiri até a foz dos rios Amambai e Ivaí, no rio Paraná, dentre as quais as maiores são as ilhas Grande, Peruzzi, do Pavão e Bandeirantes. A área do parque também inclui as várzeas e planícies de inundação, situadas às margens do rio Paraná, as águas lacustres e lagunares e seu entorno e o Paredão das Araras. A unidade protege sítios arqueológicos de alta relevância. Comunicação ICMBio

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Projeto inédito de Cooperação Internacional e Sustentabilidade será apresentado no Rio de Janeiro

Através dele, Brasil será beneficiado com R$ 80 milhões doados pelo Reino Unido. O Projeto “Agricultura Sustentável para o Desenvolvimento Rural: o trabalho de cooperação entre o Governo Brasileiro e Governo Britânico” será apresentado por seu idealizador, o Coordenador-Geral de Sustentabilidade Ambiental do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Renato Brito, durante a Exposustentat, feira e conferência em sustentabilidade que será realizada dias 13 e 14 de junho, no Rio de Janeiro (RJ). O projeto foi o único brasileiro considerado no processo de aprovação do Governo do Reino Unido para a alocação de recurso equivalente a £ 25 milhões voltados para a redução das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) decorrentes das atividades agrícolas. Segundo Brito, a ideia do projeto surgiu no sentido de aproveitar oportunidades de fundos internacionais não reembolsáveis para levantar recursos para implementação de projetos estratégicos na área de sustentabilidade. “Ser sustentável envolve estarmos abertos à novas formas de trabalho. Quando idealizei este projeto, cujo objetivo é restaurar áreas desmatadas e degradadas em pequenas e médias propriedades rurais nas regiões da Amazônia e Mata Atlântica, quis ser sustentável desde a sua elaboração até à sua execução”, afirma Brito. A apresentação do projeto acontecerá na sexta-feira, dia 14, às 9h15, no Centro de Convenções Sulamérica, no Rio de Janeiro; e o seu lançamento nacional está programado para dia 27 de junho, às 10h, em Brasília (DF), com participação de autoridades brasileiras e britânicas. Confira programação completa da Exposustentat pelo site: http://exposustentat.com.br/index.php

segunda-feira, 10 de junho de 2013

PARCERIA GERA ARARINHA-AZUL POR INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL

Uma boa notícia para todos os que torcem pela volta da ararinha-azul (Cyanopsitta spixii) à natureza: experimentos com inseminação artificial, realizados em ararinhas mantidas em cativeiro, resultaram no nascimento de filhotes. A espécie, nativa do Brasil, é considerada extinta na natureza desde 2000. Clique aqui para assistir ao vídeo sobre a inseminação. Os trabalhos foram desenvolvidos pela Al Wabra Wildlife Preservation (AWWP), no Qatar. A instituição é parceira do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) na implementação do Plano de Ação Nacional para Conservação da Ararinha-azul, que visa a reintroduzir a espécie no seu habitat histórico, a região de Caatinga no interior da Bahia. Como foi A cada ano, a temporada reprodutiva é um dos momentos mais decisivos para as ações de conservação. Isso porque os problemas genéticos da espécie dificultam o desenvolvimento do programa reprodutivo em todo o mundo (atualmente, existem cerca de 80 aves, mantidas em cativeiro no Brasil, Qatar, Alemanha e Espanha). Esses problemas acabam reduzindo o sucesso do aumento da população da ararinha-azul. Por isso, pesquisadores da AWWP, em parceria com a Parrot Reproduction Consulting, da Alemanha, decidiram, nesta temporada, dar uma ajuda à ararinha-azul no processo de reprodução por meio de inseminação artificial. Logo que uma fêmea fazia a postura do seu primeiro ovo, os pesquisadores coletavam espermatozoides de machos selecionados e imediatamente os depositavam no oviduto das fêmeas de ararinhas-azuis, esperando que o próximo ovo fosse fertilizado antes que a casca se formasse. O processo foi repetido após a segunda e terceira postura, já que as ararinhas-azuis costumam pôr até quatro ovos. Feito isso, os ovos foram colocados numa incubadora. Após sete dias, eles foram examinados para verificação da fertilidade. Dois de sete ovos inseminados artificialmente estavam férteis e se desenvolviam bem. Os ovos foram monitorados diariamente, até que, no vigésimo-sexto dia de incubação, os filhotes, enfim, nasceram. Grande passo Para o coordenador de Espécies Ameaçadas do ICMBio, Ugo Vercillo, a inseminação artificial da ararinha-azul é um grande passo no processo de reintrodução da espécie na natureza. “Há cinco anos, a inseminação artificial para a ararinha-azul era algo impossível. Graças aos esforços da Al Wabra Wildlife Preservation e da Parrot Reproduction Consulting esse feito se tornou realidade e nos deixa mais perto de reintroduzir a ararinha-azul na natureza”, destacou. O primeiro filhote recebeu o nome de Neumann, uma homenagem ao executor da primeira inseminação artificial de sucesso em ararinhas-azuis, o médico-veterinário Daniel Neumann, da Parrot Reproduction Consulting e especialista em reprodução do Plano de Ação Nacional para a Conservação da Ararinha-azul, coordenado pelo ICMBio. “Já realizei muitas inseminações artificiais em psitacídeos nos últimos anos, mas nenhuma foi tão especial quanto essa com as ararinhas-azuis. Ainda garoto, acompanhei o desaparecimento da última ararinha-azul na natureza e era meu sonho estar envolvido com a conservação desta espécie. Agora fui a pessoa que realizou a primeira inseminação artificial com sucesso. Ainda é difícil entender, mas isto me faz bem”, afirmou o pesquisador. Tim Bouts, da AWWP, já considera a possibilidade de repetir a experiência da reprodução da ararinha-azul no Brasil. “Em parceria com a NEST, a AWWP maneja dez das onze ararinhas-azuis que estão no Brasil, juntamente com o governo brasileiro. Precisamos começar a reproduzir essas aves no Brasil e iniciar a prática de inseminação artificial o quanto antes”, destacou. Sobre a AWWP A Al Wabra Wildlife Preservation (AWWP), fundada pelo sheikh Saoud Bin Mohamed Bin Ali Al-Thani, na pequena península do Qatar, está ativamente envolvida na conservação da espécie em seu ambiente natural no Brasil. No centro reprodutivo no Qatar, a AWWP possui 64 ararinhas-azuis (77% da população mundial da espécie), das 83 ararinhas registradas no studbook da espécie. Juntamente com a NEST, a Al Wabra possui uma parceria para manejar dez ou onze ararinhas-azuis no Brasil. A AWWP também possui uma área de 2.380 hectares em um dos principais hábitats das ararinhas-azuis, próximo a cidade de Curaçá, na Caatinga baiana, visando a restauração desse habitat para a reintrodução das ararinhas-azuis. O Consultor de Manejo do Programa de Cativeiro da Ararinha-azul é membro da equipe da AWWP. Plano de Ação O Plano de Ação Nacional para Conservação da Ararinha-Azul congrega os atores relevantes para a conservação da espécie e organiza todas as ações que precisam ser conduzidas para promover a reintrodução da espécie na natureza. Entre essas ações, está o aumento pupulacional da espécie em cativeiro e a preparação do seu habitat natural para receber as primeiras aves nos próximos anos. São parceiros do PAN da Ararinha-azul, as seguintes instituições: AWWP, ACTP, Fundação Lymington, Nest, Parrots International, Parque das Aves, Universidade de São Paulo, SAVE Brasil, Funbio e Vale. Comunicação ICMBio Nordeste

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Inhotim abre processo seletivo para bolsista de História Ambiental

O Instituto Inhotim, por meio da Diretoria de Jardim Botânico e Meio Ambiente, publica edital de seleção para uma vaga de bolsista em História Ambiental. O estudante selecionado atuará na área de qualidade ambiental, especificamente na pesquisa “A História Ambiental da Mineração em Brumadinho: Uma paisagem de importantes mananciais no cenário de exploração mineraria do Quadrilátero Ferrífero mineiro”. Os interessados devem estar regularmente matriculados do 3º período em diante nos cursos de graduação em Geografia ou História e não possuir vínculo empregatício de qualquer natureza. A bolsa do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC/ FAPEMIG 2013) tem duração de um ano, valor mensal de R$ 400 reais e carga horária de 20 horas semanais. Os candidatos deverão enviar currículo, para o e-mail aline.oliveira@inhotim.org.br, especificando no campo assunto: Inscrição para bolsa Historia Ambiental até às 23h59min do dia 23/06//2013 (Domingo). O resultado final será divulgado no próximo dia 28 de junho. A seleção dos candidatos será realizada em três etapas: 1ª Etapa de seleção - eliminatória: análise do currículo realizada pela Comissão de Seleção, composta por membros do Instituto Inhotim das áreas contempladas. O resultado da etapa será divulgado no site do Inhotim em 25/06/2013 até 20h00. 2ª Etapa de seleção – classificatória: avaliação escrita com os aprovados na 1ª etapa, a ser realizada em 27/06/2012 às 10h30 horas, no Instituto Inhotim, em Brumadinho. É obrigatória a apresentação do histórico escolar do curso. 3ª Etapa de seleção – classificatória: entrevista com os candidatos após realização da avaliação escrita em 27/06/2013 às 13h00, no Instituto Inhotim, em Brumadinho. Os critérios de avaliação serão: interesse em participar do projeto, perfil do aluno em relação às atribuições da bolsa, capacidade dissertativa e disponibilidade de tempo compatível com a carga horária exigida. O Instituto Inhotim fornece para o bolsista selecionado: Transporte da empresa, almoço e vale transporte se necessário. Diretoria de Jardim Botânico e Meio Ambiente EDITAL 001/2013 PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA INHOTIM / FAPEMIG 2013 O Instituto Inhotim, por meio do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica PIBIC/ FAPEMIG 2013, TORNA PÚBLICO, para conhecimento dos interessados, a SELEÇÃO DE 1 BOLSISTA DE INICIAÇÃO CIENTIFICA a que se refere o presente edital, em conformidade com as condições a seguir estabelecidas: BOLSA Serão destinadas 1 bolsa de Iniciação Científica PIBIC no valor mensal de R$ 400,00 (quatrocentos reais), com duração de 12 (doze) meses, para o projeto na área de: ÁREA : Qualidade Ambiental PROJETO: A História Ambiental da Mineração em Brumadinho: Uma paisagem de importantes mananciais no cenário de exploração mineraria do Quadrilátero Ferrífero mineiro. VAGAS: 01 CARGA HORÁRIA: 20 horas semanais REQUISITOS DO BOLSISTA - Estar matriculado regularmente do 3º período em diante nos cursos de graduação em Geografia ou História. - Não acumular bolsa nem ter vínculo empregatício de qualquer natureza; INSCRIÇÃO Os currículos devem ser enviados para o email aline.oliveira@inhotim.org.br até às 23h59min do dia 23/06//2013 e devem constar no campo assunto: Inscrição para bolsa Historia Ambiental. SELEÇÃO A seleção dos candidatos será realizada em três etapas: 1ª Etapa de seleção - eliminatória: análise do currículo realizada pela Comissão de Seleção, composta por membros do Instituto Inhotim das áreas contempladas. O resultado da etapa será divulgado no site do Inhotim em 25/06/2013 até 20h00. 2ª Etapa de seleção – classificatória: avaliação escrita com os aprovados na 1ª etapa, a ser realizada em 27/06/2012 às 10h30 horas, no Instituto Inhotim, em Brumadinho. É obrigatória a apresentação do histórico escolar do curso. 3ª Etapa de seleção – classificatória: entrevista com os candidatos após realização da avaliação escrita em 27/06/2013 às 13h00, no Instituto Inhotim, em Brumadinho. Os critérios de avaliação serão: interesse em participar do projeto, perfil do aluno em relação às atribuições da bolsa, capacidade dissertativa e disponibilidade de tempo compatível com a carga horária exigida. O Instituto Inhotim fornece para o bolsista selecionado: Transporte da empresa, almoço e vale transporte se necessário. RESULTADO - O resultado da seleção será divulgado a todos os candidatos e disponibilizado no site do Inhotim em 28/06/2013 até 20h00. - Também serão selecionados dois suplentes, caso haja desistência ou abertura de novas vagas. - Inicio em Julho/2013. Como Chegar ao Instituto Inhotim em Brumadinho: Traslado operado pela empresa Saritur: (Saída Rodoviária de Belo Horizonte (plataforma F2)/De terça a sexta-feira: saída às 9h15 e retorno às 16h30) Coletivos: 3787 (Via Barreiro ou Via BR 381)/ 3783 (Via BR 381)/ 3788 (Brumadinho/BH)/3789 (Betim/Sarzedo/Brumadinho)

quinta-feira, 6 de junho de 2013

IGUAÇU CELEBRA SEMANA DO MEIO AMBIENTE

O Parque Nacional do Iguaçu, unidade de conservação sob gestão do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), no Paraná, realiza diversas ações ambientais até a próxima sexta (7) em comemoração ao Dia da Educação Ambiental, celebrado na segunda-feira (3), e Dia Mundial do Meio Ambiente, nesta quarta-feira (5). As atividades ocorrem nos municípios de Foz do Iguaçu e Capanema, no Paraná. A iniciativa tem o objetivo de informar e sensibilizar visitantes, funcionários do parque, universitários e comunidade em geral sobre a importância de cuidar do meio ambiente. A programação conta com exposições, palestras, visitas à unidade de conservação, gincana de coleta de lixo eletrônico e mesa redonda com debates sobre ecoturismo e sustentabilidade. A Semana do Meio Ambiente no Parque Nacional do Iguaçu é uma realização do ICMBio e das concessionárias Cataratas do Iguaçu S.A., Macuco Safari, Macuco EcoAventura, Cânion Iguaçu, da Ecocataratas e da Associação Parque Nacional do Iguaçu (Asparni). Para participar das palestras da Semana do Meio Ambiente é necessário se cadastrar, solicitando a ficha de inscrição pelo e-mail: escolaparquepni@gmail.com. As inscrições são gratuitas. Outras informações podem ser obtidas pelos telefones (45) 3521-8357/8356/8391. Serão emitidos certificados de participação. Confira a programação: 5/6 Palestra “Conhecendo o Parque Nacional do Iguaçu”, em Capanema, com Daniela Bartnicki Ecocoleta em Capanema – Gincana de Coleta de Lixo Eletrônico Visita à ETA (Capanema) Atividade no Parque Monjolo, em Foz do Iguaçu 6/6 Atendimento Macuco Safari e Macuco Ecoaventura – Apasfi Atendimento especial Escola Parque Ecocoleta em Capanema – Gincana de Coleta de Lixo Eletrônico Palestra Capanema Sustentabilidade com José Gois Atendimento Macuco Ecoaventura e Macuco Safári – Lar dos Velhinhos 7/6 9h30: Palestra: O papel dos Zoológicos na conservação das espécies com Zalmir Cubas do Refúgio Biológico, no auditório 01 da administração 9h30: Palestra: Ictofauna do Parque Nacional do Iguaçu, Maristela Cavicchioli Makrakis, pesquisadora da Unioeste, no auditório 2 da administração Ecocoleta em Capanema – Recolhimento e pesagem do lixo eletrônico 14h30: Palestra: Espécies Exóticas da Flora, com Roberto Leimig, professor da Uniamérica, no auditório 1 da Administração Comunicação ICMBio

quarta-feira, 5 de junho de 2013

POR QUE ALGUNS BICHOS SOMEM?

Por que alguns bichos somem? Esse é o tema de um colorido e bem ilustrado infográfico que será estampado, a partir deste sábado (1º), nos papéis de bandeja da rede de lanchonetes McDonald's. A ideia foi concebida com apoio do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) para marcar o Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado em 5 de junho. Ao todo, foram impressos 10,5 milhões de papéis de bandeja que serão entregues aos frequentadores da rede de lanchonetes em todo o País durante o mês de junho. O objetivo é alertar as pessoas, principalmente os mais jovens, para a situação de risco que atinge boa parte da fauna nativa, como o peixe-boi, a onça pintada, o mico-leão-dourado, o tamanduá-bandeira, o lobo-guará, o cervo-do-pantanal, a borboleta-da-praia e a arara-azul-grande. Ao pegar o lanche, as pessoas vão receber a bandeja forrada com o papel ilustrado. No infográfico, além de dados sobre algumas espécies em risco de extinção, os comensais terão informações sobre as causas do desaparecimento dos animais – degradação de habitat, tráfico, caça ilegal e pesca excessiva, poluição, atropelamentos, incêndios florestais e turismo mal organizado. Nesse aspecto, a peça publicitária funciona como um instrumento de educação ambiental. O papel de bandeja traz, ainda, informações sobre o trabalho desenvolvido pelo ICMBio na proteção dos animais silvestres. São citados, entre outras ações, programas de pesquisa, proteção e conservação da biodiversidade, avaliações do estado de conservação da fauna e planos de ação nacionais para a preservação das espécies ameaçadas, os chamados PANs. Criatividade “É uma ação muito criativa e sutil porque pega as pessoas, principalmente a garotada, numa hora de descontração, de bate-papo, durante o lanche. Ao ler o material, eles terão informações básicas sobre os riscos e as ameaças que rondam a nossa fauna”, afirmou Ivanna Brito, da Assessoria de Comunicação do ICMBio, que participou das articulações que resultaram na peça publicitária. O Brasil é o país com a maior biodiversidade do mundo. São mais de 100 mil espécies de invertebrados e aproximadamente 8.600 espécies de vertebrados. Dessas, 627 estão listadas no Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção. Segundo o coordenador-geral de Manejo para a Conservação do ICMBio, Ugo Vercillo, “é importante que as pessoas compreendam que há uma série de ameaças às espécies da fauna e que elas podem contribuir para a preservação, não comprando animais silvestres, não perturbando o animal quando o avistar ou não jogando lixo ou cigarro nos habitats, por exemplo”. Para garantir a perpetuidade das espécies, o Instituto Chico Mendes atua na avaliação do risco de extinção e também na definição e implementação de planos de ação nacionais para a conservação das espécies ameaçadas de extinção. Esses documentos são políticas públicas, negociadas com setores da sociedade, que identificam e orientam as ações prioritárias para combater as ameaças que põem em risco populações de espécies e os ambientes naturais. Hoje 46% das espécies da fauna ameaçadas de extinção têm planos de ação. Dia Mundial do Meio Ambiente A data foi criada em 1972 pela Assembleia Geral das Nações Unidas, marcando a abertura da Conferência de Estocolmo, que teve como tema central o Ambiente Humano. O encontro reuniu 113 países, além de 250 organizações não governamentais. A criação do programa da ONU para o meio ambiente e a aprovação da Declaração sobre o Meio Ambiente Humano estão entre os principais resultados dessa conferência. Fonte: ICMBio

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Aquecimento global: alarme, sim. Falso, não.

Por Felipe Bottini A falta de capacidade de acreditar que o Titanic poderia realmente afundar, fez com que as pessoas acreditassem que o navio era indestrutível. Os engenhos promovidos pelo homem até hoje, podem ensejar a perfeição e que estamos em um barco “inafundável”. Mas é nesse ponto que estamos errando. As emissões de gases do efeito estufa e as catástrofes climáticas estão acontecendo e enquanto afundamos, a banda toca como se nada estivesse acontecendo - igualzinho ao filme. Já que nem eu nem o leitor temos elementos que assegurem a “verdade científica” sobre o tema, façamos uma reflexão com pauta no bom-senso. Podemos extraí-las das informações cedidas por ambos os lados da disputa entre céticos e não céticos - que a propósito trata muito mais de vaidades que de ciência de fato. Fatos aceitos: Aceitamos os que indicam que na revolução industrial o acúmulo de CO2 na atmosfera era da ordem de 280 partes por milhão. Recentemente foi constatado que o acúmulo ultrapassa as 400 ppm. Isso é amplamente aceito por todos no mundo da ciência climática. Além disso, é amplamente aceito que há aproximadamente 480 mil anos, a concentração era de 180 ppm. Também aceitamos que as partículas de CO2 funcionam como um cobertor que acumula calor sob a atmosfera terrestre, ainda que hajam diferentes interpretações sobre esse fenômeno natural. Análise dos dados: Desde 480 mil anos até a revolução industrial, a população do mundo pouco evoluiu e não houve alteração tecnológica capaz de produzir emissões em larga escala. Podemos aceitar que o aumento de acúmulo de CO2 até a revolução industrial é o efeito estufa não antrópico, ou seja, não causado pelo homem. Entretanto, a partir da revolução industrial (menos de 150 anos atrás), o motor a vapor, queima dos combustíveis fósseis e não fósseis, tornou a atividade humana mais do que relevante nesse horizonte. A prova: enquanto em quase 500 mil anos o acréscimo de CO2 na atmosfera foi de 100 partes por milhão (indo de 180 para 280 ppm), nos últimos 140 anos (um piscar de olhos nessa linha de tempos) o acúmulo adicional foi de 120 ppm. Alarme: Isso quer dizer que em menos de 150 anos conseguimos agregar mais emissões que o que aconteceria naturalmente em 500 mil anos. A aritmética nos diz que aceleramos o processo natural em mais de 3.400 vezes. Bom-senso: Some em uma receita de bolo 3.400 vezes mais de um dos ingredientes. Acrescente a um processo químico um elemento 3.400 vezes mais do que o habitual. Some ao seu trabalho 3.400 vezes mais broncas do seu chefe. Enfim, o bom-senso diz que a proporção do desequilíbrio que estamos promovendo não pode chegar a um bom resultado. Simples assim! Trabalho em projetos de redução de emissões de carbono e equivalentes em escala corporativa e nacional há dez anos e estou convencido que as evidências científicas são bastante mais concretas na demonstração do aquecimento global promovido pelo homem que o contrário. Avanços significativos foram obtidos em termos de conhecimento e previsão, mas não precisamos disso para nos motivar a agir de forma sustentável. Somos inteligentes o suficiente para saber que tamanho desequilíbrio não pode promover resultados favoráveis, ainda que não tenhamos condição de avaliar exatamente a extensão do prejuízo. Sabemos que ele virá, aliás, já está vindo. O IPCC (Intergovernmental Panel on Climate Change), diz que a frequência e intensidade de eventos extremos irão acontecer. Alguns exemplos como o tornado de Oklahoma em maio desse ano ou o furacão em Nova York em outubro do ano passado são eventos que não se esperava que acontecesse em intervalo inferior a 100 anos - mas tem acontecido em intervalos subanuais. Isso sem contar as catástrofes que não são alvo da mídia, como por exemplo, a região do Cunene, no Sul de Angola, que há 12 meses sofreu uma das piores inundações da história recente e esse ano enfrenta uma das maiores secas já registradas.. Já fracassamos em mitigar as emissões como deveríamos. Entretanto, não assumir o erro e negar o óbvio não é honesto com os nossos semelhantes e menos favorecidos. Aceitemos que falhamos até o momento e reiniciemos com força a mitigação e paguemos o preço da adaptação, que certamente não é mais evitável. Já existem refugiados do clima, e não são poucos. Felipe Bottini é economista pela USP com especialização em Sustentabilidade por Harvard. Fundador da (www.greendomus.com.br) e da (www.neutralizecarbono.com.br) e Consultor especial do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - PNUD.

ATRAÇÕES DA SEMANA DO MEIO AMBIENTE EM ILHABELA SP

4º Passeio Ecociclístico e Regata integram Semana do Meio Ambiente em Ilhabela A Prefeitura de Ilhabela promoverá uma programação de atividades em comemoração à Semana do Meio Ambiente, de 1º a 9 de junho. Serão diversas atrações organizadas pela Secretaria do Meio Ambiente, que abre a programação neste sábado (1º/6) com a quarta edição da Regata do Meio Ambiente. As inscrições podem ser feitas até o dia do evento na Escola de Vela, na Secretaria de Esportes, no Pequeá. Durante a semana ainda haverá sessões de filmes e documentários além de palestras. Mas o destaque da programação é o Passeio Ecociclístico, às 10h do próximo dia 9 de junho (domingo). A concentração será na Praça Allan Kardec, na Barra Velha, a partir das 8h e a saída às 10h. As inscrições para o passeio ciclístico são gratuitas e dão direito à participação de um sorteio de 10 bicicletas. Confira a programação: Dias 1– Sábado 9h - 4ª Regata do Meio Ambiente Local: Escola Municipal de Vela - Secretaria de Esportes Dia 3 de Junho – Segunda-feira 19h - Cinema Ambiental - Filme “Rio” Local - Secretaria de Turismo - Rotatória da Balsa Dia 5 de Junho - Dia Mundial do Meio Ambiente – Quarta-feira 9h - Palestra sobre Educação Ambiental na E.M. Profª. Mércia do Nascimento Dias 10h - Plantio de Mudas Local - Praça de Eventos Roberto Fazzini-Antigo Campo de Aviação 19h - Cinema Ambiental - Filme “Wall-E” Local - Secretaria de Turismo - Rotatória da Balsa Dia 7 de Junho – Sexta-feira 19h - Cinema Ambiental – Filme-documentário sobre o lixo “Marcas da Humanidade” Local - Parque Estadual - Vila Dia 9 de Junho 4º Passeio Ecociclístico da Semana do Meio Ambiente 8h - Concentração 10h - Saída Local de saída: Praça Allan Kardec - Barra Velha

domingo, 2 de junho de 2013

Mangue do Rio Escuro em Ubatuba (SP) pede socorro

POR CHRIS GORGUEIRA ESPECIAL PARA O LINHA VERDE Terrenos são comercializados em área de proteção ambiental. Construções irregulares e destruição da mata avançam na área do mangue. A comunidade do rio Escuro, bairro do município de Ubatuba, do lado da Serra do Mar, entre as praias Dura e Domingas Dias e área de preservação ambiental, está sendo devastado por especulação imobiliária. As construções desordenadas estão colocando em risco a saúde do manguezal e do rio, que margeia a comunidade. Ao lado de uma das praias mais limpas da cidade, a praia Dura, a mata atlântica que envolve o Rio Escuro agoniza e pede socorro. Uma família que se apossou do local e há anos se beneficia da Justiça, comercializa os terrenos em área sob a proteção da marinha, localizada a poucos metros da margem do rio. “No último ano, dezenas casas foram erguidas, até a trilha que nos leva à praia e que corta o caminho para chegar aos condomínios próximos, onde trabalhamos, está sendo fechada”, diz uma moradora nascida e criada no Rio Escuro, mas por medo de represálias, não quis se identificar. O campo de futebol dará lugar a mais construções. Um lote demarcado e que termina no rio já foi instalado um portão. Naquele local, a devastação acontece indiscriminadamente. Dezenas de bromélias morrem, denunciando a derrubada das árvores ao redor. Na tentativa de diminuir o esgoto a céu aberto e o mau cheiro nas ruas do bairro, a Associação de Moradores decidiu, em 2012, fazer uma tubulação de esgoto, cujo trajeto desemboca no rio Escuro. “A maioria aqui não tem fossa séptica porque custa caro e joga seus dejetos no mangue. E essas casas construídas ao lado do manguezal jamais farão”, diz a moradora. Em uma área visivelmente devastada, o que era mata atlântica cedeu lugar a uma futura pousada, que deverá abrigar turistas já na próxima temporada. A construção está a todo vapor. E no lugar da flora, o concreto espanta as mais variadas espécies de aves que habitam a região, causando um dano irreparável ao ecossistema local. O mais curioso é que a população do Rio Escuro, quase 100% de moradores e trabalhadores dos condomínios de alto padrão da região elegeu um vereador. E ao ser perguntada sobre a atuação do parlamentar em benefício dos locais, a moradora, inconformada com o que tem testemunhado, desabafa: “nada faz e pior, fecha os olhos para a ocupação predatória do que resta de mata atlântica do bairro. Daqui a pouco não teremos mais trilha, nem bromélias, nem orquídeas, nem nada. Apenas casas e cocô e os nossos patrões da praia Dura, levarão seus filhos a uma praia contaminada com as fezes de seus empregados”, diz.